Capítulo 13

32 28 2
                                    

Meu corpo inteiro está sendo esmagado, não estou conseguindo respirar direito e nem enchergar, deve ser por que tem uma criatura que deve ter uns 300 quilos ou mais, em cima de mim.
-Fique parada.-alguém diz.
Sinto que a pressão está diminuindo sobre meu corpo, já consigo respirar novamente, más ainda não consigo enchergar. Levo minha mão em direção ao que está me impedindo de abrir meus olhos, mas alguém me impede, afasta minha mão do meu rosto.
E esse toc eu conheço, são as mesmas mãos que me levantaram naquela noite no jardim. E essa voz, se bem me lembro é a de Layonel, embora só tenha falado com ele duas vezes. E em todas essas vezes ele foi um completo babaca, e se ele acha que pode me dar uma ordem e eu obedecer. Ele está muito enganado.
Ia levar minha mão novamente em direção aos meus olhos, quando sou interompida novamente. Só que dessa vez ele não soltou minha mão, e a minha outra mão eu não estou conseguindo movê-la.
-Fique calma. Só irei te ajudar a abrir seus olhos.
Dito isso, colocam sobre meus olhos algum tipo de tecido molhado. E para ajudar, estava muito gelado, o que, me causou um tipo de choque, recuei logo que o senti sobre meu rosto.
-É só água. Irá limpar em torno dos seus olhos para que você enchergue. Confie em mim! -diz.
Respiro fundo me preparando para sentir aquele choque novamente, sinalizo um sim com a cabeça e espero.
Dessa vez ele foi um pouco mais lento, fazendo com que eu mal sentisse o choque. Eu até que estava gostando de sentir o tecido molhado sobre minha face.
-Pronto. Já pode abrir seus olhos. -diz.
Abro meus olhos e me deparo com os olhos verdes de Layonel, por um breve momento, esqueço o que ocorreu a minutos atrás com a criatura.
Por falar nisso, vejo que eu consegui matar o monstro, ele está atirado no chão bem perto de onde eu estava Layonel estamos.
Ele me observa de cima a baixo, noto que ele está preocupado. Isso é desconcertante, ele fica muito lindo quando está preocupado. Mas isso ainda não me impedir de ter muita raiva dele, só não tem como dizer que ele é feio. Por que a verdade, goste eu ou não, ele é lindo.
-Aaaaii isso dói!-tento puxar meu braço, que Layonel está apertando.
Vejo sua fisionomia mudar de preocupado para bravo.
-Se você não tivesse fugido, nada disso estaria acontecendo. -diz como quem repreende uma criança.
-Se você não tivesse tentando mandar em mim, nada disso estaria acontecendo.-relato no mesmo tom.
Ele começa a rir bem baixinho, mesmo assim dá para ouvir.
-Qual é a graça? -já estou perdendo a paciência.
-Você é a graça!
-Hã?-pergunto, pois não faço idéia do que ele tanto acha engraçado.
-É que você fica tão fofa quando está irritada. -ele volta a rir.-Tipo agora.
Tento ficar calma, mas não dá, ele não para de rir da minha cara e isso me deixa muito estressada pois não gosto quando os outros riem de mim.
-Lindisey como você está? -pergunta o sr.Leonardo, aparecendo bem na hora certa.
-Ela deslocou o pulso do braço esquerdo, tem um corte dos dentes do cão em seu ombro direito e está com um corte na testa que foi causado pela queda. -responde Layonel.
-Olha só, em primeiro lugar, eu tenho uma boca para falar. E em segundo, até onde me lembro, seu pai perguntou para mim e não para você.
-Achei que você só tivesse boca para me chingar.
Se eu tivesse o super poder de lançar chamas pelos olhos, Layonel já estaria mais do que morto.
-Respondendo a sua pergunta sr.Leonardo, estou com mais raiva do que dor. -tentei não soar rude.
-Bom! Então vamos todos voltar para casa, e lá a gente conversa melhor.
-Não! Espera. E a minha ma.. tia?
-Ela não está mais aqui. Agora vamos sair logo daqui.

〰👑〰

Voltei o caminho todo em silêncio. A final, no mesmo carro estava o Scott dirigindo, ao seu lado estava um dos soldados que lutou contra aquelas coisas e no banco de trás estava Layonel, o sr.Leonardo e eu. Exatamente nessa ordem "para ninguém se matar", o que eu agradeço,  não iria querer ficar ao lado de Layonel, já não aguentava nem saber que ele estava no mesmo carro que eu, sem querer bater nele.
Quando chegamos na mansão, eu fui instruída a subir e tomar um bom banho, até porque eu estava coberta com o sangue da criatura que matei.
-Há!Lindisey. O que aconteceu. -Celeste aparece, junto com o resto que havia ficado em casa.
-Deixe ela se limpar primeiro. Na verdade todos devem tomar um banho para que depois a gente converse. -Fala a srta.Adeline.
Como ainda estava intediada da viajem de volta. Nem respondo nada, apenas subo para tomar um banho.
Não é nem um pouco fácil de lavar os cabelos só com uma mão. Mas quando eu só deixei a água escorrer sobre minha cabeça, consegui relaxar, e não queria mais sair dali. Só que eu suponho que todos vão estar querendo saber o que eu fiz.
Demoro mais um pouco no banho, para tentar achar uma desculpa que não haja envolvimento com Scott.
-Só faltava você! Agora podemos começar.- fala Amélia.
-Desculpa pela demora, não foi fácil me arrumar só com uma mão.
Me justifico e mostro o braço quebrado.
-Vou passar em você uma pomada, para não infeccionar e que vai curar mais rápido.
Hana vem com um tubo de pomada na mão, passa no meu ombro e na minha testa. Com alguns bandeides ela faz uns curativos improvisados.
-Eu posso colocar seu pulso de volta no lugar. Layonel diz.
-Tudo bem.
-Ótimo! Então conta até três junto comigo.-começa. -Um
-Um. Aaaaii! - grito pois  doeu muito. Cheguei até a ver estrelinhas.
-Pronto agora é só você ficar com a tipóia por algum tempo. -fala enquanto coloca aquilo em torno do meu braço e amarra com força e dependura em torno do meu pescoço.
-E o dois e três? Pergunto.
-Dois e três. -ele responde.

O Fim de uma Vida Normal - 1° Livro da Saga é O FIM  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora