Capítulo 5 - Bridges of Stone

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Um dia no qual padeci no Paraíso foi aquele. Entrevistas e gravações, eu já não aguentava mais aquelas paredes do quarto do hotel, tudo parecia tão confuso.

Resolvi descer e aproveitar a piscina para relaxar. O Sol estava muito forte e tudo o que eu podia fazer era esperar até a hora de jantar e juntos irmos ao aeroporto, cada um rumo à sua cidade.

O Hotel era lindo, estava lotado. Muitas fãs hospedadas mesmo. Cochichavam sobre eles estarem no último andar e sobre como abordá-los. Resolvi que usaria fones de ouvido e não me envolveria em nenhuma conversa. A neurose era gigante e comecei a ouvir Nirvana em volume alto para que ninguém me associasse aos Hanson.

No almoço comi no refeitório, sozinha. Alguns garçons me perguntavam se eu estava esperando alguém, eu dizia que estava com meu pai, que logo chegaria. Um dos seguranças particulares sempre estava onde eu estava e isso era um saco.

Voltando para o meu quarto após o almoço eu cantarolava algo quando fui abordada:

- Oi, tudo bem com vc? Sozinha pelo Hotel?- Nunca tinha visto aquele cara na minha vida

- Oi, tudo bem. Não, estou indo para o meu quarto, apenas. – Desconversei

- Ah, não se sinta ameaçada, sou Max... estou hospedado aqui sozinho e te vi o dia todo sozinha também... achei que poderíamos nos fazer companhia, só isso.

- Ah, oi... Max, sou Ana. Eu não estou aqui sozinha... quer dizer, meu pai está aqui comigo. Ele foi ... trabalhar e eu fiquei com o dia livre hoje. Prazer.

Max era alto, loiro, lindos olhos verdes e uma carinha amistosa. Descobri depois naquele dia que ele era ator. Conversamos um pouco e ele me convidou para jantar no refeitório mais tarde. Eu recusei, dizendo que partiria aquela noite para SP. Ele tbm era paulista e me passou seu telefone. Ele era legal, mas eu me sentia desconfortável falando com ele, nós dois tínhamos quase a mesma idade e ele se mostrou surpreso quando soube que eu era um pouco mais nova. Eu não passei meu telefone para ele, me parecia errado pois eu sentia um ligeiro interesse de sua parte.

Fazia mais de duas horas que estávamos conversando com os pés na piscina quando Richard veio me chamar. Ele achou suspeito e pareceu ter ordens para me tirar da companhia de terceiros.

Fui aliviada para o quarto, esperar o que parecia muito, mas pouco mais de duas horas.

Tomei um banho demorado, passei um hidratante cheiroso na pele, escovei os cabelos, fiz uma maquiagem leve com rímel, lápis, blush e gloss.

O telefone do quarto tocou, meu estômago estremeceu:

- Ana?- Era Walker

- Oi Walker, boa noite...

- Pode vir até o nosso quarto, por favor?

- Claro... até já.

Coloquei um vestido e me senti feliz com o resultado. Chegando ao quarto, a porta já se abriu antes que eu tocasse:

- Entre Ana...

- Oi Gente... está tudo bem?

- Oi Pequena! Estamos mortos, esgotados... – Tay revirando os olhos

- Oi Pequena... e eu com uma dor de cabeça horrível...

Zac ficou parado, olhando o notebook e não falou nada, só me lançou um sorrisinho amarelo.

- Obrigada por cuidar do Isaac ontem, Ana. Fiquei sabendo que deu café para ele e pediu que Zac o banhasse. Eu deveria dar um sermão sobre dormirem no mesmo quarto mas devido às circunstâncias eu acho que foi melhor assim.- Sorriu me abraçando 'americanamente' e em seguida saiu do quarto para resolver com os seguranças a ida ao Aeroporto.

Viagem à Oklahoma II - Our Own Sweet TimeWhere stories live. Discover now