Razões para não se apaixonar por mim - ROMANCE LÉSBICO

Capítulo 35

Pra mim já estava mais do que na cara que era com a Dani que eu ficaria o resto da minha vida. Era (e é) com ela que eu queria estar, eu queria (e quero) ser pra Dani tudo que ela é pra mim, eu queria (quero) envelhecer com a Dani e até confundir nossas dentaduras (haha piadinha que eu sempre faço pra Dani). Resolvi que já que ela tinha me pedido em namoro, eu a pediria em casamento. Não queria fazer nada tradicionalmente (até porque não somos um casal "tradicional" pra a sociedade), não queria mostrar pra ela que nós estávamos no ápice do amor e da cumplicidade e por isso devíamos nos casar. O primeiro passo pra isso foi parecer mais distante dela, como se já não me importasse com o que ela fazia (me doeu muito fazer isso gente, eu percebia que ela estava sofrendo e ela é do tipo que sofre calada), o segundo foi parar de dizer aonde eu ia, com quem eu ia e quando voltava, nessa época eu já dava aula em um cursinho pré-vestibular e comecei a chegar tarde em casa( ela nunca reclamava e ficava me esperando acordada sempre, o olhar dela me questionava de todas as maneiras, mas a boca dela nunca se abria) o terceiro e mais torturante pra mim foi parar de amá-la, tinham dias que eu até desistia da loucura que eu estava fazendo porque precisava do corpo dela ( gente posso dizer que em uma dessas vezes em que eu desisti eu chorei durante nosso amor, sentia uma falta muito grande do corpo dela no meu). Eu esperava que ela me questionasse e ai sim eu a pediria em casamento, mas ela nunca dizia nada, então decidi ser mais radical, iria ligar pra ela de um número privado e diria que eu estava com outra, passaria o endereço pra ela e quando ela chegasse lá descontrolada eu a pediria em casamento, mas antes de por meu plano em prática coloquei uma camisinha dentro da minha bolsa, se ela achasse com certeza me questionaria, ela achou.

Dani:- Que porra é essa dentro da sua bolsa? Ta usando com quem? Eu expressei tranqüilidade.

Eu:- Deu pra mexer nas minhas coisas agora Daniela? É óbvio que eu não estou usando isso com ninguém.

Dani:- Duvido você só chega tarde, não me liga pra dizer onde está e está sempre se desviando dos meus carinhos.

Eu:- Engano seu amor. Ela tinha cortado o cabelo há uma semana, super curto e ficou lindo demais *-*, eu tinha percebido é claro, mas fingi nem ter reparado.

qDani:- Engano Jasminy? Já tem uma semana que eu cortei meu cabelo, esperando que você notasse e você nem olhou...

Eu:- Iiiii... É mesmo, ficou lindo

Dani- falei me levantando- adorei. Ela saiu andando atrás de mim.

Dani:- Por favor, Jasminy, me diz o que ta acontecendo, o que eu to fazendo de errado. Deu vontade de chorar, me virei pra ela e dei um selinho.

Eu:- Não ta acontecendo nada amor.

Dani:- Então me dá um beijo de verdade, pelo amor de Deus, sinto tanto sua falta. Cara ai eu não resisti, beijei-a até ficar sem ar, mas não podia desviar do meu objetivo, larguei a boca dela.

Eu:- Preciso ir amor, não posso me atrasar.

Dani:- Ir pra onde? Você nem dá aula hoje.

Eu:- Eu sei, mas tenho umas burocracias pra resolver lá.

Dani:- Posso te levar se você quiser.

Eu:- Não é necessário Daniela.

Dani:- Tudo bem então. Sai me sentindo um lixo por ter deixado a Dani triste, mas eu sabia que a alegria dela seria ainda maior quando a pedisse em casamento. Peguei as alianças dentro do meu porta-luvas e levei na joalheria para gravar nossos nomes. Fiquei a tarde toda fora e a noite fui pro apê do Luiz. A Dani me ligou e antes de atender ao telefone liguei o som no máximo pra ela achar que eu estava na balada.