Capítulo 1

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Manuella

- Atrasada Carter! - Falou Adam, o "Chefe"

- Estou aqui agora, solta o verbo- Falei já sem paciência

- O Chay descobriu um contrabando envolvendo o mercado Negro, o aviãozinho deles estuda no Colégio Woodstock, precisamos encontrar ele e depois de descobrir quem comanda mata-ló, a missão é sua, e não cometa imprudência - Disse e me deu todas as informações necessárias

- Já estou matriculada pelo menos? - Perguntei pegando minha mochila

- Sim, começa amanhã, você entra as 7:00 - Disse eu assenti

Sai do CT e fui direto pra academia onde costumo lutar, estacionei o carro em qualquer lugar e entrei correndo

- GAEL CHEGUEI- gritei pela academia atrapalhando o treinamento dos outros.

Gael era como um pai pra mim, aos 15 eu consegui uma emancipação e então foi quando tudo começou, sem pai, sem mãe, sem família, apenas eu e os meus problemas do dia-dia

- Demorou- retrucou

- É, sabe como é ne - sorri- missão nova no pedaço- brinquei e ele revirou os olhos

- Já falei pra sair disso, pode acabar morta.

- E eu também já falei que ninguém consegue me matar- pisquei

Ele apenas bufou e foi ajudar os meninos com o treinamento, fui até o meu armário e peguei as roupas para treinar, odeio usar essas luvas de box, quando vamos socar alguém a luva não tá lá pra ajudar mesmo.

Entrei no vestiário e troquei de roupa, parei em frente ao espelho e fiz um rabo de cavalo, peguei a roupa que eu estava e guardei no armário novamente, caminhei ate o saco de Pancada livre e fiz uma sequências de socos.

- FORÇA MANUELA- gritou Gael do outro lado

Ignorei e continuei a bater

Soco, Soco, chute, Soco, chute, soco

Repetia as sequências o mais rápido que podia, no último soco sem querer fiz o saco de Pancada cair.

- Ops - Dei risada e Gael deu um tapa na minha cabeça.

- Pro ringue - Apontou

Fui tropeçando e me enroscando mas consegui, um lutador que eu já tinha visto algumas vezes entrou no ringue e veio pra cima, desviei e dei um chute na sua costela e recebi um soco no estômago

Miserável

Dei uma rasteira e uma chave de braço e ele bateu no chão e eu saí de cima.

Umas duas horas depois de treinamento tomei um banho no vestiário e me despedi do Gael

- Qual é - Falei pra mim mesma quando o carro não quis pegar

Fui em direção ao capô e levantei mas me arrependi quando quase morri asfixiada com tanta fumaça, abanei com as mãos e notei que era uma peça fora do lugar, com um esforço consegui arrumar e ele funcionou novamente, suspirei aliviada e fui em direção a minha casa

- Apollo - chamei meu pitbull mas o mesmo não veio

Subi as escadas e vi ele comendo o forro da cama

- CACHORRO EU VOU TE MATAR - gritei e sai correndo atrás dele enquanto ele corria por cada cômodo da casa.

Ele se escondeu no meio das cadeiras e eu fui trocar aquela bagaça.

Olhei no relógio e já eram 21:55, desci comer a lasanha da noite passada.

Amo lasanha

Morar sozinha com um cachorro é uma droga, não tem com quem conversar, não tem amizade, minha intenção nunca foi entrar na máfia, mas quando vi já estava metida com eles e o pior, sendo o braço direito do chefe.

Coloquei o celular pra despertar e deitei esperando o sono chegar, não demorou meia hora e eu já estava capotada.

Amanhã será um longo dia.

(...)

Acordei com uma preguiça, como em todos os outros dias, levantei e fiz minha higienes, coloquei uma calça preta com rasgo no joelho, uma blusa qualquer e meu tênis.

Voltei para arrumar a cama e o Apollo tava esparramado como se a cama fosse dele, puxei ele pelo rabo e o mesmo resmungou e desceu pra sala.

Peguei minha mochila e coloquei o caderno estojo, e o material normal do dia-dia.

Fui no final do corredor onde tinha meu quarto de armas, destranquei e entrei, preciso de uma arma discreta, pequena, olhei em volta e peguei uma Glock e travei

Vai que ne

Tranquei a porta novamente e fui tomar café, abri a geladeira e droga! Preciso fazer compras, comi um pão e tomei café, peguei a mochila em cima do sofá e chamei Apollo

- Garotão cuida da casa pra mamãe- fiz carinho e o mesmo abanou o rabo e latiu como se fosse um "ok"

Ativei o alarme de segurança e fui tirar o carro da garagem, estacionei ele na calçada e atravessei a rua pra ligar as câmeras de seguranças na parede, voltei e rumo a escola

- Droga- Falei pra mim mesma quando o GPS travou.

Pelo que me lembro era meia hora da minha casa, fui pela intuição e parei na porta do Colégio, vou precisar de sorte, afinal, quem entra na escola depois de 3 meses que voltou as aulas?.

Parei com o carro no estacionamento e recebi alguns olhares, ignorei e sai do carro indo em direção a secretaria.

- Bom dia - tentei ser simpática - Você poderia informar qual é a minha sala?

- Manuella Carter? - Perguntou e eu assenti

- Esse papel tem o número da sua sala e os horários das aulas- peguei o papel e agradeci

Andei pelos corredores e cada porta tinha o seu número, olhei no papel e tava o número B17, fui olhando cada porta até achar a minha, a última no final do corredor.

Entrei na sala e tinha apenas umas garotas com cara de nojinho, sentei e esperei o sinal tocar pra começar a aula.

Alguns minutos depois o sinal tocou e todos foram entrando na sala, se eu ganhasse 2,50 cada vez que alguém olhava pra mim eu já tava rica, em Dubai.

- Boa tarde turma- Disse o professor entrando na sala.

Ele olhou pra mim e começou a dar a aula, ótimo, odeio esse lance de apresentações, no meio da aula jogaram um papel na minha mesa, abri e tava escrito "Gatinha, qual seu nome?" Revirei os olhos e fui em direção ao lixo me livrar daquele papel.

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Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora