Acordar com o despertador é a pior coisa do mundo. Aquele som irritante no meu ouvido faz-me sempre acordar mal disposta, nao que eu tenha motivos para estar bem disposta mas pronto. Porque raio tem que haver escola? Entao aqueles professores. Metem-me raiva so de olhar para eles. E nem preciso de falar dos meus colegas, sao todos uns betinhos e fazem tudo o que os professores querem. Querem que fale de mim? Eu sou nada mais nada menos que Elena Gilbert, a miuda mais temida por todas as outras raparigas da escola, tenho algumas tatuagens e piercings, sou teimosa, se tiver que andar a porrada ando. Uma coisa muito importante que devem saber sobre mim. Nao suporto miudas que pensam que sao mais que os outros. Aquelas com o nariz impinado estao a ver? E agora tenho que ir para a escola. O que e super fixe sabem? Aprendemos coisas novas e podemos conviver com os nossos colegas. Nao.
Levanto-me a muito custo e dirijo-me a casa de banho. Tomo um duche rapido e enrolo o meu longo cabelo preto numa toalha assim como o meu corpo. Deixo o meu cabelo ainda molhado cair sobre meus ombros e seco-o. Visto umas jeans pretas, uma camisola dos The Rolling Stone e calço os meus all star igualmente pretos. Pego no meu gorro preto e coloco-o. Ponho a mochila ao ombro e vou ate a cozinha.
" Bom dia filha." Rute diz quando entro na cozinha. Rute nao e minha mae, ela adotou-me quando os meus pais supostamente morreram num acidente de carro. Eu continuo a acreditar que os meus pais nao morreram, mas eeu cansei-me de tentar descobrir o que lhes aconteceu na realidade.
"Bom dia." o meu tom rude habitual.
"Nao vais comer?" pergunta quando pego nas chaves.
"Como qualquer coisa na escola. Xau." nao lhe dou opurtunidade de responder e saio de casa fechando a porta fortemente. Ponho os fones nos ouvidos e sigo caminho para a escola. A musica dos The Fray ouve-se e eu como que caminho com o ritmo da musica.
"Elena! Espera!" a voz irritante de Kate invade os meus ouvidos e eu bufo. Ela outra vez nao. Ela pensa que somos amigas porque a ajudei uma vez. Eu so a ajudei porque a miuda que lhe queria bater era a minha maior inimiga. Trish. Nao a suporto e como ja estava farta dela ajudei a Kate batendo-lhe. Sim eu bati-lhe, dei-lhe uma chapada tao forte que ela ate caiu no chao. E é por essa razao que Kate pensa que somos amigas. Mas nao somos. Eu nao tenho amigos.Tive uma amiga e apenas uma. O que lhe aconteceu? Mais para a frente saberao. Mas agora nao me interessa.Vivo bem sozinha e na minha escuridao.
Ela chega ao pe de mim com uma respiracao ofegante e comeca andar rapido para me conseguir acompanhar.
"O que queres Kate?" pergunto rudemente.
"Pensei que podiamos ir juntas para a escola." diz naquele seu tom doce e irritante.
"Pensaste mal." digo rudemente novamente. O habitual.
"E-eu não te queria chatear desculpa." baixa a cabeça
"Apenas continua a andar."
Finalmente chegamos à escola e eu vou para perto da sala. Kate foi ter com o seu grupo de amiguinhas que por sua vez são iguais a ela, ou seja, não gosto nem um bocadinho delas. São todas sorrisos e vestem roupas coloridas e parecem bonecas. Ao contrário de mim, que só usa roupas escuras e que não se dá com ninguem.
Finalmente o professor chega e eu sento-me no meu lugar habitual. Na ultima mesa ao fundo. Baixo mais um pouco a musica para que não se ouça pela sala e continuo a ouvi-la ignorando por completo o que o professor diz. Pego no caderno e vou escrevendo pequenas coisas, fazendo assim o professor pensar que eu estou a tirar apontamentos.
"Menina Elena?" o professor chama.
"Pode-me dizer em que dia nasceu Napolião?" ele pergunta e reviro os olhos.
"Não sei." digo secamente. Todos os olhares da turma estão fixados em mim e isso começa a irritar-me.
"Como não sabe? Acabei de dizer!" e se ele se calasse era melhor não?
"Estou farta." arrumo as minhas coisas apressadamente e saio da sala fechando a porta com força. Ai que nervos! Porque é que tenho de vir para a escola? Ainda bem que faço 18 no mês que vem, assim posso deixar a escola e nunca mais vou ter que aturar professores irritantes e alunos fofoqueiros. Pego nas chaves e ponho-as na fechadura, rodando as mesmas para a porta abrir. Felizmente Rute não está em casa e assim não levo raspanete, principalmente porque não estou com paciência nenhuma. Subo até ao meu quarto e deito-me na cama fixando o teto. Fico uns bons minutos a fixar o teto até que oiço a porta de casa abrir-se e Rute a subir as escadas.
"Elena?" bate a porta.
"Sim." digo seco.
"Posso entrar?" pergunta e abre a porta entrando.
"Já entraste."
"Elena filha..." ela começa
"Eu não sou tua filha!" levanto-me interrompendo-a
"Tu és minha filha. Quer queiras quer nao. E eu sou tua mãe, posso não ter cuidado de ti desde sempre, mas eu amo-te como se fosses minha filha. Eu sei que não é fácil para uma rapariga de 14 anos ser adotada por um estranha, mas sabes que eu estou aqui para tudo o que te precisares. Estou aqui para tudo filha." ela diz e sai do quarto com lágrimas a quererem cair pelo seu rosto. Pego na minha mala e saio de casa fechando a porta com força atrás de mim. Começo a andar com rumo ao desconhecido até que paro num bairro, um bairro escuro e vazio. Becos e mais becos, apenas becos neste bairro. Escureceu depressa, nem dei pelas horas passarem.Continuo a andar pelas ruas desconhecidas, ruas escuras, assustadoras e frias. Fecho o casaco e ajeito o meu gorro. Que frio que está.
Alguem me está a seguir. Eu sinto. Olho para trás e vejo um homem a vir atrás de mim, começo a andar um pouco mais de pressa e o homem faz o mesmo.
"Olá linda." ele apanha-me e agarra-me no braço.
Eu sei que não está grande coisa, mas espero que tenham gostado.
Não se esquecam de votar e comentar u.u
Desculpem algum erro :$
Kisses xx