Capítulo 8

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Estava na porta da escola quando um bendito ser coloca a mão na minha boca e me puxa para perto de uma árvore.

- Endoidou garoto?! - pergunto para o ser de olhos verdes que ria me olhando.

- Você precisava ver sua cara, alguém podia ter gravado - diz ainda rindo.

- Você pode parar de tentar me furtar e me deixar ir para aula? - pergunto impaciente e Adam finge pensar.

- Hummmm... Pedido negado Senhorita, tenho planos melhores para nós - aponta de mim para ele.

- E que planos seria esses? - Buja impaciente.

- Não vou lhe dizer, só percebi que não está afim de ir para escola e vim bagunçar um pouco sua rotina - Sorri e me puxa para seu carro sem me dar a chance de protestar.

Ele deu sorte que eu não tinha ido com o Alfie hoje, eu não deixaria meu bebê para andar no carro de Adam, era fechado e eu e Adam em lugares fechados não funcionava muito bem. E acho que até ele percebeu isso.

- Tem certeza que não quer me contar? - pergunto tentando arrancar informações.

- Desista Alana - o meu nome na voz dele ficava tão... Diferente.

Bufei e decidi não falar mais nada, não confiava em Adam no volante ainda, ele conseguia acelerar mas que Helena e eu juntas, me pergunto se ele já ouviu falar em leis de trânsito.

Enquanto eu estava perdida em pensamentos mal percebi quando o carro parou e Adam abriu minha porta.

- Vai ficar ai parada ou quer entrar comigo? - Arqueia uma sombrancelha.

- Grosso - Adam ri.

- Só meu pau queridinha - pisca e sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

Eu nn acredito nisso. Eu corei. Eu realmente tinha ficado vermelha com a pronúncia do pau de Adam.

Adam percebe que adquiri um tom avermelhado mas apenas ri, esqueço que tem um deus grego do meu lado e foco no lugar que estava entrando, era um estúdio de dança. Meu lugar preferido.

- Como sabia? - pergunto.

- E evidente sua paixão pela dança, e como eu vi que você precisava se uma distração, aqui estamos - Abre os braços para o lugar enorme e lindo que estávamos.

O chão era de um tipo de madeira brilhante, as paredes eram brancas, com alguns adesivos de borboletas, um tapete roxo no centro. Eu estava em casa.

Adam liga um aparelho de som e se senta em uma cadeira que estava ao lado, sorrio e começo a dançar.

Comecei com paços leves, que se tornaram rápidos e fortes com o passar da música, expressar meus sentimentos dançando era a melhor coisa que eu fazia, eu sentia que um peso enorme estava sendo jogado de lado, lágrimas insistiam em descer mas eu não choraria ali, era o meu cantinho de relaxar e não estragaria isso com lágrimas. A música acaba e eu me deito no chão respirando fundo.

- Você é ótima - Se senta ao meu lado.

- O que? - pergunto ainda tentando controlar minha respiração ofegante.

- Você é ótima, você não dança por dançar, dança por paixão, você expressa seus sentimentos na dança e isso é... Lindo - Me olha, e pela primeira vez não vi um pingo de divertimento nos olhos de Adam.

- Não danço tão perfeitamente assim, eu só... Sinto - Adam sorri.

- Deveria investir nisso - Diz e ele parecia perdido, em lembranças talvez.

Girl Of DoubtsOnde histórias criam vida. Descubra agora