Em meio a multidão

Elizabeth

- Este lugar se chama DreamVille. É uma dimensão totalmente diferente do seu planeta.

- Eu não estou entendendo, como vim parar aqui? Por que eu?

- Você é a nossa salvação. Nosso reino está em perigo e você foi quem as pérolas me indicaram.

- Pérolas?

- Sim, as pérolas mágicas. O trono foi tomado, e de acordo com a profecia somente elas nos levariam ao escolhido, e como você percebeu, eu fui parar na sua casa.

- Tá, mas, o que eu terei de fazer?

- Lutar, oras.

- Hahaha, me desculpe mas acho que houve algum engano.

- Não houve engano algum. Você foi designado a me ajudar nessa missão. Sente-se, vou lhe contar toda a história.

Há muito tempo atrás um demônio invadiu o nosso reino, e devastou tudo. Nossas plantações, nossas casas, matou a maioria de nossos animais e moradores. Até que um fazendeiro, tomou coragem e desafiou a criatura para um grande duelo. O camponês, tinha um plano. Ele marcou o confronto nas montanhas mais altas de todo aquele vale. A fera, com sangue nos olhos, partiu pra cima do homem, porém com um grande salto ele esquivou-se fazendo com que o demônio caísse, á uma altura inimaginável, dando fim a todo sofrimento. Assim, o fazendeiro tornou-se rei, e vivemos em paz por mais várias décadas, porém á 4 dias, fomos atacados. Aquela criatura, tinha uma seita, e com a morte de nossos guardas, eles tomariam a coroa. Eu sou a ajudante do nosso mago real, ou pelo menos era. Eu vi aqueles desgraçados matarem o senhor Arisbedel, com uma faca cravada bem no meio de suas costas. Antes de dar seu último suspiro, ele me entregou as pérolas e me disse que elas me levariam ao salvador. Então, usei todas as minhas forças para sair dali.

Boca aberta. Era assim que eu estava. Que loucura!
Parecia ter entrado em um filme de fantasia , aquilo tudo me cheirava uma grande lorota! Meu desejo , era sair dali rapidamente , mas algo dentro de mim não deixava . O olhar de Elizabeth , que a princípio parecia tão destemido , agora , estava assustado , como uma criança , que suplica por ajuda , mas ninguém quer ouvir . Eu não poderia virar as costas diante daquela situação . Eu tinha que estender a mão, e se , não o fizesse , provavelmente me sentiria culpado pelo resto da minha existência .

- Tudo bem . Eu vou ajudá-la . Mas já vou lhe avisando que não tenho a mínima experiência no campo de batalha .

Ela correu em minha direção , e me abraçou fortemente . Com os olhos cheios de lágrimas, disse:

- Não tem com que se preocupar . Eu conheço um amigo que pode lhe dar uma ajudinha .

Ela , já aparentando estar mais calma , levou alguns dedos a boca , e assobiou com toda a força que tinha em seus pulmões . De trás de uma árvore , surgia um lindo cavalo, ele chegou mais perto . Elizabeth passou a mão em sua crina , dizendo :

- Ah trovão, como eu estava com saudade, preciso que me leve ao 7° distrito .

-7° distrito?

Eu perguntei.

- É lá que está quem  pode te ajudar a ficar mais forte .