●Capítulo quatro: Papillon

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    Chatnoir voltava para casa com um enorme sorriso no rosto, não podia conter a felicidade de ser correspondido por sua princesa. E de ter passado mais uma noite com a mesma, finalmente podendo lembrar de tudo que aconteceu entre os dois.
Entrou na janela do quarto em um pulo, logo se destransformando. Viu Plagg voar até seu queijo, tinha saído da casa de Marinette antes da mesma acordar. Na despedida, depositou um beijo em sua testa, e deixou um bilhete no travesseiro ao lado. Resolveu tomar um banho para se arrumar para a escola, não podia se atrasar, quanto menos problemas com seu pai, melhor.
Depois de pronto ouviu um toque na porta, gritou para que a pessoa entrasse. Era a secretária de seu pai, Nathalie, com a mesma expressão séria e fria de sempre.

__Adrien, seu pai deseja falar com você. __ disse ríspida, se retirando do quarto em seguida.

O loiro suspirou, chamou Plagg para que saíssem do quarto, e foi para sala de seu pai. O viu de costas parado, olhando o quadro de sua mãe. Adrien engoliu a seco.

__Pai? __ chamou receoso.

Gabriel Agreste virou-se na direção da porta, vendo o filho parado nela. Adrien as vezes achava que seu próprio pai não o amava. Deixava de lado tais pensamentos as toda vez que recebeia uma atitude de afeto de seu pai. Percebeu o olhar fixo de seu pai em seu pescoço, por reflexo o tampou. Não estava entendendo nada, contudo pela cara que seu pai fez deu pra deduzir o que era. A vergonha o dominou, devia ter dado um jeito de esconder aquela marca, sabia que seu pai o julgava, e não conseguia pensar em nenhuma desculpa para aquilo.

__Adrien, já é a segunda noite que não dorme em casa. __ afirmou sem emoção.

   O garoto o olhou assustado, como ele poderia ter certeza disso?

__E pelo visto, não está fazendo nada de bom para o seu futuro. __ completou ríspido.

__Pai, eu- __ foi interrompido por Gabriel, que aumentara seu tom de voz.

__Não adianta inventar desculpas Adrien, eu mesmo fui em seu quarto ontem a noite.

  Adrien sentia sua garganta fechar, não havia saída para aquilo. Sentiu medo, e se fosse proibido de ir à escola? E se nunca mais conseguisse ver Marinette?

__Eu olhei as câmeras de segurança, você não chegou tarde, você nem voltou pela porta da frente! __esbravejou furioso.

__Pai, eu posso explicar!

__Está de castigo. __ falou frio.

   Adrien sentiu-se tonto, nada vinha a mente para escapar daquilo. Como fora tão descuidado em passar uma noite inteira fora de casa? Seu pai começou a ditar as novas regras.

__Terá que cumprir todos os seus deveres! Poderá ir a escola. __ o rapaz se animou com a notícia. __Nathalie irá lhe acompanhar até a sala de aula.

O modelo abriu a boca para reclamar, sendo impedido por seu pai.

__Não quero ouvir reclamações, fui claro? __ questionou, e o filho assentiu. __ Ótimo, agora vá, ou chegará atrasado.

Adrien não entendia o motivo de seu pai ainda o deixar ir a escola. E nem deveria questionar, algum milagre acontecera, e deveria aproveitar ao máximo. Se retirou sem mais nenhum comentário, tinha medo de falar mais alguma coisa e piorar drasticamente a situação. Queria ver Marinette, e tinha quase certeza que o Chatnoir não apareceria tão cedo, já tinha notado a presença alguns seguranças perto das portas, e principalmente de sua janela. Suspirou cansado.

__Justo agora, não posso ser Chatnoir. __ sussurrou para si mesmo.

Marinette chegou na escola atrasada novamente, não por ter acordado tarde, e sim por ter ficado meia hora só suspirando por Chatnoir. Demorou mais ainda quando estava no banho, sempre que estava de bom humor ficava horas debaixo do chuveiro, sorrindo feito boba. Só despertou dos devaneios quando ouviu Tikki, sua kwami, a gritar alertando que estava atrasada. Saiu correndo do banheiro, escorregou um pouco, mas conseguiu não cair. Se arrumou apressadamente, pegou biscoito para ela e para Tikki, e gritou um; "Tchau mãe e pai" ouvindo um "Se cuide" de seus pais como resposta. Tinha sorte de morar ao lado da escola, embora achasse que isso a deixava mais preguiçosa e relaxada com o horário. Considerava o fato de morar perto da escola um fator maravilhoso para acordar mais tarde, completamente enganada. Conseguia se atrasar todos os dias.

 Chegou tropeçando na sala, dizendo um; "Desculpe Professora!" embolado, fazendo todos seus colegas rirem e a Professora revirar os olhos. Se sentou no seu lugar de sempre, ao lado de Alya, que ainda ria do seu vexame. Olhou para frente e percebeu que um certo loiro não estava lá. Assim que foi perguntar a Alya e Nino o que tinha acontecido, ouviu o barulho da porta abrir, e Adrien entrar acompanhado de sua secretária. Viu ele dar um aceno para mesma, que apenas fechou a porta e foi embora. O garoto suspirou e pediu desculpa para a Professora, que assentiu sua entrada. O Agreste sentou-se ao lado de Nino, seu melhor amigo, e o cumprimentou um pouco cabisbaixo. Marinette sentiu seu olhar sobre a mesma, e o encarou de volta, perderam-se nos olhos um do outro. Adrien queria tanto explicar tudo que havia acontecido, queria dizer para não se preocupar, que logo Chatnoir voltaria a vê-la, no entanto a garota quebrou o contato, se virando para Alya. Adrien suspirou, e virou-se para frente. Poderia aceitar o castigo perfeitamente, se Marinette não o tratasse assim quando é Adrien Agreste, tentou prestar atenção na aula o máximo que pôde.

Gabriel Agreste sorriu vitorioso, se transformando em Hawk Moth. Agora sem Chatnoir, seria mais fácil derrotar a joaninha. E se caso o gato preto aparecesse, era só aumentar o castigo de seu filho. Soltou uma longa risada, sentia a aflição de um coração, tão perfeito para seu Akuma. Observou todo o trajeto da borboleta branca até seu dedo. Restava muito pouco para possuir os Miraculous da criação e destruição.

[Olá! Babe aqui, em plano 2021. Ai, ai, quando escrevi essa história não existia covid. Mas definitivamente não quero voltar pra aquele ano 🤪 Como vocês estão? Quero muito corrigir cada capítulo desta história que amo muito, e quem sabe sas outras também? Ou melhor, uma história nova 🤭 Obrigada por tudo! Beijooos ❤❤❤]

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