Capítulo 2

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Vinícius

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Vinícius

Estou parado olhando para o celular, não acredito que Íris desligou na minha cara. Não sei o que fiz para ela. Eu e Íris tivemos um "relacionamento" nada sério. Toda vez que eu ia para Morro, ficávamos. Só que estava ficando sério demais para o meu gosto, que resolvi acabar. Sou daquele tipo: pego mas não apego. Estou na flor da idade para ser amarrado igual aos meus amigos. Estou fora disso. Nada de relacionamento sério, quer dizer, por enquanto.

Quando vi Íris pela primeira vez, fiquei super amarrado nela. Uma negra com um corpo maravilhoso e os seus cabelos todo cacheados. Um tipo de mulher que leva um homem a loucura. Começamos a ficar, nossa tudo era maravilhoso com ela. Essa mulher na cama é de tirar o fôlego. Posso dizer que depois dela, as outras foram tudo arruinada para mim. Só que eu não sou o tipo de homem romântico e nem faço essa linha. Ela via Clarisse e Cris com os respectivos maridos e via uma tristeza nos seus olhos. Eu já imaginava o que se passava na sua cabeça. Foi aí que tive a iniciativa de terminar tudo.

Solto um suspiro longo. Sinto tanto a falta dela. Antes de qualquer coisa tenho Íris como uma amiga. Infelizmente tive que me afastar dela e do Morro, pois eu não ia conseguir me controlar perto dela. Íris tem um imã que me puxa literalmente para perto de si que não consigo me soltar. Sou tirado do meu devaneio com a chegada da Carol. Convidei ela para passar o final de semana comigo em uma pousada na intenção de tirar Íris da mente e do meu corpo, mas nada disso eu consegui, pois ela continua preguinada no meu corpo. Carol é uma ruiva linda tirar o fôlego, mas não chega aos pés da minha pequena.

— Vai ficar o dia todo nessa cama?

Olho para Carol e me arrependo de imediato por ter trazido ela. Eu não sei onde estava com a cabeça. Aliás, sei sim, estava com a cabeça na buceta dela na tentativa de esquecer a minha pequena.

Respiro profundamente para não perder a minha paciência, ainda bem que vamos embora hoje. Tudo que eu desejo é a minha casa e a minha cama.

— Não vou passar o dia todo na cama. Mesmo por que já estamos indo embora, então tenho que ir dirigindo.

Carol me olha espantada. Sei que não esperava por essa notícia, mas já deu. Acabou o meu domingo, mas eu nem importo, pois ele já estava acabado logo quando Íris desligou a ligação.

— Poxa, Vini! — Carol aproxima-se. — Ainda está cedo.

Afasto-me dela e começo a organizar as minhas coisas. Ainda de costa para ela respondo:

— Prefiro ir agora, pois amanhã cedo tenho uma reunião e preciso estar descansado. — Viro-me para ela. — Por gentileza, arrume as suas coisas.

Marchando pelo quarto, ela começa a organizar as suas coisas. Faço uma nota na minha cabeça. Nunca mais procuro outra buceta para esquecer a outra.
Término de arrumar tudo vou para o banheiro. Tomo banho, faço a minha higiene bucal e depois vou para o quarto trocar de roupa. Já todo arrumado vou para a porta da varanda que fica de frente a praia e fico esperando a Carol se arrumar. Os meus pensamentos voltam para a minha pequena. Quando estava com ela no telefone, percebi uma tristeza na sua voz. Senti falta daquela alegria na sua risada e nas nossas conversar. Essa mulher mexe comigo de um jeito que não sei explicar, mas eu não sou homem ideal para ela. Saio dos meus pensamentos com Carol passando as unhas nas minhas costas.

— Tem certeza que quer ir agora? — Ela pergunta.

— Certeza absoluta. — Continuo de costas para ela. — Já está pronta?

— Já sim.

— Então vamos.

Saio de perto dela e volto para o quarto. Pegos as nossas malas e vou direto para recepção fechar a conta. Fiz tudo isso sem trocar uma palavra com Carol. Depois de tudo resolvido na recepção, vou para o lado de fora esperar o manobrista trazer o meu carro.

— Essa sua volta repentina para Salvador, tem a ver com a ligação de hoje?

Ouço a pergunta da Carol e fico pensando. Tem tudo a ver com essa ligação, tudo.

— Pode ter certeza que sim. — Respondo. — Mas não quero falar sobre isso.

Ela balança a cabeça concordando e fica em silêncio. Não quero conversar, só quero pensar na minha morena.

O carro chega na hora certa. Guardo as nossas malas e entro no carro. Espero pela boa vontade da Carol para entrar. Assim que ela entra sou a partida no carro. Ligo o som e deixo rolar o pendrive aleatório, Carol entende o recado que eu não quero conversar. Vejo ela encostando a cabeça no estofado do banco e fecha os olhos. Sei que é uma puta de sacanagem o que estou fazendo com ela, mas aquela pequena resolver tomar conta de mim. Todos os meus pensamentos estão voltados nela. Preciso tirar essa mulher da cabeça, preciso tirar do meu corpo. No som do carro explode uma música de Ana Carolina Quem de nós que conta realmente a nossa situação nesse momento.

"Eu e você

Não é assim tão complicado

Não é difícil perceber

Quem de nós dois

Vai dizer que é impossível

O amor acontecer...."

Essa cantora narrou exatamente tudo o que eu estou passando, mas nesse exato momento eu não sou homem ideal para a minha pequena. O que eu vou fazer é sumir do mapa e deixar ela livre para viver a sua vida. Hoje o que eu quero é curtir a vida. Curtir sem compromisso nenhum. Quero ser livre e é isso que eu vou fazer. Deixo a música rolando e me concentro na estrada.

Não demora muito para chegarmos em Salvador. Vou diretamente para casa da Carol, hoje quero ficar sozinho. Preciso despedi— me da Íris até dos pensamentos, por que do corpo já fiz isso.

Estaciono o carro em frente ao prédio que Carol mora e acordo ela.

— Ruiva! — Balanço o seu braço devagar. — Chegamos.

Carol abre os seus olhos e olha ao redor para confirmar o que disse.

— Você não quer descer e aproveitar o restante do dia?

Olho para o ela que tem no olhar a esperança de uma resposta positiva.

— Dessa vez não, Carol. — Falo. — Tenho que estar descansado para amanhã.

Ele revira os olhos em desgosto, mas não irei mudar de ideia. Quero ficar em casa sozinho.

— Era uma mulher na ligação, não era? — Ela pergunta.

— Isso realmente não é da sua conta. — Respondo já ficando puto. — Já te falei que não quero cobranças. Não sou homem de relacionamento. Eu faço o que eu quero da minha vida. — Respiro fundo. — Agora, por gentileza, dá para você sair do meu carro?

Ela me olha incrédula. Sei que fui grosso, mas eu já tinha dito que era só sexo e sem cobrança. Não quero relacionamento, não quero amor e muito menos casamento. Quero ser livre. É por isso que estou deixando a minha pequena ser lado.

Vejo o exato momento em que a Carol desce do carro, aperto o botão que abre o porta mala para ela pegar a sua mala. Assim que ela fecha, arranco o meu carro e vou na direção do meu apartamento. Assim que abro porta, vou direto para geladeira e pego uma garrafa de vinho e senti no sofá. Hoje vai ser vinho, sofá e as lembranças da minha pequena. As melhores que eu já tive na vida. E as que sempre irei ter para o resto da minha vida. Agora a garrafa e começo a minha noite de solidão.

Bom diaaaa! Vamos começar a semana? Dois capítulos postado.

Um novo dia, um novo recomeço para o amor (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora