5.

15 3 0
                                    

Com os olhos remelentos Lorna acordou no quarto do apartamento de James, a mistura de álcool com drogas a derrubava todas as noites nos últimos meses. Com a mão no peitoral de James ela desejava apenas uma coisa, não sair nunca mais daquela cama.

Depois de passar tanto tempo ela já conhecia o apartamento assim como sua casa, então ser cega não era mais um problema e ela parou de esbarrar nos móveis do quarto e outros cômodos. James mora no décimo quinto andar de um aparamento em frente a uma avenida perto do shopping da cidade. Lorna gosta de ficar na sacada do prédio tomando um pouco de ar depois das noites de loucura. Então deslizou e conseguiu sair dos braços de James e caminhou lentamente até a sacada.

A cama fica de frente para a porta de entrada do quarto e a porta da sacada logo ao lado, uma enorme porta de vidro que vazia com que muita luz entrasse, santo blackout – a cortina que cobria tudo e vetava o sol de entrar no cômodo.

A avenida já estava movimentada e ela podia escutar o som dos carros e buzinas lá do alto. Mas quando fechava os e concentrava-se escutava apenas o som do vento batendo em seu corpo, aquilo funcionava como um outro pedaço de liberdade.

Ela não conseguia ver, mas sua aparência estava derrotada, ela precisava urgente de um banho. O pó branco ainda estava depositado em seu nariz e fazia com que Lorna espirrasse.

Ela voltou para dentro do quarto e caminhou pelo corredor até chegar na cozinha. A entrada do apartamento era por um pequeno hall que dava direto para a cozinha e em seguida a sala do apartamento, o corredor ficava logo em seguida.

Chegou perto da geladeira, abriu e começou a tocar nas garrafas até que encontrou a de água. O formato da garrafa deu a dica para ela saber qual pegar e então tomou no gargalo mesmo quase toda a garrafa. Fechou a porta da geladeira que de imediato parou de vir um gostoso ar gelado.

Sem perceber James já estava ao seu lado, parado com uma cara de sono e uma aparência ótima, apenas Lorna parecia derrotada com o tanto de droga e a mistura de álcool que toma.

- Baby, tenho algo para você se sentir melhor. – Estendeu a mão com um comprimido branco e deu para que ela tomasse com a água.

Com um pulo para o lado Lorna levou um susto com a voz de James ao seu lado. – Você está louco, que susto! – continuou e encontrou a mão do rapaz pegando o comprimido.

- O que é isso?

- Apenas tome, você vai se sentir melhor, tome, tome!

Lorna então jogou o comprimido na goela e fez o descer com mais um gole de água, acabando com a garrafa. A música ao fundo era 'Love On The Brain" e no embalo do forte ritmo inserido na música a garota saiu direto para a sala dançando em movimentos suaves.

Ela não sabia o que o comprimido era, mas aquilo fez ela retomar suas energias de uma maneira viciante, ela queria mais. Queria mais poder, se sentir invencível. Dublando a música Lorna parecia estar bêbada ao mesmo tempo que se sentia ótima.

O corpo de James encostou no de Lorna e o rapaz a jogou no sofá dando uma sequência de beijos no pescoço e na boca, passando os lábios por todo seu corpo até chegar na barriga. Uma sensação de arrepio tomou conta do seu corpo e em minutos ela estava conectada com James.

Que droga poderia fazer isso com ela,completamente louca e dopada de amor por aquele rapaz de voz rouca e sexy ecomeçou a cantar a música que estava tocando. "Desperado" era a faixa, já haviatrocado, Dear Desperado...enquantoY

Quando os olhos se abrem (Conto) #CPOWOnde histórias criam vida. Descubra agora