CHAOS - HATE OPERATION [EM HIATUS]

Prólogo

Ai, minha cabeça.

Tudo está tão escuro. Mal sinto meus dedos da mão. Algo está prendendo a circulação de sangue no meu braço, fazendo com que eles fiquem formigando. Isso não está me cheirando nada bem. Não lembro de quase nada do que aconteceu antes de apagar. Eu só vejo flashes. Explosões. Destroços. Gritos. Um gás. Esse gás com certeza foi o motivo do meu apagão. Mas por que?

O que houve? Fui sequestrada?

Bem, está muito na cara que fui. Não vejo nada. Meus olhos estão vendados por um pano de tecido áspero e grosso que irrita a minha pele. Um nó bem forte está atado para segurar esse pano fedorento. Droga.
O que faço agora? Meus amigos precisam de mim mais do que tudo. Eu sou a Chefia. Tenho que orientá-los, apesar de serem pessoas bem mais experientes que eu. Estou dentro dessa jaula por três anos. E nunca consegui escapar. Mas eles ainda não se conformaram com a morte dela. E eu sou a melhor ajuda para eles nesse momento.

Me remexo, tentando afrouxar o aperto no meu pulso. Mas eu apenas recebo uma pancada no abdome, que me faz arfar de dor.

— Fique quieta, senão vai ser pior! — Uma voz masculina ruge no interior da vã. Bem, eu suponho que seja uma vã, pois é grande, espaçosa e eu tenho certeza que este homem e o motorista não estão sozinhos.

Logo, a vã para. Um cheiro forte de podre e queimado invade minhas narinas, fazendo o meu estômago embrulhar na hora. Assim que a porta é corrida para lado, dois homens seguram os meus braços com força, me levando para um lugar provavelmente não muito bonito e amigável.

Eu estou numa enrascada muito pior do que as outras que estive envolvida nessa vida. E, dessa vez, eu tenho certeza de que não vou sair sã e salva. Mark não está aqui comigo para me proteger. Nem Amandah, nem minha mãe. Muito menos o Thomaz.

Thomaz... Onde será que ele está agora?

Tropeço em algo duro. Uma pedra grande, presumo. Deve ser um lugar velho e abandonado. Um esconderijo perfeito para bandidos, assassinos e milícia. E eu estou sendo conduzida justamente para a toca do lobo.

Que Deus me ajude.

Continua...