No silêncio da noite
E no frio da tristeza
No abismo que é o trajeto que prossigo
meu peito anseia pelo inalcançável,
meu corpo suspira pelo que me tornei
E transbordando de incompreensão
vejo o antídoto e o veneno no mesmo cálice que tomei.
Cálice cristalino, fino e desejoso
se coloca aos meus pés e reluz
Sua luz me chama,
me faz querer tocá-lo
o toque se vai antes de acontecer,
mesmo que o desejo esteja longe de perecer
Permaneces no chão entre meus pés
O risco de se quebrar é grande,
mas maior ainda é o risco de me ferir
e após isso o de me ver ir...
VOCÊ ESTÁ LENDO
No Silêncio das Palavras
PoesíaEu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaç...