4- Homicídio Ou Suicídio? ;)

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Acabou.

Com o impacto seu corpo caiu para trás junto da cadeira.
E eu estava ali parada olhando para o seu corpo sangrento.

Tiro uma toalhinha de dentro da bolsa, limpando minhas digitais da arma. E com a mesma limpo tudo que toquei desde que cheguei ali. Pego a arma colocando na mão do homem. Escondi todo os utensílios, desde a corda até o tecido para tapar a visão.

Pego seu celular no seu bolso e com um pano envolvendo o mesmo, deixo uma mensagem na caixa postal do telefone do motel. Que se encontrava do lado da cama. Tiro o chip e quebro o mesmo.
Saí dali com um sorriso no rosto.
As câmeras? Eram o de menos.
O importante agora é ver quem anda dando umas fugas no casamento.

;)

*NAMJOON*

Era de noite. Estava frio. Acho que seria uma boa ideia tomar um vinho e relaxar na banheira quando chegar. Trabalhar nessa delegacia é complicado. Faço trabalho de perito e policial. Mas eu realmente amo minha profissão.

"Namjoon!" - Viro minha cadeira para ver quem estava atrapalhando meu nada.

"O que houve Ravena?" - Reviro o olhos para o homem que me fitava apreensivo.

"Pare de me chamar assim, idiota" - Ravi bufa e me olha irritado.

"Um assassinato em um motel na cidade" - Ele mexia rapidamente nos papéis em minha mesa.

"Pegue sua arma e se apronte. Vamos analisar o local." - Meu melhor amigo e companheiro de trabalho saiu rapidamente da minha sala.

Me levanto pegando tudo que era necessário e deixo a delegacia. Entro no carro discreto que havia lá fora, coloco o cinto e meu parceiro dá partida.

;)

"Chegamos!" - Ravi logo sai do carro e logo o acompanho.

O motel me surpreendeu pelo tamanho e pela classe. Muito chique pra um motel. Assim que entro no mesmo fico reparando os detalhes e percebo ser ainda maior quando se está na parte de dentro.

Vou até a recepção e mostro meu distintivo policial. A recepcionista logo estranha mas abre um sorriso.

"Viemos averiguar um assassinato cometido hoje de madrugada." - Passo pela mesma e algo que a recepcionista fala que me deixa curioso.

"Como assim assassinato?" - Me viro para fitar seu rosto e a mesma parecia me fitar com um olhar curioso e que não sabia de nada.

"Vocês não sabiam desse caso?" - Foi a vez de Ravi se pronunciar.

"Não mesmo. Está tudo normal aqui senhores" - Ela voltou a fazer algo no computador nos deixando ali.

"Então quem ligou para a polícia pela manhã?" - O moreno falou baixo, se perguntando para si mesmo, mas eu acabei ouvindo por estar próximo.

Entramos no elevador, e aperto o botão para ir onde havia acontecido homicídio.

Isso é estranho. Muito estranho. Os funcionários do próprio motel não sabiam o que estava ocorrendo. E quem era essa pessoa que ligou para a delegacia? Não teria como alguém entrar do nada, ir direto para o apartamento da vítima, o achar lá, ligar para a polícia e sair como se nada tivesse acontecido.

E se... Fosse o próprio assassino que ligou?

Não aquilo... aquilo seria possível?

Deixo meus pensamentos de lado quando ouço o elevador parar, sai dali rapidamente e logo abrindo a porta. A mesma se encontrava trancada.
Me afastei e tomei impulso. Em um único chute derrubo a porta. Entro e olho em volta. Vejo um corpo caído no chão, o mesmo estava já entrando em estado de decomposição, um odor desagradável estava começando a ser emanado do mesmo.

Me aproximo e vejo uma arma em volta de sua mão. Seu dedo indicador direito estava arrancado. O que me deixou mais intrigado foi ouvir Ravi falando.

"Deixaram uma mensagem de voz no telefone do motel. Acho que era pra ele" - O moreno apertou um botão e a mensagem de voz invadiu meus ouvidos.

Era uma voz feminina. Abafada. Creio que estava chorando, e gaguejava frequentemente. Ela dizia coisa como "Por favor não faça isso" e "Se matar não é a opção certa"

Então não foi um homicídio. Foi suicídio. Mas por que aquele homem queria se matar? Ele era conhecido. Dono de uma empresa grande e milionária. Embora seu rosto esteja machucado, era ainda sim reconhecível.

Enquanto Ravi escrevia em uma prancheta um relatório do ocorrido. Eu tirava algumas fotos do local e do corpo.

Seu dedo arrancado me deixava extremamente desconfortável com a situação. Tinha algo errado ali. Por que ele arrancaria o próprio dedo? Sua cabeça estava machucada e parecia ter cacos de vidro em volta dela.

"As câmeras. Vamos pegar imagens da câmera do motel" - Me levanto e vou até a porta sendo seguido pelo companheiro de trabalho.

"Bom... Nosso horário de trabalho já terminou. E minha filha está doente, tenho que ver como ela está no hospital. Me desculpe não te acompanhar." - Ele fala cabisbaixo.

Eu o entendo completamente. Sua filha estava esperando por uma cirurgia. Embora seja fruto de um relacionamento anterior. O moreno tinha muito amor a sua filha e eu sabia bem disso.

"Espero que ela se recupere" - Sorri o abraçando.

"Eu também" - Ele retribui o abraço e me toca no ombro.
"Boa sorte Joonie" - E logo sai do motel.

Fico ali pensando se deixo pra amanhã a revista nas câmeras ou verifico tudo hoje, embora minha cabeça esteja quase explodindo.

Resolvo deixar para o dia seguinte. Trabalho excessivo pode acabar comigo.
Vou andando até a saída do motel. Pego meu celular e ligo para a delegacia e peço para algum perito vir levar o corpo e deixar que as câmeras cuido eu. E que Ravi já iria levar as informações coletadas.

Ando até fora e percebi que vim com meu amigo. Ou seja, estava a pé. Resolvo andar pela rua fria. Avisto de longe um boliche. Hmm, até que não seria uma má ideia jogar um pouco. Talvez isso iria me distrair.

Vou a passo largos entrando no local iluminados com diversas placas de neon coloridas. Ando até perto de um bar que tinha ali. Beber vem primeiro. Sem bebida você não fica distraído completamente.

Olho para o lado e vejo uma cena um tanto quanto engraçada. Uma moça loira, muito bonita por sinal, jogar a bola erroneamente e a mesma ir parar em outra pista. A mesma fica parada na mesma posição que jogou a bola com cara de tédio e bufa cruzando os braços.
Me permitir rir naquele momento. E parece que ela não gostou muito, pois me olhava irritada e revirou os olhos se sentando em um banco.

Eu me aproximei lentamente. Não queria deixar ela irritada comigo, mesmo sem a conhecer.
Sentei ao seu lado e ela me olhou nos olhos profundamente, como se estivesse analisando a minha alma. Mas logo desvia o olhar e revira os olhos novamente.

"Você joga muito bem" - Falei irônico e gargalho alto.

Ela bufa e me dá um tapa fraco no braço. Mas logo ri também.

"Não achei graça, bobão" - Ela mantinha o sorriso de lado.

"Qual seu nome?" - Fitei o espaço a frente logo a olho.

"Sana" - Ela diz simples e logo olho em sua mão. Uma aliança.

Casada? Mas parecia tão jovem. Estranho e logo deixo esse pensamento de lado.

"Namjoon. Prazer" - Estendo a minha mão e ela fita a mesma, logo me olhando estranho, mas logo apertando e sorrindo docemente.

Ouço um celular apitar, como se tivesse recebido uma mensagem. A mulher pega o celular, digita alguma coisa e me olha.

"Prazer. Enfim, tenho que ir. Preciso resolver uns assuntos." - Ela sorri e se levanta.

Vejo a mulher acenar para mim e deixar o boliche. Ah... Ela era tão linda. Pena que era casada.

Russian Roulette | Lee Chaerin + Kim NamjoonOnde histórias criam vida. Descubra agora