A Aposta

2° Temporada: Um novo homem.

Por Bella.

Entrei no quarto e um pouco descontrolada, lágrimas ainda caiam dos meus olhos e eu sentia que a qualquer momento iria desabar, eu queria poder me encolher em um canto e ficar lá para toda eternidade, não estava com cabeça para fazer absolutamente nada, mas quando entrei no quarto, acabei infelizmente dando de cara com Rose e Alice sentadas na cama de Alice conversando, e eu naquele momento odiei lembrar que sou colega de Alice, agora que estamos brigadas nem sei se consigo olhar em sua cara.

Eu limpei as minhas lágrimas rapidamente da minha bochecha, mas eu sabia que elas viram e perceberam que eu estava chorando, eu fui direto para o banheiro do nosso quarto, e pude escutar elas sussurrarem "O que será que Edward fez dessa vez?".

No banheiro com mais privacidade deixei o choro me conduzir, mas chorei baixo, para ninguém poder me ouvir, não queria mostrar a ninguém como eu estava fraca naquele momento, eu estava desabilitada, queria poder correr para o colo do meu pai ou até mesmo da minha mãe, e ouvir que tudo irá ficar bem, que eu não preciso me preocupar porque eles irão resolver o meu problema. é ruim demais crescer e ter que enfrentar os seus próprios problemas, os seus próprios medos, é difícil não ter ninguém que faça alguma coisa para parar de doer.

Escutei umas batidas na porta, ignorei completamente, Alice era a ultima pessoa que eu gostaria de ver agora.

–Bella? - Perguntou a voz de sinos de Rosálie. Eu não sabia se ela tinha conspirado nesse plano de Alice para que eu reencontra-se Edward, mas eu estava tão fragilizada emocionalmente que eu me vi em uma batalha se abria ou não aquela porta para ela entrar, optei por abrir e deixa-la entrar, eu precisava de alguém que me desse algum consolo, apesar de Rosálie nunca foi minha melhor amiga, ou então uma amiga daquelas mesmos, nós apenas conversávamos no colégio, e viramos amigas uns dois meses antes de tudo acontecer e eu me formar.

–Entra. - Eu disse me levantando do chão e limpando as lágrimas, Rose entrou fechando a porta, assim que ela me viu, ela lançou um olhar de "Eu sinto muito", me abraçando em seguida, eu deixei ela vencer, e resisti ao seu abraço, eu apertei Rose em meus braços assim como ela me apertava, dizendo que era para mim colocar tudo que eu estava sentindo para fora, sem ter vergonha alguma, eu chorei em sua frente, e Rose me consolou dizendo que iria ficar tudo bem, e que eu poderia contar com ela, naquele momento ali, eu pude ver que tinha uma nova amiga, e eu senti que Rosálie e eu nos daríamos muito bem, pois ela conseguia me entender.

Não que Alice não conseguisse, mas Rosálie não iria se intrometer na minha vida sem permissão, disso eu tenho certeza.

{...}

Era a festa de boas vindas da escola e de algum jeito Rosálie conseguiu me convencer em participar, ela disse que seria bom para mim esquecer dos problemas, mas eu disse a ela que o meu maior problema estaria na festa, que era Edward, ela disse para não me preocupar com ele, era só manter a maior distancia possível, ela disse que eu precisava e necessitava de diversão, e a festa seria perfeita para isso.

Eu tentei negar, mas ela disse que me iria obrigar a ir, e eu aceitei talvez ela tivesse razão e eu precisava colocar minha cabeça em uma diversão, uma festa seria perfeita, eu queria apenas beber e relaxar, pensar que todo aquele inferno que eu estava vivendo iria acabar.

Rosálie foi para seu quarto e ficamos Alice e eu no nosso quarto, eu não iria dizer nada, e nem pretendia, e Alice parecia o mesmo que eu, pois ela nem se quer abriu a boca, o que eu agradeci por ela estar ocupada demais olhando os seus vestidos dentro do seu guarda roupa que era divido comigo, mas a maior parte era dela, tínhamos combinado isso antes de brigarmos, mas eu não importava, pois tinha poucas roupas mesmo, e o que eu não precisava do espaço do guarda roupa, eu deixava na mala mesmo.

