Cap.2 - Abrindo as portas do mal

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Sara chega ao local do endereço que era um prédio sem pintura, parecia ser de invasão, coisas que acontece muito em prédios abandonados ela entra no prédio e se depara com o elevador estragado -Mas que ótimo...- ela dá um suspiro e olha para o papel que dizia 5° andar -Bom pelo menos não é tão alto.- ela guarda o papel no bolso e procura a escadaria. Sem se esforçar muito ela encontra uma placa que indicava o caminho.

No meio do corredor ela sentiu algo meio estranho como um calafrio e o pouco de luz que ainda restava se apagou tendo apenas a luz do Sol que ainda brilhava na entrada do corredor -Nossa! Adiante está muito escuro, quase n dá pra ver nada.- ela olha para trás e vê os apagadores no inicio do corredor e resolve voltar para acender as luzes e um barulho de algo batendo soa da parte escura do corredor, ela vira sem nem pensar 2 vezes para tentar ver o que era mas o local estava muito escuro -Olá! Tem alguém a e?- mas nada responde e ela então se vira em direção da entrada e vê uma moça de pé ao lado dos interruptores e imediatamente ela se assusta com aquilo mas mesmo assim tenta dialogar com a moça -Moça?- a mesma reage de uma forma estranha se contorcendo toda ao que mais parecia um capítulo do "O exorcista". Sara se levanta depressa indo em direção das escadas que estavam depois da parte escura do corredor desesperadamente e a moça dá um grito rasgado muito alto e começa a correr atrás de Sara como se fosse um animal atrás da sua presa mas ela consegue chegar ao final do corredor e abrir uma porta que dá na escadaria e fecha se escorando na porta para aquele monstro não atravessar mas no momento que ela fecha a porta os gritos pararam e tudo voltou a ficar um silêncio total. Desesperadamente, Sara se afasta da porta com os olhos fixados na maçaneta e percebe que seja lá o que for havia parado ou estava a esperando espreitada em um daqueles cantos sombrios, mantendo a porta fechada ela começa a subir as escadas mas seu olhos não conseguiam se desligar da porta com receio daquela coisa atravessar e vir atrás dela novamente.
Suas mãos não param de tremer, suas pernas tão moles que pareciam ser feitas de água subiam aquelas escadas puramente com força de vontade porque a coragem já tinha se acabado a tempos, ela não poderia voltar, não era medo de encarar aquela coisa novamente e sim não conseguir deixar Math para trás. Lá estava ela no 5° andar, abriu a porta que levava ao corredor com extremo cuidado mas ela não conseguiu evitar o rangido da porta que ressoou pelo corredor inteiro e ela pensou naquele momento que se tivesse entrado batendo palmas tinha feito menos barulho.

Ela pega o papel para dar mais uma olhada e confirmar o apartamento, suas mãos geladas e ainda tremendo mal conseguiam segurar aquele papel amassado e já meio borrado devido ao suor. -108 ok.- ela embola o papel e o guarda de volta no bolso da calça e segue em frente já q ela estava na frente do 101, ela olha pelo vidro do prédio o pôr do Sol e percebe que não tem muito tempo até aquele lugar ficar coberto pela escuridão total já que apenas algumas luzes funcionavam. 105 agora, tinham passados apenas quatro apartamentos mas parecia que ela tinha andado uma avenida inteira já até duvidava que aquele corredor teria um final. 108, ela suspira e dá uma olhada na porta e percebe que está aberta apenas encostada se aproximando da porta ela escuta um barulho como se alguém estivesse riscando algo na parede, ela abre a porta com cuidado mas desta vez sem rangidos e percebe a sala com pouquíssimos móveis que se resumem a uma tv dos anos 80 que estava ligada ainda fazendo um chiado bem chato e iluminando o local que estava muito escuro, as janelas tinham sido pintadas de preto por dentro o que impedia a luz o Sol já bem pouca mas ainda iluminando a parte de fora do prédio; um sofá que mais servia para moradia de ratos e uma cômoda de madeira velha que faltava a maioria das gavetas mas não demoraria muito para o restante delas caírem pelo seu estado de conservação.

O barulho de riscos vinha do quarto onde era a parte mas escura do apartamento, Sara até tenta ligar a luz da Sala mas é inútil e ela por impulso total vai em direção do barulho, o quarto sem porta mas a luz da tv não iluminava meio palmo para dentro do quando o que formava uma parede densa de escuridão ela pisa um pé para dentro do quanto e aquele barulho de riscos tão baixo mas na mente de Sara já estava ensurdecedor, seu coração parecia bater tão forte que a qualquer hora iria rasgar todo seu peito e ela entra no quarto, estava tão escuro que se houvesse algo na frente dela ela não saberia, o piso estava molhado, o fedor de podridão era crescente ela já havia sentido este fedor antes nas escadas mas estava tremendo demais para perceber, com uma mão na parede se guiando ela também sente as paredes estavam encharcadas e finalmente ela encontra um interruptor e o liga e se depara com uma garota enforcada no meio do quarto, o quarto todo ensanguentado e uma coisa vestindo um manto preto riscando na parede:

Bruna, 21 anos

Discipulus

NINGUÉM ESCAPA DA MORT...

Antes da coisa terminar Sara havia acendido a luz, uma luz fraca, mal dava pra ver tudo que havia no quarto e a coisa vira a cabeça em direção a ela mas sem conseguir ver o rosto daquilo mesmo com seu olhos esbugalhados ela fica com uma vontade de gritar tão imensa mas seu corpo estava imóvel não conseguia correr, gritar ou chorar só olhava para aquela coisa sombria. O sangue formava uma poça debaixo dos seus pés e escorria pela sua mão que ela não conseguia tirar da parede, a luz começa a falhar e em uma dessas falhas aquele monstro some, e quando Sara menos espera ele reaparece na sua frente, Sara dá um grito rasgado que mais parecia sua alma gritando, sem perceber ela acorda na sua própria cama desesperada e gritando, as lágrimas começam a rolar sem controle -O que que está acontecendo!? O que está acontecendo comigo?- e ela continua chorando e abraçando no seu travesseiro deitada na sua cama. Após muito choro ela acaba pegando no sono.

Depois de acordar ela fica se perguntando se aquilo tinha sido um pesadelo, e em movimentos rápidos procura no bolso da sua calça o endereço do prédio mas não encontra e pega seu celular e procura entre seus contatos o número da "moça" do apartamento mas não tinha nada, nem as mensagens que ela achava q havia enviado fazendo assim a pensar que tudo tinha sido um pesadelo e dá um suspiro bem profundo, ela então vai até o contato de Math de uma forma esperançosa com a certeza de que ele estivesse em casa e bem, mas quando finalmente ela cria coragem para clicar no botão de chamar ela recebe uma ligação de Leo -Alô!- ela diz em um tom baixo mas firme.

-Pode vir aqui em casa? Precisamos conversar sobre o endereço de ontem...- Leo-

Ela percebe que nada daquilo foi um sonho e seu mundinho esperançoso desaba e ao mesmo tempo levanta perguntas, quem apagou as mensagens? Como Sara chegou em casa sozinha já que o prédio que ela foi ficava a mais de 30 km de onde ela está agora. Ela estava disposta a jogar tudo pela janela e seguir sua vida quando Math vem em sua mente e sua pura força de vontade a faz continuar. -Já estou indo!-

O Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora