Luciana

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Finalmente as das semanas se passaram rápido, hoje é o dia que eu, minha família e mais alguns nobres do meu reino vamos ir para Wisdom, estou explodindo de ansiedade, minha vida vai mudar de uma força surpreendente, vou me casar com um rei jovem e adorado, vou ser sua rainha, mas quando paro para pensar sobre isso me pergunto se eu quero realmente esse futuro que por final, já esta traçado. Por mais que eu quisesse recuar esse casamento não poderia, meu pai vive dizendo que a coisas demais envolvendo essa união, e claro, estou por fora de tudo.

Quando me dei conta estava na frente do palácio, nem lembro como cheguei aqui, estava tão perdida em meus pensamentos que desliguei minha mente para o mundo. Minha casa era enorme e como a maior parte do reino, muito luxuosa, possuía quatro andares, tinha muitas obras de artes e esculturas de artistas famosos, na entrada principal havia um lustre de diamantes, a porta principal era feita de ouro puro, os corrimões da escadaria principal era de carvalho a arvores mais nobre de todo o mundo.

O jardim também não fica para trás, nele a vários tipos de flores, mas são os arbustos que chamam mais atenção, era trabalhando de diversas formas diferentes, incluindo o símbolo do meu reino, o Pégaso que significa a imortalidade, o que torna ele perfeito já que meu reino existe a anos e anos e sempre continua forte e rico.

-Estão prontos? - Pergunto meu pai da porta do palácio, eu como estava desligada de novo não prestei atenção. -Luciana??

-Sim...é... Sim, estou. Pff, eu tenho que acorda se não vou levar bronca. - Podemos ir.

-Ótimo, espero que esteja animada minha filha, esse casamento envolve mais coisas do que você imagina.

Decidi ignorar o comentário do meu pai, simplesmente assenti com a cabeça e fui em direção da limousine, já estava cansada de meu pai sempre fala isso, se respondesse ele iria começar um discurso em fim falando de como esse casamento era importante pra mim, que iria ser feliz, que iria ser uma soberana exemplar e blá blá blá, só que no fundo sei que meu pai só esta pensando no reino e nada mais, não é como seu o rei Felipe Mackenzie se importasse muito com minha felicidade.

Com todos acomodados demos inicio a viagem, minha casa fica bem no centro da cidade, a parte mais rica ficava a nossa frente, enquanto os menos afortunados ficavam escondidos atras do palácio. A parte nobre era repleta de belas casas, com jardins belíssimos, a ruas eram sempre limpas e bem iluminadas, sempre que passávamos o nosso povo parava para acenar e hoje não foi deferente.

-Eu quero comida.... nos da dinheiro....

-Que estranho, pai eu ouvi...

-Você não ouviu nada Luciana, fique quieta e pense no que vai falar para seu noivo quando chegarmos.

Mais uma vez fiquei quieta perante meu pai, não tenho pulso para brigar com ele, mas eu tenho certeza que ouvi o povo pedindo comida. Mas devo estar totalmente errada, meu reino é rico e sempre vai ser, que bobagem a minha em pensa outra coisa.

Seguimos viagens sem muitos tumultos, a população não estava em grande numero como era antigamente, o que isso era realmente estranho. Quando chegamos a praça principal que sabia que tinha algo errado, era de costume sempre tem alguém ali para nos saldar, porém não havia ninguém, a praça estava totalmente vazia, as plantas secas e sua fonte desligada, foi-se o tempo em que aquela era a praça mais luxuosa do reino.

-O que ouve com a praça? - Olhe para todos que estavam no carro em busca de respostas, meu irmão logo de cara ficou tenso e olhou para o papai então olhei pra ele também.

-Ela vai ser concertada, uns vândalos quebraram, a destruíram, por isso ela está neste estado. Mais alguma pergunta Luciana? Porque se não tiver gostaria de seguir viagem em silencio.

-Sim, senhor. - Como sempre, curto e grosso em suas explicações, não muda nunca. Me acostumei a muito tempo com esse jeito do meu pai, já que ele não foi tão presente assim não ligava muito para o modo como me tratava. Seguindo chegamos sem demora na saída do reino, seguindo as normais, os portões também eram de ouro, os muros em volta do reino eram altos e bem guardados por sentinelas dia e noite, no portão tinha dois guardas nos esperando e fora dos portões mais uma frota de carros com os nobres e os guardas.

Quando nos deram passagem uma multidão veio em nossa direção, por um momento eu pensei que eram meu povo que veio me desejar felicidades e uma boa viagem, porém eles estão gritando insultos a toda minha família, estavam furiosos, por um motivo que eu não entendia, vivíamos por eles, nós dávamos tudo o que tínhamos, somos bons com nosso povo, somos adorados então como de uma hora pra outra tudo isso mudou? O que aconteceu de tão grave para eles agirem assim?

-CORRA, ANDA, NOS TIRE DAQUI AGORA SEU IDOTA.

Meu pai estava vermelho de raiva, eu estava em pânico, não sabia o que fazer a não ser inventar teorias loucas na minha cabeça, minha mãe diferente de mim estava tranquila, não tinha qualquer reação, meu irmão estava tenso novamente e minha pobre irmãzinha estava dormindo, o que por um lado isso é bom.

Quando eu achei que tínhamos escapado da fúria da população, uma chuva de comida podre veio em nossa direção, sujando o carro todo, ovo, tomate, banana, tinha de tudo o que pedem imaginar, até uma coisa verde que eu não fazia ideia do que era. Sem nem pensa duas vezes eu grite para meu pai, o que foi um erro

-O QUE ESTÁ CONTECENDO? - Com uma força que eu não sabia que ele tinha me deu um tapa na cara. Eu fiquei perplexa pela atitude. Meu pai passou a mão pelos cabelos e respirou fundo.

-Você quer saber? Tudo bem vou te contar então. 

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