Fragmentos

Um Possível Propósito

Há alguns dias atrás decidi que quero estudar psicologia, viajar pro Japão, aprender japonês, coreano e inglês em apenas três anos e impedir jovens de cometer suicídio, além de fazer trabalhos voluntários.
Eu fico pensando porque as coisas sempre se mostram em sonho pra mim, não em sonho onírico, como quando se está dormindo, mas sonho acordado. As pessoas dizem que devemos despertar a consciência, estar no momento presente. Mas como, como se livrar de uma vida ilusória se tudo em você se manisfesta de uma forma fantasiosa? Como estar no momento presente se você se perde em pensamentos constantemente?
Hoje eu sonhei com Daniel, não tenho certeza do que eu sonhei exatamente. Mas senti atração por ele novamente, ainda mais forte que antes. Não faço a mínima idéia do porquê disso. Por que eu continuo presa à ele? Sentimentos bons ou ruis, sempre estão com ele, é como se a linha não tivesse rompido, apenas estivesse diferente, com outra cor. Não só quero como preciso romper essa linha. Ver ele feliz me machuca, ver ele tocar me machuca, ver ele namorando me machuca, o sorriso que antes me fazia tão bem, hoje só me machuca. Acho que deveria estudar psicanálise para mim mesma.
Conhece-te a si mesmo, é o caminho do despertar. Sócrates, antropologia, documentário nacional, psicologia. Todos dissem o mesmo. Relacionamentos.
"Ame a si mesmo, antes de amar alguém", soa cliché, mas é tão complicado.
Como amar alguém que não conhece? Impossível.
Como conhecer a si mesmo?
És a questão.
Procuro fora? Procuro dentro? Consciência? Sub-consciente? Família? Religião? Trabalho? Gostos pessoais? Sentimentos? Pensamentos? Sonhos?
Conhecer a si mesmo, é o mais desafiador e mais difícil dever da humanidade. Ao compreender a si mesmo, como não compreender aos cosmos e ao universo?
As vezes, isso assusta.
Mas não tem nada mais lindo.
Assim como ver o céu.