Capítulo 03- Haunt

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Anteriormente em Dark:

Meu pesadelo estava só começado....

Agora...

Clara/ 20:00 da noite

Acordo sentindo meu corpo inteiro doer,estava deitada e ouvia o barulho de carro andando,em meus olhos tinha um pedaço de pano amarrado a minha cabeça e meus braços estavam amarrados também atrás de meu corpo. Sentia um forte odor de coisa morta e podre,eu estava com certeza no porta malas do carro,eu sentia minha cabeça doer. Não sabia quanto tempo tinha ficado apagada mas sentia que já estávamos na estrada a muito tempo. De repente o carro para e eu deixo meu corpo mole fingindo estar desmaiada.

Sinto ele me pegar no colo e depois de um tempo ele me coloca em um chão duro e tira o pano de minha cabeça,não consigo controlar as lagrimas.

-então está acordada hm? *ele diz com sua voz firme e eu o olho*

-porque esta fazendo isso? Onde eu estou? *pergunto em meio aos soluços e ele se senta a minha frente*

-eu te observei durante muito tempo sabia,alguma coisa dentro de mim sempre quis se aproximar de você,e sobre onde estamos...bom estamos muito longe da sua casa,não seria tão burro de esconder você naquelas florestas,seria o primeiro lugar em que iriam te procurar. *ele se levanta e vai para trás de mim desamarrando meus braços* -tem só mais uma coisa,se tentar fugir,vou matar seus pais,seus amigos,todos que você ama,oque você viu na floresta não é nada comparado ao oque eu gosto de fazer *ele sobe as escadas do que parece um porão aonde eu estava*

Me sento e abraço meus joelhos colocando a cabeça entre eles deixando o choro sair livre,pedindo que isso fosse um pesadelo horrível e que eu acordasse e meu pai estaria la pra me abraçar e dizer que tudo ia ficar bem,mas não,ele corria perigo assim como todos que eu amo.

Ouvi o som de trovões do lado de fora,e logo após uma chuva ensurdecedora cair,me encolho no canto da parede e fico olhando todo o local onde eu me encontrava,nenhuma cama ou uma cadeira,apenas o chão sujo e as paredes imundas,me levanto e ando ate a pequena escada que havia ali,subo e vejo a porta,nenhuma maçaneta,com certeza havia somente do lado de fora,volto ao lugar onde estava e me sento no chão de novo pensando no quanto meus pais devem estar preocupados comigo.

Ouço o barulho de chaves vindas da porta do porão e me levanto já sabendo que era ele.

Ele desce as escadas e seu olhar é perverso e sombrio,ele tem consigo uma cadeira com uma espécie de cintos nos braços e nas pernas. Estremeço ao ver e ele coloca do meu lado,me puxando em seguida pelo braço para sentar na cadeira.

-não,por favor *digo já com lagrimas no rosto*

-CALA A BOCA *ele da um tapa em meu rosto e sinto uma forte dor,seu anel havia feito um corte em meu rosto,ele amarra minhas mãos e pés na cadeira* -vamos brincar um pouquinho...

Fico em silencio só sentindo as lagrimas rolarem.

-você vai me matar? *pergunto em um sussurro e ele da risada como se eu tivesse contado uma piada*

-Não agora *ele se levanta e tira uma faca de sua calça* vamos só nos divertir...sabe oque eu gosto? Ver meninas bonitas chorarem de dor,de medo,como suas doces vozes pedem por misericórdia mesmo sabendo que não temos um pingo de pena *ele dizia enquanto andava de um lado para outro* você esta linda assim,indefesa *ele sorri e não vejo alegria em seu rosto,mas sim solidão e escuridão*

Permaneço em silencio e ele coloca a faca apoiada em meu ombro,logo depois desce a mesma fazendo um corte em meu braço,solto um gemido de dor e não controlo as lagrimas,ele desce com a faca para minhas pernas e levanta minha saia fazendo outro corte em minha coxa.

-é disso que eu estou falando,essas lagrimas derramadas em seu belo rosto *ele olha pra mim e meu ódio cresce sobre ele* Perfeita

Ele enfia a pequena faca em minha coxa e eu solto um alto grito de dor logo sentindo minhas forças irem embora,minha vista embaça e não vejo mais nada.

Clara/ 23:00 da noite

Abro os olhos vendo tudo escuro,a única claridade que tinha era de uma janelinha pequena iluminando a luz natural da lua,olho aonde estavam os cortes e haviam curativos,ele é maluco? Me corta e depois faz os curativos como se nada tivesse acontecido. Normal já sei que ele não é. Vejo marcas roxas em meu corpo e me sinto dolorida,sento no chão e procuro manter a calma. Sabia que essa não seria a ultima vez.

No dia seguinte...

Não havia conseguido dormir a noite toda,fiquei esperando que algo acontecesse mas nada. Estava faminta,não havia comido desde as 16:00 do dia anterior. Me sentia fraca devido ao sangue perdido e a fome.

Ouço o barulho das chaves pedindo mentalmente que não aconteça de novo oque aconteceu ontem.

Ele desce e vejo em suas mãos uma bandeja com um copo de água e um pão com oque parecia manteiga. Ele coloca no chão e anda até a escada.

-come logo,tem muita coisa pra fazer aqui em cima *ele diz com seu tom frio e sai*

Assim que ele sai,devoro aquele pão como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. Termino em segundos e bebo a agua do grande copo,me levanto com dificuldade por causa de minha coxa que estava enfaixada,ando ate a escada e subo a mesma,bato na porta e ele abre em seguida,me puxando pelo braço,solto alguns gemidos de dor e ele me deixa em pé logo saindo. Olho em volta,era uma casa de campo,um pouco grande e muito chique,quem morava ali parecia ter muito dinheiro,imagino oque aconteceu com os donos para esse assassino estar morando aqui. A casa estava uma tremenda bagunça,ele volta e me entrega um comprimido.

-não vai consegui fazer nada com essa merda de perna desse jeito *ele fala e se vira de frente pra mim* -já que você esta toda ferrada ai,eu vou procurar outra diversão,eu quero essa casa toda arrumada quando eu voltar,e faça a comida também,pode entrar em tudo,mas não entre no meu quarto de porta preta,entendeu?

-sim

-ótimo *ele sai e tranca a porta principal que tinha varias fechaduras*

Suspiro aliviada por estar sozinha,e coloco o remédio na boca logo o engolindo,começo a fazer as coisas começando pela sala aonde tinha um grande sofá e uma estante cheia de coisas.

Depois de arrumar tudo entro em um banheiro aonde tinha um grande espelho,havia um corte no meu rosto e meu rimel estava espalhado por toda a minha face,eu estava parecendo uma assombração. Lavo meu rosto e volto para a cozinha,olho dentro da geladeira e pego varias coisas la,começo a fazer a comida. Termino tudo e como um pouco do que havia feito estava bom,graças ao meu pai eu sabia cozinhar muita coisa,sinto um aperto em meu peito ao lembrar dele.

Fiquei sentada no sofá por horas,as janelas todas tinham cadeados grossos e não tinha a menor possibilidade de eu sair daqui,ouço o barulho das fechaduras e me levanto rapidamente.

Ele entra com uma camisa branca encharcada de sangue,me assusto com aquilo mas resolvo não mostrar reação,ele me segura pelo braço me colocando contra seu corpo.

-fez tudo que eu mandei? *ele pergunta e eu balanço a cabeça* -já comeu? *balanço a cabeça novamente* -ótimo *ele aperta mais meu braço onde tinha um corte e eu sinto uma dor terrível,ele me leva para o porão e desce as escadas comigo logo me jogando cotra o chão*

-não pense que eu vou te deixar ficar aqui,você é só um bichinho e seu lugar é aqui *ele cospe as palavras e eu me sento no chão* esteja acordada amanha cedo pra suas tarefas,do contrário ira acordar do meu jeito *ele sorri e sai do porão,abraço minhas pernas e suspiro*

Dark (o lado ruim da vida)Onde histórias criam vida. Descubra agora