Sua Falta

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No dia seguinte acordei tarde, não queria ir a escola, estava desmoralizado, então fiquei na cama todo dia, senti vontade de ir no banheiro, fui e levei um tempo lá em silêncio, mas do nada escutei a porta abrir, não dei muita importância, provavelmente seria a diarista que todas as 3f vinha dar uma geral na casa. Só que me lembrei que nunca deixava as coisas no lugar e decidi alerta-la para passar a colocar as coisas no devido lugar.

- Por isso não encontro minhas coisas no lugar não é senhor Herson. - crusei os braços com um sorriso.

Era Herson que estava na cesta de roupa suja. O estranho é que ele estava com minha roupa intima em suas mãos, mas não vi nada de especial, nada de pensar maldades.

- Sério que você me ama tanto ao ponto de pegar meu boxer sujo com as mãos?! - tirei minha boxer das mãos dele.

- É, é.... Eu nem tinha reparado que estava nas minhas mãos. Vou levar para a Drica colocar na maquina. - Quase me arrancou, mas me Esquivei.

- OK, obrigado, é que sempre não encontro as coisas no lugar tens que falar com ela. Não, è melhor ser eu, afinal a roupa é minha. Deixa eu ir lá.

- NAO! -Gritou ele desesperadamente. Estranhei mas esperei a explicação.

- Eu posso levar Herson. - tentei sair pela porta e ele se pôs afrente.

- Não, além do mais você já devia estar na escola, e estas atrasado.

- Não, eu não vou hoje, estava a pensar em mudar o visual como lhe falei antes, tenho que me gostar não é?! - falei vestindo uma roupa casual e sai dexei ele lá.

- É, então vai lá.

Já tinha motivos para não ir a escola, o estranho foi ele permitir, bem ele estava estranho, todo vermelho, a tremer. Mas mesmo assim quando eu voltar irei falar com Drica. Já fazem meses esse erro. Odeio procurar minhas próprias coisas e acha-los noutro lugar.

Pov Herson

Acordei cedinho, fiz compasso de espera para que Lua fosse a escola e eu ficase com a casa toda, especialmente porque eu iria sentir ele como não podia tê-lo na realidade.

Há meses, eu venho sentindo um desejo avassalador pelo meu próprio irmão, não sei como nem quando começou, mas nele eu vejo a pessoa com quem eu gostaria de passar o resto dos meus dias.

Como de costume entrei em seu quarto, fui direto para a cesta de roupa suja, senti cheiro dele desde a camisete até as calças, foi quando ia pegar o boxer cheirar que oiço a voz dele. Fiquei nervoso sem saber o que fazer. Ele logo falou algo que eu não estava a espera completamente fora do que estava a acontecer naquele momento.

Então ele decidido que ia perguntar a Drica porque ela espalhava as coisas dele. Não podia permitir se não ela diria a verdade, que nunca pegou nada referente ao quarto dele, e que eu é que faço tudo.

Mas logo ele saiu para o salão de beleza, então fiquei sozinho em casa despensei Drica e fiz tudo sozinho para não correr o risco dele vir perguntar e me descobrir. Isso não.

Pov Duda

Animado para as aulas, cheguei a escola e tive uma grande surpresa, meu comparsa, André, segundo ele, conseguio subornar a diretora e estaria comigo nesse inferno. Nos contamos todas novidades, das garotas que fudemos, onde fomos curtir as férias.

- Mano, você não vai acreiditar quem é a minha nova diversão.

- Claro que vou: A Pamela, aquela vadiasinha que gosta de dar para tu.

- Não, errou geral, espera ai, Jajá vai entrar, já que a amiginha dele já chegou.

- Fala logo mano, estou curioso.

O tempo passou, o sino tocou e nada de Lua. Provavelmente não veio por causa do susto que dei nele nas redes sociais. Fomos as aulas, intervalo e nada dele. O professor de teatro deu trabalho em grupo de dois a dois.

- Eu fiquei sem par professor

- Quem foi que falou isso?

- Eu não vejo nada nem ninguém.

- Isso mesmo, você vai fazer dupla com o faltoso de hoje: Lua.

Toda turma se pôs a rir, as aulas passaram rápido e o tema eu não peguei. Quando fomos para o último intervalo já estava impaciente, por não ter que colocar os meus planos em acção. Mandei alguém perguntar a Clara sobre ele e nada, fui a directoria e nada. Aquilo já estava a me deixar com raiva e estressado.

- E ai mano, olha lá a Pamela, esta mostrando as pernas para tu. - Se pôs a rir André.

- Eu estou calmo e preocupado com outras coisas. - Dei pouca importância para o que ele estava a falar.

- Eh mano, nunca vi você assim, desprezar buceta de puta. - reclamou ele aumentando minha raiva.

- Você pode parar de falar de Pamela, se você quer ela vai lá e fala pra ela porque eu não quero fogo mano. - Berrei alto.

- Calma, não era pra tanto você está fundido com algo? Não descarrega para mim.

- Vai tomar no cu, afinal você se matriculou aqui para que, vai passear e leva a estúpida da Pamela pra tu. - empurei lhe para o chão.

André saiu dali a correr e foi para sala. Estava muito descontrolado não sabia porque, peguei o celular e disquei número dele, mas não liguei, o sino tocou e fui para a aula. O professor de gestão falou assuntos que estavam a aumentar meu estresse e do nada levantei e fui para casa sem pedir permissão ao professor.

Cheguei a casa, não quis saber de nada, a empregada perguntou o que eu queria comer eu a joguei com vaso de cristal mas na acertei. Me tranquei no quarto joguei todas as coisas no chão para descontar minha raiva. Me deitei na cama e apanhei sono, só acordei as 19 quando já estava com fome de matar o leão. Depois subi para o quarto.

- Porque você não veio a escola? Não me deixou te ver. - pensei entristecido.

Em fim, tinha caído minha ficha, estava assim a cometer locuras por causa de um dia sem vê lo. Peguei o celular e decidi cometer mais uma vez uma locura. Liguei para ele, queria escutar a voz dele.

"Alô! Alô! Alô!? Com quem falo? Alô".

Desligou o celular e um sorriso involuntário saiu na minha boca.

- Te amo, não sei como sobreviverei sem você, sinto sua falta.

Somente MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora