~ 22~

85 11 22
                                    

Ovelha amargurada por seus próprios atos...

Respiro fundo,  a noite nos cercava. O ar gelado entra pelas minhas narinas congelando meu corpo por dentro.

Ao meu redor a neblina flutuava. A sena era de um perfeito filme de terror...

E naquele instante eu me lembro, de um bilhete,  em cima da bancada. Onde dizia que "Brenda só voltaria as 10 horas".

Eram oito horas da noite,  mesmo assim a escuridão era nítida.

— Dylan?  - pergunto,  percebendo a cor esverdeada dos olhos do predador.

— Eu estava te esperando,  já faz um tempo... - A voz tão misteriosa me instiga.

Me aproximo,  deixando a curiosidade vencer o medo da escuridão. Cada vez,  mais perto...  O rosto de Dylan agora,  podia ser visto.  A feição era calma.

— O que de tão importante você tem pra falar a está hora?  - Pergunto desconfiada.

Dylan estava sentado em um banco acolchoado na ária,  eu estava ainda no jardim a um passo de distância do primeiro e único degrau.

Ao meu lado havia um canteiro com flores,  uma faca e uma pá. (Que caso Dylan não se comportar-se, seriam bem usados!).

— Precisamos conversar. Mas parece que você estava bem ocupada, não é!  - Dylan tinha um certo sarcasmo na voz. Aquilo me deixou encomodada.

— Aonde você quer chegar? - cruzo os braços em fente ao corpo,  como um escudo.

— Não quero chegar a luar nenhum, Ágata. - Dylan suspira.

— Mas não é isso que está parecendo! 

— Por que está tão brava?  - Dylan dá uma risadinha.

— Por que eu não gosto que se metam na minha vida!  - Eu não sabia como aquilo havia começado,  mais não estava perto de acabar.

— Há desculpa,  eu não queria me meter na vida do casal!  - Dylan bufa.

— Eu e Nicolas não somos um casal!  - Xingo! - Mas ia agradecer se não se metesse com a gente!

— Espera aí!  Você está falando que ele pode se meter entre nós, mas eu não posso me meter entre vocês? - Olho para o seu corpo que se mecheu tão rapidamente até o encontro do meu.

— Exatamente!  - Fico meio ofegante tentando prestar atenção em qualquer coisa que não fosse o perfume dele.

— Não acho justo!  - Dylan respira fundo irritado.

— Nunca teve nós,  a princípio. - Aquilo foi como um soco para ele.

— Por que esta mentindo para sí mesma?
- Dylan segura o meu pulso e me puxa para dentro da área,  para perto do seu corpo.

— Eu não estou mentindo... - talves eu estivesse.

— Quando você vai parar de negar? - Dylan agora estava calmo,  e sério,  sua voz era como um rorono dengoso de um gato.

— Negar o que?  - também me acalmo,  aos poucos.

— Desde aquela conversa no bar...  Nós estamos ligados!  - Sua voz era quase um sussurro,  e meu rosto estava quase sedendo ao dele.

Mas então,  ao ouvir aquilo,  meu corpo era como se estivesse pegando fogo, me afastado do perigo.

— Não vou cair nessa de novo!  - minha voz era rígida e forte.

— Não vai cair no que?  - Dylan parecia mesmo confuso,  mas no fundo eu sabia que era pura falsidade.

— Você sempre faz isso,  e eu confesso que cansei!  - Cruzo por ele e tento ir em direção da porta.

Mas Dylan segura meu pulso,  e me vira.  Meu peito encosta no seu corpo e nossos olhos se encontram.

— Do que esta falando?  Fale olhando nos meus olhos. - Sua voz não era nada menos, que um sussurro suplicante.

— Eu cansei de ser seu fantoche!  Você me beija,  e dai me mágoa! E depois faz a mesma coisa novamente! - Sinto as lágrimas arderam nos meus olhos,  mas eu não iria chorar!

Já estava sendo humilhante o suficiente.

— Ágata,  eu....  -  Dylan segura meu rosto,  fica indeciso se termina ou não a frase.

— Eu não aguento mais isso!  - Praticamente grito,  e o empurro para dois passos longe de mim.

— Então o que você quer?  - Dylan tinha a voz calma,  mas eu podia ouvir dor nas palavras também.

Eu não sabia mais o que fazer,  então decido acabar logo de vez com aquilo!

— Eu quero que saia da minha vida!  - solto um grande soluço de choro e várias lágrimas descem pelo meu rosto.

— Eu não sei se posso fazer isso...  - Suas palavras assustadas invadem meus ouvidos,  seu rosto também expressava medo.

— Pelo menos tente!  - Me viro. - Nunca mais volte a falar comigo!  Eu suplico. - dou as costas e abro a porta,  fechando-a logo em seguida.

As lágrimas se intensificaram. Eu pensei que havia resolvido tudo,  e isso era para ser bom!  Então por que eu sentia tanta dor? 

Por que as palavras " Eu não sei se posso fazer isso, também" Se passavam repetitivamente pela minha cabeça?

Deito no sofá e me tapo com minha mantinha,  como se o calor dela fosse me reconfortar.

Só havia uma resposta. Talvez,  lá no fundo,  por mais que eu não pudesse aceitar,  a ovelha se apaixona pelo lobo...

•••

oie gente!

Me desculpem pela demora!  Estou muito ocupada ultimamente,  eu tenho vários capítulos mais não tenho tempo para corrigir!

E então pessoal,  estão tão triste quanto a Ágata esta? O que vocês acham que vai acontecer???

The Revenge of the Huntress.  Onde histórias criam vida. Descubra agora