MONSTROS - Capítulo 2

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"Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama".


Dias se passaram desde que Rebeca havia sido sequestrada pelo líder guru.

Se manter como prisioneira naquela grande cadeia de maldade era assustador, não deixar seu psicológico afetar-se seria um grande desafio. Momentos cruéis eram vivenciados na maior parte do dia.
Brigas entre eles eram bastante comuns, e matar uns aos outros não era um problema para aquele povo. Eles não aceitavam traição e abominavam quem a praticava, a punição de um traidor é a morte da maneira mais torturante possível.

Os homens gurus, caçavam grandes javalis, búfalos e outros animais para se alimentarem já que não possuíam a tecnologia avançada do Ocidente, no entanto. Eram na maioria das vezes barbudos, grandes e fortes, se comportavam de maneira brutal e grosseira, como vikings. Quase todos possuíam algumas cicatrizes fundas causadas por animais. Passavam a maior parte do tempo livre bebendo cervejas, cachaças, e rindo entre eles.

De acordo com as observações de Rebeca neste período de "prisioneira", eles se comportavam como superiores diante de suas devidas esposas, eram extremos machistas.

Era uma sociedade bastante rígida, todos eram obrigados a se converter a uma única crença. Não aceitavam nada fora de seus padrões e, todos eles juravam lealdade eterna diante de seu Lorde todas as manhãs.

As mulheres tinham apenas um dever dos seus 9 anos de idade até a sua morte, servir o seu marido e ser totalmente submissa a ele. Elas tinham sempre que estar dispostas a conceder desejos sexuais, e caso recusassem, eram sujeitas a castigos físicos e psicológicos. Cuidavam de seus filhos e raramente saiam de casa, mas também eram guerreiras de sangue frio, e eram treinadas para matar caso seu marido estivesse longe.

A mais famosa e respeitada delas era Tália, que conquistou o seu papel na liderança daquele povo, e luta junto aos guerreiros mais valentes do Oriente. Atualmente Tália aceita os termos de paz com o Ocidente, mas organiza rebeliões e ataques anualmente. Ela planeja dominar o planeta com a ajuda e apoio de seu povo e de Cosmos. Rebeca só viu a face da mulher apenas uma vez enquanto esteve andando pelo salão do qual não podia sair, mas ouvia histórias vitoriosas sobre ela.

A vista pela janela do grande e principal salão da vila dos Gurus era bem simples, casas construídas na maioria das vezes de madeira, algumas com respingos de sangue nas paredes. Havia também, alguns templos espalhados nos arredores, um deles era usado para fazer sacrifícios animais e até mesmo humano. O relevo era plano, as casas não ficavam em morros e sim em uma só planície, exceto o salão em que Rebeca está, que fica em um relevo um pouco mais elevado para representar superioridade e poder. O Salão era decorado por detalhes de ouro pela parede, um grande tapete dourado se posicionava diante do trono, para representar ganância. Taças de ouro e talheres de prata eram somente utilizados pelo líder.
Visivelmente não era uma sociedade muito bem equilibrada, desigualdades eram bastante comuns, mas não era um dos problemas mais graves já que aqui na Terra somos acostumados com aspectos assim diariamente.

Havia quase duas semanas que Rebeca se encontrava no reino oriental cercada de bárbaros e mulheres que não usavam a sua voz para ter os seus direitos precisos.

Eram costumes totalmente diferente de onde a mesma foi criada, alguns deles falavam até mesmo um idioma diferente.

Sob proteção do Lorde Cosmos, por incrível que pareça, a jovem moça estava sendo bem recebida, e mesmo que a maioria daqueles valentes homens sonhavam em matá-la como provocação ao mundo ocidental, todos tinham ordens severas de não encostar um dedo sequer na garota. Desde então, a única coisa que Rebeca vem fazendo é observar atentamente o povo Guru e esperar que Cosmos a liberasse daquela horrenda realidade.

A Outra Dimensão (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora