A Descoberta

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Oi, pessoal!!!!!!! Eu tive essa ideia e resolvi compartilhar pra vocês também. Essa história também está disponível no Spirit Fanfics :-). Deixarei o link do meu perfil no final. Eu espero que vocês gostem e boa leitura ;-)

OBS: O PIETRO não MORREU.

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Eu estava indo pela terceira vez ao hospital hoje. Minha mãe tinha piorado muito de sua doença e os médicos disseram que hoje podia ser seu último dia.

Minha mãe Kate, estava no hospital internada fazia, exatamente, três meses. Motivo? Tínhamos descoberto a leucemia tarde demais.

***

Estava em frente a porta do quarto que minha mãe estava. Um pouco nervosa, já esperando pelo pior, abri a porta lentamente e entrei, me sentando em uma poltrona creme que tinha ao lado de sua cama.

Fiquei um tempo observando o quarto em silêncio, com todas as suas paredes brancas e com o cheiro de antisséptico que insistia de não sair mais de minhas narinas, desde que minha mãe começou a frequentar o hospital, mesmo que o quarto estivesse com algumas flores, o que apenas me confirmava que minha mãe estava morrendo. Tudo àquilo me incomodava, apesar de falarem que o branco transmitia paz e as flores serem suas preferidas, aumentava ainda mais minha tristeza.

Sem perceber, sinto lágrimas começarem a cair uma atrás da outra e minha calça ficar em uma tonalidade mais escura, porém tentava conter os soluços.

— Não chore, minha filha — ouvi a voz fraca de minha mãe, tentando dar um pequeno sorriso para esconder a dor que eu sabia que ela sentia. Minha mãe me encarava, buscando minha mão; segurei sua mão pálida firmemente, fazendo o possível para mostrar que eu era forte e aguentava qualquer coisa, mas ela me conhecia muito bem para saber tudo o que eu sentia.

— Como posso não chorar, mãe? Com a senhora desse jeito... — falei, com a voz abafada e embargada, e as lágrimas recomeçaram sem parar.

— Não chore. Uma hora isso iria acontecer — ela me deu um sorriso. Como podia, mesmo naquela situação, tentar confortar a mim? Eu que devia estar firme ao seu lado.

— Eu sei, mas não quer dizer que eu esteja pronta para te perder. Mãe... não... não quero te deixar... — suspirei, buscando fôlego. — Não sei se consigo viver em um mundo sem a senhora... — terminei de falar, com os soluços tomando conta de todo o meu ser.

— Você é forte. Mais forte do que pensa. — Sua voz era baixa e fraca, tento que fazer esforço para ouvi-la, mas transmitia toda sua calmaria que sempre falou comigo durante todos esses anos.

— Mas eu só tenho dezesseis anos — protestei.

— Não é sua idade que... — sua tosse seca preencheu todo o quarto e lhe ofereci o copo de água e observei ela beber lentamente o líquido com o canudo. — Não é sua idade, Angeline, que determina sua força. Desde quando eu lhe peguei nos braços e olhei em seus olhinhos curiosos pela primeira vez, sabia que naquele instante você já tinha uma força incontrolável... — ela deu uma pausa e percebi que sua respiração estava mais lenta.

— Mãe...

— Não me interrompa — ela advertiu, apontando o dedo, e eu me permiti sorrir; mesmo naquele estado, ela conseguia ser dura com suas palavras. — Mesmo que você... — engoliu em seco — ...Mesmo que você não acredite, saiba que sua força está aqui — ela repousou sua mão em meu coração e depois colocou sua mão em minha bochecha, eu recostei meu rosto, aproveitando o pouco calor que restava.

Locateado pelo PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora