Nós estavamos ainda no gramado esverdeado, Kwan continuava me abraçando e eu aproveitando aquele momento especial em que estava passando.
O dia estava claro, as nuvens estavam dando uns aspectos lindos no céu azulado. Kwan estava linda, seu olhar é hipnotizante e eu provavelmente caí nesse tal encanto.
Fiquei alí, retribuindo o abraço, nem se quer me importava com as pessoas que passavam por nós, o que mais importa agora é ela na minha vida.
Comecei a acariciar os cabelos longose lisos dela, pode acreditar, é a melhor sensação que um ser humano pode ter. Pensei em como poderia ser minha vida ao lado da moça, não poderia parar de pensar o quão importante seria ela na minha vida.Eonjin, quão você acha que o nosso nível de amizade está?-Diz ela olhando pro meu rosto.
Não sei Kwan, ac...- Kwan corta as palavras com um beijo, me coro e arregalo os olhos.
Pra eu poder fazer isso, acho que bem alto.- Diz ela se separando lentamente e dando a sua famosa risadinha do breve beijo que tivemos.-E também, estou arriscando meu emprego por você.
Imagino.-Digo toda corada.
Me volto a sentar na grama, olho para o céu incrivelmente bonito e me pergunto: "Por que será que quando o dia está anormal em relação aos anteriores eles tendem a ter acontecimentos especias? Seria o destino?"
Kwan me observa sentada na grama e logo começou a se levantar.
Eu vou buscar seus remédios e já volto, ok? Disse ela avisando o que ia fazer e se distanciando de mim.
Tudo bem. Digo a ela ainda sentada na grama.
Ela se afasta de mim e se vira para voltar para a área interna do hospital. Fiquei meio insegura com todo mundo estranhamente me olhando, mas fechei o olho para ficar em paz por tempo, mas aí que o ponto acontece.
"Siga a verdade, siga a verdade", "Ela virá enquanto seus olhos não vai poder ver".
Essas vozes, elas não saem da minha cabeça, elas só dizem essas coisas depois que conheci Kwan. O que elas querem dizer?
Abro os olhos novamente, mas não estava normal, eu sentia calafrios correndo em meu corpo. Eu estava um pouco assustada, até que eu vi um vulto passando por mim, ele deixava rastros que só eu podia ver. O sangue começou a aparecer, aos poucos começava a sair por minha boca, pelo meu braço e principalmente minhas costas e meu lado direto
Não fazia o mínimo sentido, eu sabia que aquilo era apenas alucinações, nas o sangue saía sempre em lugares específicos e isso é a minha maior dúvida.
Comecei a me apavorar, aquele vulto estava parado a poucos metros de mim, ele estava se multiplicando e quanto mais ele se multiplicava mais alto e mais agudas ficavam as vozes ditas por eles.No mesmo segundo, eu sinto uma falra de pressão e quase desmaio na grama que agora estava avermelhada, eu sentia falta de ar e logo caiu na grama.
Eu estava numa possa de sangue, a mesma da sala vazia e branca.
Cada vez piorava, e mesmo se eu tomar todos os remédios indicados pelo psiquiatra não iria adiantar em nada.
Kwan logo chega, ela me vê deitada na grama, mas como ela estava longe não conseguia ver o quão apavorada estava.
Com alguns minutos ela chega até mim e percebe que eu não estava bem.Eonjin? EONJIN! Você tá bem? Meu deus você está muito assustada! Diz a enfermeira me puxando para o colo dela.
K...kwan, eu vi coisas terríveis. Eles não paravam, as vozes estavam cada vez mais horripilantes. Eu tive uma queda de pressao e falta de ar, por isso eu tava deitada.- Falo incrédula do que acabei de presenciar novamente.-E...eu tô com medo. Falo caindo no choro.
Calma...calma, tá tudo bem. Eu tô aqui e não vou deixar que nada aconteça com você. Diz ela passando a mão em meus cabelos e me dando beijinhos.
Agora que eu lembrei que meus pais vão vir me visitar. Digo tendo algumas dificuldades para me levantar.
Deixa que eu te ajudo. Disse Kwan se levantando e segurando em meu braço.
Obrigada. Digo e nós duas começamos à andar pelo extenso espaço da área externa.
No caminho começo a sentir algumas tonturas, mas Kwan disse que é o efeito colateral do medicamento.
Subimos um lance de escada e entramos dentro do prédio, o médico responsável por mim disse que meus pais iam chegar em uma hora, então deu tempo de eu me preparar para a visita.
Fiquei esperando eles em meu dormitório,já Kwan tinha que cuidar de outros pacientes. Depois de um tempo eles chegaram e se direcionaram à sala do medico, assim, me avisando para eu estar lá também.Oi omma e appa.Digo me cumprimentando eles assustado e insegura e me sentando em uma cadeira.
Oi filha. Diz eles em coro.
Bem, vamos começar uma nova consulta. Kwan nos alertou que a doença está piorando cada vez mais, já ouve casos assim mas às vezes é passageiro, então devemos tomar as devidas precauções. Disse o médico pegando sua caneta.
Caramba, filha conta para nós o que você vê, pois até hoje eu e seu pai não sabemos direito. Disse minha mãe olhando para mim preocupada.
B...bem, eu vejo vultos pretos,sangue sobre mim e no chão. Digo muito assustada só de lembrar das cenas.
Isso é horrível filha. Diz meu pai olhando para mim.
E me conte sobre sua enfermeira, parece que ela tem um nível alto de afetividade com você. Diz minha mãe olhando para mim curiosa.
*aí merda* penso e logo coro.
Ela é uma garota muito legal e sabe muito bem cuidar do próximo, Kwan é engraçada e divertida. E agora ela tornou-se minha melhor amiga.*ou mais que isso.* Digo e penso dando um sorrinho bobo.
Que bom filha, fico feliz que você conseguiu uma nova amizade. Disse minha mãe se aliviando dos muitos pensamentos ruins que estava tendo por conta da minha socialização.
Isso é bom, pois quer dizer que o pensamento que a doença pode dar nos pacientes de não querer se socializar com alguém já está melhorando. Diz o médico empolgado e anotando em meu formulário.
Depois da visita...
Quando meus pais foram embora decido ir ao meu dormitório. Ando até a escada e subo para o segundo andar, continuo e vou até meu quarto.
Entro e vou direto pra cama, deito sobre ela, fecho meus olhos e caiu no sono.
Kwan decide dar uma passada no meu quarto para ver se eu estava bem.
Ela me vê dormindo e se aproxima, assim, sentando na cama e fazendo carinho em mim.Como eu amo ela<3