Olhei para meu guarda roupa meio vazio, e busquei qualquer vestido que fosse apresentável para uma festa, encontrei um verde escuro de malha tradicional estilo verão, com um decote um pouco aberto, em um sentido V, meus vestidos são soltos, leves e de estilo do verão, já que as metades das minhas roupas ainda são de Phoenix, eu precisava fazer novas compras e arrumar meu guarda roupa de acordo com o clima daqui e é temperado, com frios moderadamente rigorosos e severos, e verões suaves e com trovoadas frequentes, segundo uma pesquisa da internet.

Depois de vesti o vestido verde, eu calcei meus únicos sapatos de salto acima dos cinco centímetros de altura, e deixei meus cabelos que estavam horríveis, presos em um rabo de cabalo, passei maquiagem clara e dei uma leve abusada no pó, para disfarçar a cara de choro que eu tinha.

Assim que me arrumei, sai do quarto vendo que Alice ainda se aprontava, caminhei o longo corredor que estava cheio, ao meio de olhares cobiçosos de homens, aos olhares e repulsa das mulheres, e muitas das vezes quase tropecei e cai.

Finalmente cheguei na festa, que estava lotada, a musica estava alta, uma banda de rock ao vivo se apresentava, havia bebidas no bar e barmen servindo, uma verdadeira boate, pessoas dançavam animadas com a musica, e gritavam ao nome da banda que eu se quer conhecia, meu gosto por rock mudou muito com o passar do tempo, sai do rock "moda" e entrei para um rock mais clássico e com bandas mais antigas dos anos oitenta e noventa, aprendi também a gostar de musica clássica com a minha mãe e musica Country com Phill, ele adorava essas musicas sertanejas, principalmente as brasileiras, e ele não sabia cantar uma palavra.

Fui para o bar pedir uma boa caipirinha, mas o barman estava com tanta gente ao seu redor que ele não ouvia os meus gritos pedindo para ser atendida, quando bufei irritada decidi desistir, ele não iria me atender, pois estava mais de uma dúzia de pessoas em sua volta, cada uma gritando uma bebida, eu me virei para sair daquele tumulto, e senti meu rosto bater contra o peito de alguém, olhei para cima e vi um homem que aparentava ter seus vinte e três á vinte e cinco anos, com cabelos castanhos escuros e olhos verdes, sua pele era branca, mas não tão branca quanto a minha, ele sorrio em minha direção, mostrando seus dentes brancos, mas não tão alinhados, ele era bonito.

–Me desculpa. – Eu disse por ter me esbarrado nele.

–Não foi nada. – Ele disse de forma simpática, eu sorri de volta simpática, já me preparando para sair. –Aliás, se você quer saber, eu sou o Alec, Alce Volturi. – Ele falou se apresentando, eu estreitei sem querer minhas sobrancelhas, Alec era um nome que para mim era incomum, parecia ser meio italiano, assim como o meu, não resisti em perguntar.

–Você é italiano? – Perguntei, e ele continuou sorrindo.

–Acertou, nasci em Veneza. – Ele respondeu.

–Eu sou Isabella Swan. – Eu me apresentei.

–Também é italiana? – Perguntou ele.

–Não, apenas o nome. – Respondi e ele continuava sorrindo, talvez para alguém normal ver o sorriso de alguém no rosto cada vez que falava com ela seria algo bom, mas eu estava me irritando, mas ele era simpático o que me agradava, e era bonito, não que eu ligasse para a beleza, mas isso era um ponto a mais.

–Está sozinha? – Ele perguntou, mas quase que parecia uma afirmação na sua voz.

–Não, ela está comigo. – Respondeu uma vo rouca atrás de mim, eu não precisava me virar para saber quem é.

Edward.

Eu senti as suas mãos em minha cintura e ele me puxou para si, antes que eu pudesse protestar.

Continua.