04 | Indo para o Ministério

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— E então? — perguntou Alvo a Teddy — Vamos?
— O que Alice faz aqui? — perguntou ele.
— Eu vou também — respondeu ela.
— Você só vai se tiver um bom motivo que não seja acompanhar seu namoradinho.
Alvo e Alice coraram. Não era segredo para ninguém que havia alguma coisa entre eles e Teddy gostava de brincando com isso.
     — Primeiro: Alvo não é meu namorado; segundo: meu avós... bem... foram torturados e eu queria evitar isso.
     Teddy suspirou.
     — O.k., você pode ir com a gente.
     — O que faremos agora? — pronunciou-se Scorpius pela primeira vez.
     — Esperamos o Harry, seguimos ele até o Ministério, vocês entraram lá com disso  — disse Teddy tirando a Capa da Invisibilidade do bolso — e eu com isso — disse ele tirando um frasco com algum tipo de poção dentro. — poção polissico com o cabelo do Harry. Preparei ela para alguma emergência, como agora. Certo, botem a Capa, eu vou aparatar.
     — O quê?! — disse Alvo — Vai nos deixar aqui sozinhos?
     — Eu não vou caber aí embaixo com vocês — continuou ele, apontando para a Capa — e já fui no Ministério antes quando criança, tenho uma vaga lembrança de onde seja. Só não posso deixar vocês andando sozinhos pelas ruas de Londres. Harry não pode me ver. Tudo o que vocês têm que fazer é correr atrás do carro...
     — Não! Não podemos simplesmente correr atrás de um carro.
     — Pelas barbas de Merlim, Alvo! O.k., tive um ideia. Me sigam.
     Eles foram até o carro do Harry, estacionado do outro lado da calçada. Teddy lançou um feitiço algum feitiço que fez o porta-malas se abrir.
     — Entrem.
     — Você está maluco.
     — Alvo, ou é isso ou você vai correndo atrás do carro.
     Alvo bufou, mas entrou com Scorpius e Alice.
     — Se escondam com a Capa, quando vocês chegarem eu abro o porta-malas. Entendido?
     — Entendido — disseram os três em uníssono.
     Ele fechou o porta-malas de volta e, pelo vidro, deu para ver ele aparatando.
     Os três entravam debaixo da Capa, todos com muito calor, mas não podiam tirá-la.
     — Bem que ele podia ter usado um feitiço para ligado o ar — resmungou Alvo.
     — Você só sabe reclamar, Alvo — disse Alice.
     — Mas é claro! Estou morrendo de calor, vou ligar o ar.
     — Não! — Alice puxou a varinha de sua mão  — não podemos usar feitiços fora de Hogwarts, e mesmo que você ligasse, Harry iria perceber.
     — Está bem... mas devolva a minha varinha.
     Alvo puxou a varinha da mão da garoto, mas ela a segurou.
     — Não. Do jeito que você é vai acabar estragando tudo.
     — Vamos, Alice. Me dê ela agora.
     Alvo a puxou, mas
Alice a segurou com mais força, então os dois ficaram brigando pela posse da varinha até Alice soltá-la e Alvo cair em cima de Scorpius.
     — Ai, cara — disse ele.
     — Foi mal. Se a Alice não tivesse pegado minha varinha...
     — Você ia estragar tudo — retrucou ela.
     — Cala a boca — gritou Alvo.
     — Cala você, seu...
      A porta se abriu, fazendo Alice parar de falar abruptamente. Eles congelaram e ficaram em silêncio.
     — Papai, quando vou poder ir para Hogwarts?
     Era a voz de Lily.
     — Eu já disse, filha, não vai demorar — respondeu Harry, fechando a porta de trás e entrando na frente com Gina.
     Harry ligou o carro, junto com o ar-condicionado, e Alvo agradeceu por isso.
     — Papai, onde está o Teddy?
     — Ele... saiu.
     — Ele foi pra onde? — perguntou Gina.
     — Não sei, só sei que ele foi Victore.
     — Espera, nossa Victore?
     — Sim.
     — Então... eles estão namorando? — perguntou Lily em um tom triste.
     Lily contara apenas para Alvo que gostava de Teddy, mesmo todo mundo já tendo percebido isso, até mesmo o próprio Teddy. Mas ninguém falava para ela que sabia.
     E mesmo que o garoto fosse doze anos mais velho que ela, ela ainda sentia ciúmes dele. Mal sabia ela que aquilo era mentira.
     — Lily, você não acha ele um pouco mais velho que você? — perguntou Gina.
     — Mãe, eu não gosto do Teddy, só estou preocupada com ele.
     — Ele tem vinte anos, querida, não precisa se precisa se preocupar.
     — Mas eu me preocupo! — retrucou Lily — Então, pai, acha que o tio Gui vai deixar?
     Harry e Gina riram e continuaram com essa conversa até em casa, onde deixaram Lily com sua babá, sra. Figg, e foram para o Ministério.
      Não demorou muito desde o Largo Grimowld até o Ministério, o que demorou foi da estação até a casa deles, mas depois de uns vinte minutos o carro parou.
     Harry e Gina desceram e trancaram o carro, e o trio teve que esperar até Teddy chegar.
E depois de alguns minutos uma pessoa se aproximava do carro, mas não era Teddy, era... Harry?
— O que ele está fazendo aqui? — perguntou Alvo.
— Você se que Teddy disse que ia beber a poção polissuco com o cabelo do Harry? — disse Alice.
— Ah... certo.
Teddy/ Harry abriu o porta-malas com a varinha.
— Vamos, podem sair — disse ele — e botem a Capa lá dentro, assim não consigo ver aonde estão.
Eles tiraram a Capa, atravessaram a rua até uma cabine telefônica vermelha.
— Pensei que íamos para o Ministério — disse Alice.
— E vamos. Entrem.
Todos entram dentro da cabine, Teddy digitou 6, 2, 4, 4, 2 e, de repente, a cabine foi descendo com um elevador para o subsolo.

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