《3》

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Chegamos em Alexandria. Descemos do caminhão, e Rick gritou para que uma moça abrisse os portões. Rosita, eu acho.

Os portões foram abertos, e eu entrei depois de todos. Olhei tudo ao meu redor, e fiquei maravilhada.

Alexandria parecia um bairro normal, onde não existia nenhum sinal de apocalipse. Tinham casas, crianças, até alguns cachorros!

Haviam velhinhos sentados nas varandas, algumas crianças correndo, e até umas poucas mulheres passeando com bebês. Era perfeito!

Senti olhares sobre mim, e vi que todos me encaravam. Carl e Rick se aproximaram de mim, e Rick colocou uma mão no meu ombro.

- Essa é Faith. Ela vai, provavelmente, ficar com a gente.

- Você vai ficar, Faith. - Carl falou.

Um homem de olhos puxados se aproximou com um sorriso, e me deu as boas vindas. Disse que tinha certeza que eu ficaria. Ele parecia simpático.

- Vem logo, pirralha. Temos que te fazer algumas perguntas. - Daryl disse, e saiu me puxando pra uma casa. Entramos num cômodo que parecia ser um escritório, e lá havia uma mulher.

- Eu sou Deanna. - Ela se apresentou. - Como você se chama, querida?

- Eu sou Faith.

- Faith...?

- Faith Turner.

- E me diga, Faith Turner, quantos walkers você já matou?

- Ahn, eu não sei. Muitos. Você conta esse tipo de coisa? - Eu perguntei, realmente confusa.

Quem conta isso? Definitivamente, eu não.

- Não Faith, não conto. - Ela riu. - E quantas pessoas você já matou?

- Isso realmente é da sua conta? - Eu perguntei, e Daryl riu.

Sim, ele ainda estava lá.

- Só fala, pirralha. - Ele mandou, e eu bufei.

- Uma só.

- O motivo?

- Eu o vi tirando as roupas de uma garotinha. E então eu o matei, antes que ele fizesse alguma coisa.

Deanna pareceu chocada, e então perguntou "E o que aconteceu com a garotinha?"

- Eu a levei comigo. Passamos bastante tempo juntas, mas um dia nós fomos encurraladas, e eu não consegui salvar ela. Ela foi mordida.

- Sinto muito, Faith. - Ela disse. - Pelo que vi, você é boa com armas, certo?

- Sou, eu acho. Dá pra me virar.

- Sim Deanna, ela é boa. - Daryl disse. Porque ele não vai embora?

- Obrigada, Daryl. - Ela revirou os olhos. - Faith, hoje você pode descansar. Mas amanhã, passe aqui que eu te darei uma função. Agora, vamos ver onde você vai ficar.

- Ela pode ficar comigo. Eu e Carol vamos cuidar dela.

---

Eu e Daryl estávamos indo pra minha nova casa, quando Carl se aproximou.

- E então?

- Eu vou ficar! - Eu disse, e ele sorriu.

- Eu te avisei! Vai ficar com o Daryl? - Ele perguntou e eu diz que sim. - Bom, seremos vizinhos, então. Até mais, Faith.

- E então, Carol é a sua namorada? - Perguntei, levantando as sobrancelhas pra Daryl.

- Cala a boca, garota. Ela não é minha namorada! - Ele disse, e me deu um tapa na cabeça.

- Ei!

Continuamos andando, e entramos em uma casa tingida de azul bem claro. Lá dentro, vimos uma muher com os cabelos curtos e grisalhos. Carol.

- Ah, olá Daryl. Quem é essa? - Ela perguntou, olhando pra mim.

- Minha filha. - Ele respondeu, e ela o olhou estranho. - Achei na estrada pedindo comida, agora vai morar aqui.

Ele não falou mais nada e subiu, e eu comecei a rir. Carol me olhou com um sorriso, e perguntou novamente "Quem é você?"

- Meu nome é Faith. Faith Turner. Carl me encontrou, e nós nos ajudamos a chegar até aqui. Bom, tentamos. Fomos pegos pelos Wolves.

- Uau. Você parece corajosa, Turner. Está com fome? Ah, claro que sim, você estava pedindo comida na estrada. - Ela riu. - Vou te preparar alguma coisa, pode subir e escolher algum quarto. Eu levo algumas roupas.

Subi as escadas, e abri todas as portas. Vi um quarto organizado, que devia ser de Carol, e um que devia ter um corpo morto dentro. O quarto de Daryl, óbvio.

Entrei no próximo quarto, que tinha as paredes brancas e duas camas de solteiro. Tinha uma pequena prateleira com alguns livros, e um guarda-roupa. Seria o meu quarto.

Resolvi ir ao banheiro, onde eu tomei um banho demorado. Lavei o cabelo, e Deus, ele estava uma merda. Fiquei muito tempo aproveitando a água quente que caía em mim, e só sai quando meus dedos ficaram enrugados.

Fui até o meu quarto, com um grande roupão, e lá tinha uma moça bonita de cabelos curtos.

- Oi, eu sou Maggie. - Ela estendeu a mão, e eu apertei. - Eu trouxe algumas roupas, espero que sirvam em você. Seja bem-vinda à Alexandria, Faith!

Ela sorriu e se despediu, me deixando sozinha. Alguém ja devia ter falado sobre mim pra ela. Vesti as roupas que ela deixou, e serviram.

Me olhei no espelho, e vi o quanto eu havia mudado desde o início de tudo.

Os meus cabelos, que antes brilhavam e tinham um tom de louro escuro, agora estavam secos e sem brilho. Eu estava magra, bem magra. Algumas cicatrizes contornavam meus braços, e eu estava um pouco pálida. Apenas meus olhos eram os mesmos. Continuavam grandes e verdes.

Mas eu estava feliz. Senti que podia confiar em Alexandria.

Desci, e Carol havia assado alguns pães, e feito suco de laranja. Na mesa, haviam alguns tipos de geleia e frutas, e parecia um café da manhã normal, como se o mundo não estivesse todo fudido.

Comecei à comer como uma selvagem, e Carol se sentou perto de mim. Ela sorriu, me olhando comer. Ela me lembrava a minha mãe.

- Depois, você pode ir na casa da Jessie. Seus cabelos estão muito longos, não acha?

- Sim, acho que estão. - Eu disse, sem dar muita importância. Estava mais preocupada em matar a fome.

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Fui até a casa de Jessie, que cortariaos meus cabelos. Bati na porta, e uma garota loira abriu.

- Olá. Eu sou Lily, você deve ser a garota nova. Faith, acertei?

- Sim, sou eu. - Respondi, com um sorriso.

- Carol me avisou que você viria. A tia Jessie não tá aqui agora, mas eu posso te ajudar.

Ela disse para eu me sentar, e então começou a cortar meu cabelo. Quando terminou, meu cabelo estava na altura dos ombros. Eu gostei.

- Obrigada, Lily. - Agradeci, e ela sorriu.

Saí da casa, e esbarrei em alguém. Antes que eu alcançasse o chão, uma mão segurou a minha. Era um garoto.

- Oi, eu sou Ron.

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⏰ Última atualização: Jan 29, 2020 ⏰

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the cure ; carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora