CAPÍTULO 01
Sophia
11 MESES ANTES
Lá estava eu, mais um dia trancada nessa sede horrível dessa máfia idiota. O dia estava muito quente, minha cama parecia pegar fogo em baixo de mim. Eu fitava o ventilador implorando para que ele pudesse ser mais rápido em cada giro.
Bufo.
Decido então descer para pegar algo para beber, passo pela sala e vejo Zola jogado no sofá como na maioria dos dias, pelo menos hoje ele estava sóbrio, o cumprimento e sigo para cozinha, entro distraída indo em direção a geladeira e paro abruptamente ao ouvir uns gemidos vindo da dispensa.
Engula a água o mais rápido que posso e em passos lentos chego mais perto da porta da dispensa e os gemidos abafados se tornam mais agudos e escuto alguém rosnar. Mas que merda é essa? Abro a porta com tudo e dou de cara com o mais sem noção dos Motta e uma morena curvilínea nua prensada contra prateleiras da dispensa.
- Mas que porra... – Abro a boca em um "O" gigantesco ao me dar conta da cena que se passava a minha frente.
Ao me ver a morena sorri descaradamente e puxa seu vestido e o veste sem pressa alguma, enquanto Giacomo me olha como se eu fosse um inseto que ele estava a fim de esmagar ali mesmo.
- Acho que deu minha hora, gostoso. – A morena fala e pisca na minha direção, a fito incrédula e assim que vejo ela já saindo da cozinha volto a fitar Giacomo a minha frente que me olha com as sobrancelhas arqueadas.
- O que você pensa que esse lugar é? Um puteiro? – Olho para ele ainda chocada com toda cena.
- A princesinha decidiu descer da torre? – Ele pergunta com desdém que não compreendo.
- Você não pode sair fodendo suas putas por aí, há pessoas que vivem aqui. – Falo desgostosa.
- Não estou vendo ninguém incomodado aqui, a não ser você... – Ele revira os olhos e sai da dispensa, eu o sigo. – Empata foda... – Ele murmura e eu fico muito irritada com seu comentário.
- Você é sem noção, cara... – Grito e ele se vira para mim com os olhos cheios de raiva.
Giacomo caminha até mim e segura meus braços com força.
- Escuta aqui, você não manda em mim e nem neste lugar. Agora caí fora, se não vai ser você a terminar o serviço que Anya começou lá naquela dispensa. – Ele urra me constrangendo.
- Me solta, seu... seu porco! – Puxo meu braço irritada. – Vai a merda, Giacomo.
Subo de volta para meu quarto revoltada com aquele bastardo, quem ele pensa que é? Aqui não é nenhum puteiro e nem a casa dele para ele fazer o que bem entender. Ligo para Dimitre e o celular chama, chama, chama... e cai na caixa postal. Reviro os olhos, estava entediada.
As semanas passavam com tanta rapidez que eu me perdia no tempo, ficar trancafiada nesse lugar estava me deixando nervosa então decido que hoje farei algo diferente, pego minha bolsa e saio em direção a porta que representa minha liberdade passageira, até que antes mesmo de colocar um pé para fora daquele lugar sinto alguém agarrar meu braço.
Já me viro pensando em alguma desculpa para Dimitre me deixar sair, mas quando me viro me surpreendo ao ver a cara do bastardo loiro e irritando que me olhava intrigado e até mesmo com um toque de maldade.
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Reencontrando-se no Amor I Livro 03 - Série Obscuros (Amostra)
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