O Destino da Espada

Capítulo 1 - O Nascimento

O sol brilhava sobre o horizonte do Reino de Guardia, era dia de alegria! Clara, esposa de Michael Jauregui, mestre da Cavalaria Real e braço direito do rei daria a luz a seu primeiro herdeiro.

– Força minha senhora, já posso vê-lo! A parteira incentivava sua senhora.

Clara forçava as entranhas para gerar seu primeiro filho; sua pele transpirava e exibia veias aparentes em sua face devido seu grande esforço. Os lamurios angustiantes da mulher podiam ser ouvidos através dos portões do castelo e causava apreensão em todos!

(...)

O choro agudo da criança ecoou no local como um sinal de esperança! Clara suspirou aliviada com o primeiro sopro de vida de seu filho;

– Minha senhora és mãe de um belo menino! A parteira tomou nas mãos o pequeno recém nascido e depositou com cuidado nos braços da mãe.

Clara olhava com ternura para o pequeno anjo em seus braços e um lindo sorriso preencheu seus lábios, mas segundos depois seu sorriso se desfez e uma feição dolorosa mudou sua expressão. A criança acabara de nascer, mas a mulher ainda sentia fortes dores em seu ventre!

– Justina ainda sinto dores! Clara lamentou assustada e a parteira lhe analisou constatando que outra criança já estava prestes a nascer!

– Minha senhora, há outra criança! A parteira comemorou abismada. Clara lamentou com pesar e reuniu suas ultimas energias para dar a luz a seu segundo filho...

(...)

Justina tomou a segunda criança nos braços e olhou com ternura para sua senhora;

– Minha senhora, desta vez é uma bela menina! A mulher sorriu satisfeita depositando a segunda criança no seio direito da mãe.

– Como os chamará?

Os olhos de Clara brilhavam em grande deslumbre e lágrimas de emoção insistiam em escorrer por sua face, grande era sua felicidade!

– O homem se chamará Christopher e a mulher se chamará Lauren...

(...)

Enquanto isso, Michael, o pai das crianças aguardava ansioso fora de seus aposentos. O homem caminhava inquieto em passos apressados de um lado para outro pelo grande corredor do castelo. Estava apreensivo! Grande era a preocupação para com sua amada esposa e seu futuro herdeiro.

Justina se retirou de seus aposentos com um sorriso que mal lhe cabia no rosto. O homem apressou o passo em direção a mulher e lhe sacudiu com uma feição preocupada:

– Diga-me, como esta minha amada? Michael exigiu por respostas. A mulher suspirou cansada vendo a preocupação de seu senhor e lhe confortou:

– Acalme-se meu bom homem, sua amada passa bem! Deus lhe abençoou com dois filhos; um homem e uma mulher! Sua feição preocupada suavizou e agora parecia confuso. Justina se afastou dando passagem para seu senhor e os passos do homem se tornaram lentos e contidos; limitando o encontro com sua mais nova família.

O homem retirou seu elmo e adentrou no local com cuidado; sendo agraciado pela bela imagem de sua esposa em deslumbre na presença de seus filhos. As duas crianças estavam apoiadas uma em cada seio. Os pequenos sugavam com avidez os seios fartos da mulher que não tirava os olhos dos dois pequeninos nem por um segundo!

O homem aproximou-se com receio, pois não queria quebrar o contato da mãe que olhava com tanta devoção para os filhos. Ele levou a mão ao rosto de sua amada lhe acariciou; seus olhos curiosos se encheram de lágrimas com a imagem das duas pequenas crianças. O homem sorriu satisfeito com o que viu e selou seus lábios.

Michael partiu momentos depois e seguiu pelo corredor principal, queria comunicar de antemão a benção para seu amado rei.

– My Lorde! O homem fez uma breve reverência chamando a atenção de seu rei.

– Deus abençoou-me com dois filhos! Um homem e uma mulher.. Michael comemorou satisfeito e o rei assentiu com um sorriso nos lábios e lhe parabenizou por sua graça.

Naquela noite o rei ordenou que os servos organizassem um grande banquete em comemoração ao nascimento dos filhos de Michael. O homem além de mestre da cavalaria pessoal do rei era também um grande amigo e membro do conselho, possuía muitas honrarias e morava no castelo com sua esposa.