Capítulo 8 - Desencontro

68 6 2
                                    


Lauren estava ansiosa para ir à floresta, queria se reencontrar com a dama do outro dia e fazia tudo que era duramente aplicado por sua mãe com rapidez e presteza. Clara analisou a filha com a sobrancelha arqueada. Ela detestava cumprir com seus compromissos e sempre fazia tudo reclamando, mas naquele dia não... A jovem agia de modo estranho. A mulher pensou em silêncio e lhe encarou desconfiada; o que estaria aprontando?

– Minha filha, por que toda essa pressa? Tem feito tudo de bom grado... A mulher encarou sua filha com uma expressão confusa.

– Ah, por nada... Eu adoro sua companhia mãe! Lauren disse com um sorriso convincente nos lábios tentando esconder seu real motivo.

– Oh minha jovem e amada filha quão gentil é para com sua mãe... A mulher beijou em cada lado de seu rosto.

– Está tentando se redimir de suas desobediências não é? Seu pai ficará orgulhoso! A mulher sorriu e deu batidinhas em sua cabeça.

Lauren revirava os olhos na distração de sua mãe.

– Tome! Clara buscou uma pequena sacola de ouro. Lauren recebeu de bom grado afinal dinheiro nunca era ruim, deu de ombros.

– Mãe, quando meu pai virá? A jovem perguntou encarado sua mãe.

– Seu pai virá daqui a três dias e voltará a tempo para a cerimônia da seleção de jovens cavaleiros! Clara comemorou empolgada.

O semblante de Lauren mudou. Ela sabia que precisava se preparar para o grande dia, seria seu trunfo! Mas como conseguiria entrar na arena sem que seu pai descobrisse sua identidade? Ela teria que bolar um bom plano, estava seria e pensativa.

A mulher percebeu a mudança repentina da filha e temeu do fundo de seu coração. Se Lauren pisasse na arena envergonharia seu pai na cerimônia e seria duramente castigada, pensou preocupada com a filha.

– Não faça nenhuma bobagem!

– Eu conversarei com seu pai sobre seus interesses, eu prometo! A mulher sorriu para a filha e pontuou encerrando o assunto.

– Você está livre, vá. Já terminei aqui, chame minha carruagem...

– Tudo bem! Lauren partiu animada se despedindo da mãe que estava sempre escoltada na guarda de dois cavaleiros da confiança de seu pai.

(...)

Lauren seguia pela cidade e partiu para a casa de sua amiga. O lugar era próximo para sua sorte.

Ela deu três batidas na porta e um homem de meia idade apareceu;

– Olá minha jovem! O homem cumprimentou gentil.

– Olá Tio Mike! Lauren abriu um sorriso para um homem e lhe cumprimentou; o considerava como membro de sua família.

– Onde está Vero?

O homem lhe deu passagem para entrar.

– Oh, acho que ela está em seus aposentos... Lauren seguiu pela casa e revirou os olhos, sabia que a amiga estava dormindo! Verônica era folgada e preguiçosa.

– Claro, como sempre.... Ela resmungou e o homem sorriu para a jovem.

Lauren e bateu na porta de sua amiga. Verônica estava com a cabeça afundada no travesseiro e despertou de seu sono com grande pesar.

– Entra... disse sem se mover da cama. Lauren adentrou em seus aposentos e cruzou os braços.

– Vamos, levante-se! Nós temos que ir para a floresta e você sabe que não lhe deixarei em paz até seguir caminho comigo! Lauren insistiu sacudindo o corpo da jovem que parecia um pedra, ela não queria sair de sua zona de conforto...

O Destino da EspadaOnde histórias criam vida. Descubra agora