PRÓLOGO

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PRÓLOGO

Sophia

Minha vida sempre foi relativamente fácil, a menina que sempre teve o irmão para ampara-la, a menina que sempre teve seus desejos realizados, ou ao menos era assim que eu queria que todos pensassem, eu sempre estive tão quebrada por dentro que me enlouquecia a possibilidade de alguém ver este meu lado, então eu virei mestre em fingir o que eu nunca fui.

Feliz.

Eu lutei ao máximo para fazer minha família unida e feliz, quando Dimitre decidiu nos levar para Brasov para morarmos lá eu sabia que algo estava errado, mas não contestei nada só pela alegria que minha mãe exalava ao saber que iria para longe de meu pai, o monstro e horrível Leo Viorelle.

E eu sabia que era difícil para Dimitre ir para longe, mas mesmo assim ele foi, por nós. Ele sempre se sacrificou por nós, por mim e isso me matava por dentro. Eu faria o possível para que Dimitre pudesse ser livre de todas as amarras que o predem, mas eu não podia desprende-lo da maior ruina dele, nosso pai. Eu me lembro vividamente dos gritos de Dimitre ao receber as punições de nosso pai por não cumprir com seu dever, aquilo me quebrava a cada dia.

Quando fomos para Romênia eu estava animada para recomeçar e de certa forma nós recomeçamos, mas minha alegria não durou muito já que descobri que meu irmão e minha mãe escondiam de mim a doença que a tirou de nós e eu nem ao menos tive a chance de me despedir dela, por que eu fui uma idiota como na maioria das vezes, eu fui uma tremenda idiota e isso me atormenta todas as noites.

No dia em que descobri a doença da minha mãe, eu senti todo meu mundo desmoronar. Câncer no pâncreas, era o que drenava toda a vida da mulher que eu mais amei em toda minha vida, a mulher que nos unia como família, que fazia de tudo por nós e aceitar que ela estava morrendo foi muito difícil, principalmente pelo fato de que no dia em que descobri sua doença ela veio a falecer.

E então eu senti todo o ar dos meus pulmões irem embora e meu peito de comprimiu de dor eu tinha perdido a mulher que fazia todo o mundo mais bonito e depois tudo ficou cinza. Dimitre se esforçava cada vez mais para colocar um sorriso em meu rosto e então por ele eu comecei a sorrir e não por mim. Eu não queria ver ele se matando cada vez mais por mim, eu queria que ele vivesse sua vida. E quando ele me disse que voltaríamos a Itália eu sabia que ele começaria a viver mais para si, mas aquilo não me deixou tão confortável, meu egoísmo falou mais alto e eu desejei poder voltar para Brasov para ser somente eu e meu irmão novamente.

Grande tola.

Estava na hora de eu me desprender de meu irmão, eu e ele precisávamos disso e eu decidi também por meu filho, eu não queria coloca-lo no meio daquela máfia, eu queria que ele fosse livre para poder fazer suas escolhas, poder errar e recomeçar e foi isso que me motivou para ir embora, eu mudaria por meu filho eu seria forte por ele.

Reencontrando-se no Amor I Livro 03 -  Série Obscuros (Amostra)Onde histórias criam vida. Descubra agora