Feliz Aniversário TherlasMota! Que seus sonhos se realizem. Todo amor do mundo e muitos amigos a te cercar. Parabéns!!!!!
Matteo
Tomo um gole do café quente, encaro as ruas úmidas de Florença através da vidraça do café. Giulia funga ao meu lado, vó Pietra a envolve. O silencio nos toma. Meu pai envolve minha mãe que se recosta em seu ombro.
O dia está cinza. Os últimos dez dias tem sido assim, chuva do lado de fora, saudade e tristeza do lado de dentro.
Foi colocar os pés em Florença na volta do meu mochilão e o meu celular tocou. "Preciso que interrompa a viagem e retorne para casa, filho" eu sabia que algo tinha dado errado e apenas disse que estava chegando. Não tive coragem de saber quem. Preferi a angustia da dúvida a certeza de quem seria, felizmente Luigi estava comigo e me guiou para casa.
Soube depois que no caminho ele se informou. Vó Emilia faleceu de um ataque do coração pela manhã. Quando cheguei tudo já estava sendo providenciado e olhando para vô Erico eu sabia que não levaria muito tempo, não pensei que em menos de dez dias ele simplesmente não acordaria.
Que tipo de amor é tão forte que não permite que uma vida se imponha mais tempo que a outra? Não me lembro de ver minha mãe tão frágil, não me lembro do meu pai sendo tão forte por ela.
Giulia sempre foi muito apegada aos dois. Principalmente ao meu avô e realmente achei que por ela, ele suportaria mais tempo, mas não. Ele se foi o mais cedo que pode e no fim, nem me sinto o direito de ficar bravo. Ele não suportava a vida sem ela. Não queria se acostumar e nos restou aceitar.
Toda família se reuniu para o funeral do meu avô, reunidos pela segunda vez em menos de dez dias para dois funerais. Nossa família não passava por isso desde muito tempo quando meu tio Giovanni morreu. Sei que eles não era tão ligados como agora, nem estavam assim reunidos.
Me lembro que uma vez vô Erico se desculpou comigo, por seus erros do passado, erros que ele insistia em dizer que me prejudicaram. Não me lembro desse tempo. Não me lembro do tempo em que vivemos eu e minha mãe com Domenico. Tudo que me lembro é dos meus pais juntos e felizes. De antes, nenhuma memória. A mim, isso não causa nenhuma dor, mas causou em todos os outros e vovô e vovó se ressentiam disso.
Apesar de terem quase a mesma idade de vó Pietra, eles eram infinitamente mais velhos. Cansados, da vida difícil e do peso da culpa, envelheceram mais rápido.
Nunca quiseram ir morar em definitivo na nossa casa, mamãe contratou dois enfermeiros de dia e dois a noite, íamos todo tempo vê-los, de fim de semana ficavam conosco. Giulia estava sempre a cerca dos dois.
Olho para minha irmã apoiada no ombro de vó Pietra. Sinto pena de não poder aplacar um pouco sua dor. Não a queria sofrendo. Foram todos para casa, mamãe quis dar uma volta, sabemos que ela vai ter que tomar providencias difíceis. Esvaziar a casa, se desfazer das coisas deles.
Ela é tão forte, eu admiro isso, admiro mulheres assim, mas posso entender que todo mundo, as vezes é frágil e que bom que meu pai pode cuidar de tudo.
─ Estivemos aqui vovó, se lembra? – Meu pai questiona e ela afirma.
─ No funeral da sua mãe, paramos nesse mesmo café, ficamos apenas os dois. Tempos difíceis. – Minha avó se lembra e papai concorda. – Dessa vez é diferente, somos todos uma família realmente e vamos estar juntos para superar isso, Bianca.
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Série Família De Marttino - Doce do Amor (Degustação)
عاطفيةMatteo De Marttino acaba de se formar em arquitetura, não seguiu os passos da família, todo que entende de vinho é o sabor que tem acompanhado de uma boa refeição. Precisa achar seu caminho. Encontrar seu espaço no mundo e um trabalho. Depois de uma...