03 de Dezembro, 2014
Catarine já havia se esquecido da Pont des Arts, mas seu namorado não. Depois de um mini tour por Paris, Ricardo passou em uma loja, comprou um cadeado enorme e mandou escrever seus nomes nele.
Eles trancaram juntos o cadeado em uma das grades da Pont e depois jogaram a chave no Rio Sena. Depois de ver a chave cair no Rio, Ricardo virou-se para a amada.
— Eu te amo, sabia? — Ele segurou as mãos da namorada, arrancando um sorriso da mesma.
— Sabia. Você não me deixa esquecer isso — A ruiva tentou imitar a frase do namorado quando ainda estavam no avião. — Eu também te amo.
— Vamos viver juntos pra sempre.
— Sempre.
Eles se abraçaram, esquecendo todo o resto. Rick segurou sua nuca assim que se afastaram, iniciando um beijo quente e apaixonado.
Catarine se sentiu em um filme de romance.
Ela estava amando em Paris.
🗼
20 de Dezembro, 2014
Os dias em Paris foram ótimos, não tem como negar, mas está de volta ao seu país natal também é algo maravilhoso.
Catarine respirou fundo o ar de casa antes de se virar para seu namorado. Ricardo está com um sorriso bobo nos lábios.
— Foram os melhores dias da minha vida — Comentou o loiro, desligando o carro enfrente a casa da ruiva.
— Foram — Cat sorriu.
Ricardo puxou a garota para sim, colando seus lábios no dela logo depois. Cat sorriu no meio do beijo, os separando do mesmo.
— A gente se ver amanhã? — A ruiva perguntou.
— Não se cansa de mim? — Ele tirou suas mãos da nunca da garota com um sorriso nos lábios.
— Nunca.
— Então tá.
Cate se esticou um pouco para dá um selinho no namorado antes sair do carro.
— Abre o porta-malas.
Ricardo desceu do carro, indo ajudar a namorada a tirar as malas do carro. Ele levou a mais nova até a porta de sua casa, se despedindo logo depois.
Ricardo voltou pro carro e Catarine apertou a campainha, vendo seu namorado partir.
🗼
20 de Dezembro, 2015
— Foi ontem à noite, Marta... — A senhora estava aos prantos no outro lado da linha, não dava para entender quase nada que ela dizia. Dona Marta olhou para sua filha, é doloroso vê-la nesse estado. — Eu falei para ele não ir... mas ele foi, Marta... Não valia a pena ele ir trás do pai desse jeito. Agora ele se foi pra sempre, Marta... — A mãe da ruiva não sabia o que dizer e nem o que fazer.
A filha levantou abruptamente do chão, indo em direção a porta.
— Em qual hospital ele está? — A ruiva perguntou enquanto lágrimas grossas caiam em suas bochechas.
— Filha, você não pode sair de casa a essa hora nesse estado...
— Em qual hospital ele está?! — A voz da menina falhou enquanto berrava.
— Ele não está mais no hospital, meu amor. A funerária o levou hoje á tarde.
Nada mais fazia sentido para Catarine.
Nada.
É como se uma parte dela fosse embora. Um vazio enorme estava o seu coração. A ficha não queria cair.
Ela escorregou suas costas pela porta olhando um ponto fixo atrás da mãe, que se agachou em sua frente.
— Falo com você depois, Vânia. Meus pêsames.
— Obrigada. Avise para Catarine que o enterro será amanhã às 10h...
— Ok.
Marta desligou o celular e o largou no chão. Ela abraçou sua filha de forma acolhedora. Ela nunca viu Catarine assim, se preocupava demais com esse comportamento.
— Dói muito, mãe...
A ruiva apertou a mãe, molhando a blusa da mesma com suas lágrimas.
— Eu sei meu amor. Mas vai passar — Beijou a testa da filha. — Vai passar...
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À Paris
Short StoryO Conto "Comece de novo. Por onde? Por dentro." - Flávio Wetten "E se as lágrimas forem apenas uma forma de regar o próximo Jardim?" - Flávio Wetten (Sinopse temporária) _________________________________ Todos os direitos reservados. ©2018 _________...