Cap. 4 - Um dia a menos

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Sara desse do táxi juntamente de Leo e repara na casa do endereço uma casa velha que n parecia ser pintada a anos, não havia muro e sim uma cerca de madeira de aproximadamente meio metro, umas plantas mortas atrás da cerca, pela terra seca elas morreram de sede e uma casinha de cachorro vazia no fundo da casa -Sempre achei que ela morasse no prédio que eu fui ...- Sara diz reparando na casa.

-Eu já não estou entendendo mais nada!- diz tapando seu rosto do sol com a mão aquele raio de sol alaranjado, servia de informação que o dia estava acabando e precisavam se apressar.

Ele se aproximou cuidadosamente da casa que aparentemente não havia ninguém e começou a bater palmas -Alôô...tem alguém ae?- ele se aproxima da janela e olha pelo vidro, não vê ninguém.

-Parece que não tem ninguém mesmo mas ...- Sara encosta na porta e ela se abre. -Está aberta.- ela então entra dentro da casa e vê ela praticamente toda mobiliada em um tom britânico, a maioria velho caindo aos pedaços.

-A família dela veio da Inglaterra, por isso esse “ar” estrangeiro, o que me intriga é o porque de tudo estar tão velho e desgastado já que não faz tanto tempo.- Ele diz apreciando a beleza de um belo candelabro ainda com velas.

Leo tinha lido um documento sobre Bruna e descobriu que seus pais haviam se mudado antes dela nascer porém vieram a falecer quando ela tinha 6 anos.
Ele da mais uma olhada pela casa e vê Sara se deliciando ao ver uma réplica perfeita do quadro da Mona Lisa – É realmente muito linda.- ele se aproxima dela.

-Ah é, realmente uma obra de arte.- ela diz olhando para o quadro e quando se vira Leo já está tão perto que ela conseguia ouvir sua respiração perfeitamente e ela olha para seus lábios quase que um convite a tentação.

-Eu não estava falando da pintura... Ele estava totalmente disposto a beijá-la mas ela o pressiona para trás.

-Me desculpa Leo mas nós já tentamos isso e você sabe que não deu certo.- Ela agora diz olhando nos olhos dele e se desvia para outro lugar da casa.

Ele revira os olhos e olha para o lado, coincidentemente ele olha diretamente para uma porta, a única porta impecável da casa, enquanto as outras estavam velhas, desgastadas quase sem pintura, esta posta de madeira estava nova, nem poeira tinha, parecia ter sido pintada no dia anterior. Ele se aproxima da porta tenta abri-la mas não consegue -Que ótimo, trancada. Ele olha pela fechadura da porta e vê oque parece ser um quarto feminino, e os livros que procurava no chão do quarto, ele então levanta o tapete da porta atrás da chave mas não encontra -seria fácil demais.-  Ele passa a mão pela moldura superior, mas também não estava lá. – Clichê.- tinha um criado mudo com um jarro de flores mortas ao lado da porta, ele começa a vasculhar as gavetas mas não encontra nenhuma chave. – Mas que merda!!- já estressado ele olha para o vaso de flores e o encara. -Será?- ele vira o vaso de cabeça para baixo e a chave cai. -Ah safada...- ele pega a chave e destranca a porta. Ao entrar ele vê os livros jogados no chão e os pega para ler.

Sara andando pela casa encontra um quarto e se aproxima lentamente, quando ela passa pela porta ela vê uma senhora de pé virada para a janela. -A... Desculpe senhora não sabíamos que tinham moradores na casa a porta estava aberta e entramos.- ela entra mais para dentro do quarto. -Quem é a senhora?-

- Era tudo tão novo, tão jovem, os pássaros cantavam, as flores eram bonitas ...aqui tudo era vivo...a casa era linda cheia de luz e limpa, todo dia era dia de comemorar. Até que ela chegou com aqueles livros...- a velha diz em um tom baixo mas fácil de entender.

-A senhora é mãe dela ...mãe da Bruna ...eu preciso saber sobre o meu namorado, Math... A senhora já deve ter o visto por aqui!- Sara

-...Depois que aqueles livros chegaram as plantas começaram a morrer, a casa perdeu seu brilho e a podridão começou a tomar conta de tudo, sons de morte acompanham aqueles livros e quem os procura tem a experiência de viver o outro lado da vida.- A vela diz em um tom mais alto.

-O outro lado? O que a senhora sabe sobre o outro lado? Por favor me diz!- Sara começa a aumentar seu tom.

-Só medo e sangue não há nada para vocês do outro lado fiquem longe! Fiquem longe! Aqueles livros não podem sair desta casa ou trará ainda mais mortes. A Morte não procura aquele que não pesquisa! Fique longe!- A velha diz rapidamente em um tom crescente.

-Leo!- Ela se vira em direção a porta mas se lembra de uma coisa. -Espera, a mãe dela tinha morrido em um acidente a muito tempo atrás. Ela vira de volta para falar com a velhinha mas ela tira sumido sem deixar nenhum rastro. Ela então saiu correndo gritando no nome de Leo.

Os gritos dela ecoam pela casa inteira. – Sara?- a porta então se fecha em uma batida, a chave que estava na fechadura voou para o meio da sala, ele solta os livros e vai em direção da porta tentando abrí-la mas era inútil, ao bater ela foi trancada também. -Sara! Você está ai?-

Ela chega correndo e tenta abrir a porta mas não consegue. – Estou aqui!- e tenta arrombar a porta com ombreadas mas a única coisa que ela consegue é uma bela dor no braço.

-Procura pela chave! Deve ter caído em algum lugar!- ele grita do outro lado da porta e em movimentos rápidos ele tenta achar algo que possa quebrar a porta e então ele sente uma presença e para de se mexer imediatamente, e consegue ouvir uma respiração pesada e sombria atrás de sí mesmo  e ele vira em um só movimento mas não havia nada e a parede do quarto começa a ser riscada.

Sara procura desesperadamente pela chave q a avista no meio da sala debaixo da mesa e corre para pegá-la quando ela vira em direção a porta se depara com Bruna enforcada na única passagem até a porta, ela sabia que era apenas sua imaginação mas seu corpo não conseguia responder a seus estímulos de querer chegar até o outro lado só conseguia pensar naquela cena horripilante e no sangue descendo do corpo e encharcando o chão de madeira. A escuridão desvanece o local e quanto ela pensou que tudo estava perdido seu corpo se mexe sozinho se levantando e correndo em direção a porta, mas quando ela abre a porta já era tarde demais... Leo estava morto, seu corpo despedaçado pelo quarto parecia ter sido uma cena de pura tortura, suas pernas não a mantém de pé e ela cai, seus olhos não aguentavam olhar para aquela cena e ao mesmo tempo n conseguiam deixar de olhar para os olhos ainda abertos de Leo e pensar na dor que ele passou.
Ela mesmo sem se mexer vê em câmera lenta os paramédicos chegarem e a examinar tirando-a do local, enquanto é movida do local ela percebe uma frase riscada na parede.
NINGUÉM ESCAPA...

O Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora