Positividade ¡! ksj

Capítulo Três

"Está tudo bem, se quiser desabafar eu vou estar aqui" -Seokjin disse em um tom acolhedor.

Será que ele realmente estaria? Ou era mais alguém querendo o que pertencia a Sook?

A menina não conseguiu mais controlar suas lágrimas, desabando ali mesmo, na frente do rapaz que mal conhecia. Mas foi surpreendida por um abraço acolhedor, aos poucos foi cedendo ao mesmo, fazendo assim mais e mais lágrimas caírem.

Um pouco mais calma, a garota olhou nos olhos do mais velho, reparando em cada detalhe de seu rosto, seus lábios entre abertos, a pele clara, e os seus belos olhos castanhos, diferente de Sook, os olhos do garoto eram mais puxados, já a menina, por ter descendência brasileira tinha seus olhos mais abertinhos, o que certamente deixaria as pessoas confusas sobre sua nacionalidade.

"O que você está fazendo aqui Kim Seokjin?" -disse Sook limpando as lágrimas de seu rosto.

"Bom, pode me chamar de Jin, estou com sua guarda, e de agora em diante sou eu quem cuidará de você"

"O que?" -O pai da menina já tinha falado de Jin, dizendo que em todos esses anos foi a única pessoa da família de sua mãe que manteve contato.
Sr. Kim realmente confiava no garoto, confiava tanto que deixou o seu bem mais preciso com ele: a pequena Sook.

"Isso mesmo que você ouviu, acho melhor você ir arrumar suas malas"

"Malas? Pra onde pensa que vai me levar?!"

"Você vai pra Coréia comigo, sou seu responsável agora, esqueceu?"

"Não, eu não vou"

Sook era uma menina de personalidade forte, quase nunca demonstrava seus sentimentos, sempre foi direta, era uma pessoa difícil de se lidar, só conseguindo o amor e a confiança da pequena pra saber o quão especial e frágil ela era.

"Você não é nada meu, por que eu deveria te escutar?"

"Errado, sou seu primo e estou com sua guarda"

"Primo?"

"Digamos que primo de terceiro grau, mas não deixo de ser seu primo"

Sook estava pasma, as coisas estavam acontecendo rápido demais, não pensava em voltar para Coreia tão cedo, na verdade, nunca passou em sua cabeça a possibilidade de retornar ao seu país natal.

"Eu não posso voltar pra lá" -Falou Sook.

"E por que não?"

"Não posso simplesmente deixar o Brasil, minha vida é aqui, está tudo aqui, não seria capaz de deixar a sra. Yun"

"Eu sei que pode ser difícil, mas será um novo começo, uma nova trajetória, que tal?"

Os dois estavam começando a se entender, o que era até algo difícil de se acreditar, afinal, Tae tinha um jeito brincalhão, uma verdadeira criança, já Sook podia ser considerada o oposto do garoto.

Depois de muito conversarem, Sook acabou concordando com o garoto.
Tinham combinado de irem pra Coréia do Sul, e sempre que ela quisesse voltar ao Brasil, Jin estaria disposto a acompanhá-la.

Ela não tinha muita opção, apenas aceitaria o que viesse, até que atingisse sua maioridade, e se tornasse alguém finalmente livre.