Preconceito

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Narrador: Roberta chega e pergunta por sua filha.

Roberta: Boa noite, eu gostaria de saber onde se encontra a paciente Crystal.
Enfermeira: Pois não, a senhora segue reto nesse corredor e será a antepenúltima porta a sua direita.
Roberta: Obrigada.

Narrador: Gabriela segurava a sua mão e beijava o seu rosto, Roberta entrou sem bater.

Roberta: O que é isso?
Crystal: Boa noite também mãe!
Roberta: Não quero suas gracinhas, quem é ela?
Crystal: Minha namorada.
Roberta: Isso é brincadeira né? Não pode ser verdade, não criei você pra se tornar um monstro!
Gabriela: Ela não é um monstro, a senhora deveria apoiar a sua filha já que nem todos pensam que não importa como seja a forma de amar, o que importa é o amor. Nós não escolhemos por quem iremos nos apaixonar, ninguém manda no coração. Em meio a essa sociedade onde as pessoas são mente fechadas e boca abertas os de casa devem apoiar, ela precisa de ajuda pra enfrentar o mundo.
Roberta: Só era o que me faltava, isso é pantim de gente safada, esses lgbt deveriam apanhar isso sim!
Gabriela: Isso é crime! Me perdoe mais sua forma de pensar está totalmente errada. Não vou descutir com alguém mente fechada.
Crystal: Mãe a senhora tem que aceitar a filha que tem.
Roberta: Não tenho mais filha, façam bom proveito desse nojo que vocês chamam de amor.

Narrador: Roberta saiu e Crystal não segurou o choro, Gabriela a ajudou, ficou do seu lado todo o momento. Devido a perca de sangue Crystal precisava de uma doação o mais rápido possível, Gabriela não tinha o sangue compatível e o estoque estava sem AB+, ela precisava o mais rápido possível do sangue, a hemorragia interna se espalhava mais a cada segundo. Crystal sabia quem tinha o mesmo tipo saguinio mais sabia que não conseguiria com essa pessoa...

Minha Professora de PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora