The Revenge of the Huntress.

PRÓLOGO

Aquela noite estava fria e Ágata escutava o som da chuva cair no teto fazendo grande barulho. Ágata não conseguia dormir, já fazia duas horas e estava com medo... Mas não sabia ao certo o por que.

Ouve um grande barulho, no andar de baixo. Era como se uma porta tivesse sido arrancada.

Ágata senta na cama e se põe a ouvir. O que podia ser? Escutou passos andando pela casa e junto aos passos, um rosnado.

Ágata pula da cama com a respiração pesada. Vai andando de vagar até a sua porta, se encolhe ali mesmo.

Ouve a voz de seus pais, primeiro quase não se ouvia mais depois a voz foi ficando audível:

-- Henry deixou bem claro... - uma voz desconhecida, rouca e ameaçadora rosna.

-- Não vou lhe dar o colar de jeito nenhum pode dizer isso a Henry! - Aline fala confiante.

-- Você não tem escolha Aline, suas vidas estão em risco... - um risinho se ouve.

Ágata franze o senho, do que estavam falando? Por que queriam um colar? Será que seus pais haviam roubado?

Não fariam isso! Ágata espia pela fresta da porta e segura o grito na garganta. Eram lobos! Lobos enormes com olhos vermelhos, estavam em pé como uma pessoa e tinham o pelo velho.

-- O colar não está mais com nós! - Artur mantinha a voz calma,  enquanto olhava para os lobos.

Por que eles estavam falando com lobos?  Seu coração acelera ainda mais.

-- Como não! - O Lobo grita. - Se ontem mesmo vimos sua esposa usando-o.

Ágata da um pulo assustada e sente as lágrimas começarem a cair. Ela estava totalmente perdida,  e ouvir um Lobo falando não ajudava em nada. 

-- Por favor não grite! - implora Aline.

Ágata espia pela fresta novamente e então seu olhar encontra o da mãe. Aline arregala os olhos.

-- Queremos o colar agora! - O Lobo puxa Artur e coloca uma faca em sua garganta.

-- Não fale nada,  Aline!  - a voz do pai continuava calma.

Aline solta um grito antes de se conter e começa a chorar.

-- Não temos o colar! Por favor, não faça isso! - Responde.

O Lobo então puxa a faça e larga o homem morto no chão entre sangue.

Ágata sente os soluços, sente vontade de sair correndo e abraçar o pai em prantos.

Mais recebe um olhar contido da mãe, Aline move lentamente a cabeça indicando que aquela idéia era absurda.

-- With Rabbit. - Aline fala, com indireta para Ágata. Os lobos ficam confusos. Eram mais burros que uma cabra!

Ágata não queria deixar a mãe ali, mais custando o que custar teria.

-- Vá até o final. - Aline fala alto, olhando para o chão onde seu marido estava.

O Lobo do seu lado, rosna.

-- Do que esta falando? - Mira agora uma espada no pescoço da mulher.

-- O colar está no Museu de Artes. Artur levou ontem a noite e vendeu, estávamos precisando de dinheiro. - Mente e desconversa. O Lobo fica um tempo olhando-a. Aline fecha os olhos e respira fundo tentando manter a calma.

-- Boa garota!

O Lobo corta o pescoço de Aline também, com um golpe só. O movimento foi tão rápido que Aline não teve tempo nem de pensar.

E mais uma vez Ágata vê, agora sua mãe. Fica trêmula com o coração aos prantos.

-- Fiscalizam a casa! - o Lobo maior manda os outros três.

Ágata corre para a parede. Quando Aline disse With Rabbit ela queria dizer (Coelho branco). Ágata tinha uma porta secreta com um caminho subterrâneo em seu quarto, a casa era muito antiga.

Ágata gostava de brincar naquela passagem, levava até um campo. Elas brincavam de Alice no país das maravilhas, e Ágata era o Coelho branco. Ágata entra no armário e no fundo do armário abre a porta de madeira.

Segue assim pela passagem embaixo da Terra. O caminho era grande e tudo ali era muito escuro,  Ágata estava aos tropeços.

Não sentia mais as lágrimas caírem,  más seu coração ainda doía. Sente em suas mãos algo sólido.  O caminho tinha acabado.

Ágata empurra a parede e com um rangido ela se abre pesando em seus braços. Sobe as escadas e quando ergue os olhos fica congelada em seu corpo.

Um homem a encarava, estava sério mais se prestasse atenção poderia jurar que um sorriso surgiria,  e seus olhos eram serenos e sábios. Mais a pergunta era quem era ele?

-- Quanto tempo, não é Ágata? - o homem sorri.  

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