OLIVER

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Logo atrás daquelas portas estava o salão de dança. Oliver respirou fundo, aquela seria a última provação que passaria naquele mês. Ou era isso que ele esperava. Apertou suas mãos e puxou uma longa respiração, empurrou as portas e adentrou o estúdio de dança.

              Alguns rostos conhecidos estavam presentes, e uma boa parte deles eram os seus amigos, sim agora ele podia chamá-los de amigos, graças a ela, Marjorie Soares.

          — Você está pronto? — A professora perguntou, com o dedo indicador sobre o botão de dar play.

              Ele assentiu para ela, confiante.

              O dedo deslizou em câmera lenta sobre o botão, e quando ela foi acionada a música deu início ao começo de sua avaliação e ao início de uma nova fase de sua vida, que ele mesmo desconhecia.

              Seus pés deslizaram devagar, no ritmo da música, suas mãos seguravam o cós da calça enquanto a parte superior de seu corpo dançava indo de um lado para o outro. Sua cabeça mirava o chão e agora seus pés iam para frente e para trás parecendo que não possuía firmeza nas pernas, já que estavam moles e rápidos.

              A professora o olhava fascinada, Oliver era um dos melhores dançarinos da academia de dança da Pensilvânia, se não fosse por Alan, o prodígio, ele seria o melhor.

              A música havia sido desligada, e Oliver parou de dançar, a olhando confuso. A música havia sido parada antes do final, e do outro lado do salão Ellie apertava as mãos nervosa.

              O suor descia por sua face e por seus braços descobertos.

          —  Muito bom Oliver, colocou em prática o que estudamos durante o início do ano. —  Sorriu, mas mordeu os lábios aparentando uma péssima notícia a seguir. —  Mas, essas já foram usadas na avaliação passada.

          —  O quê? —  Disse indignado.

              Ele se moveu até onde estava a mesa da professora, e tentou conversar com ela.

          —  Isso não é verdade.

              Ela comprimiu os lábios em uma linha e balançou a cabeça para os lados, dizendo que sim, era verdade.

          —  Talvez devesse aprender com Alan. —  Apontou com a caneta de avaliação para Alan, do outro lado do salão. —  Ele nunca repete sua performance.

              Oliver mordeu os lábios com força, sentindo o gosto de sangue invadir a sua boca, ele queria destruir tudo aquilo, estava cansado e desgastado, e cada dia que passava ele parecia se sentir ainda pior, e nada de melhorar.

IAN - A CANÇÃO DO CORAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora