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Making love or fucking? : Olivia

Tinha acabado por adormecer depois de foder, ainda estava dorida, o Alex não me tinha poupado e uma parte de mim queria sorrir com isso uma parte de mim nem sorrir conseguia com todos os pensamentos, queria ser leve como uma pena mas infelizmente não estava assim, sentia-me pesada como se todos os problemas e pensamentos de todas as pessoas no mundo tivessem na minha cabeça...

Sentei me num sofás não conseguia passar mais tempo na cama e assim que me sentei foi como se o peso aumentasse para duas vezes, não estava equilibrada, sabia que estava com ansiedade não conseguia quase respirar pelo meu "peso", foi ai que comecei a respirar mais rápido e a ter tonturas, fechei os olhos e tentei respirar fundo como a minha terapeuta tinha-me ensinado e durante um tempo isso resultou mas passado um pouco estava igual, olhei para a janela á minha frente, e na minha cabeça começaram a surgir algumas perguntas

"o que estás aqui a fazer?" "o que acabaste de fazer?" "quem és tu? queres te tornar na pessoa que eras?" 

Na verdade nem eu sabia porque estava aqui, sabia que tinha acabado de foder com o Alex por puro desejo, nada mais, por mais que as memorias fossem boas por mais que quisesse que as coisas voltassem a ser como de antes sabia que era um pouco impossível, e rapidamente surgiu um pensamento na minha cabeça que queria negar mas não conseguia-se sobreviveste sem ele estes dois anos e passaste por cada momento difícil e sobreviveste vais sobreviver a isto se te fores embora- queria puxar este pensamento para fora de mim mas não dava porque era verdade por mais que quisesse negar, será que tinha que por um ponto final neste capitulo da minha vida e voltar a escrever o meu atual que ainda estava por acabar? será que queria apagar todas as coisas que tinha passado e voltar a escrevê-las ou pior pôr entre parenteses (as partes que nunca ninguém lê), todas estas questões fizeram me ficar melhor e pior, tiravam a minha cabeça da ansiedade mas ainda causavam mais pânico porque sabia que tinha dar uma resposta, nem que fosse a mim.

Agarrei na minha mala que estava ainda no chão por causa da noite de ontem e tirei de lá o meu telemóvel, tinha 14 chamadas da Katherina, 3 da Betty e 4 do Archy, até tinha duas da Cruela, que nem sabia que tinha o meu número, tinha mais duas mensagens da Katherina, uma da Betty e uma do Archy, vi primeiro as do Archy e da Betty que diziam a mesma coisa "liga quando poderes está toda a gente preocupada" as da Katherina eram muito mais ameaçadoras "Não acredito que depois de tudo foste ter com esse cabrão, LIGA-ME" "é melhor que me ligues puta".

Fui para a casa de banho que havia que era o mais longe do quarto para o Alex não ouvir e fechei a porta, e carreguei no contacto dela e começou a chamar, até tinha medo da reação dela.

-Estou? É bom que tenhas uma explicação. -Disse ela assim que atendeu.

Fiquei calada não sabia o que devia dizer, nem sabia se conseguia falar, e quando ela percebeu isso rapidamente mudou o tom de voz.

-Olivia não precisas dele para ser feliz tu sabes disso, só não quero que cometas os mesmos erros que da outra vez. 

-Os mesmos erros que queres dizer é confiar nele? 

-Sim mas não só Olivia, tu sabes o que ele te fez, mas tu mudaste, cresceste, conquistas-te tanto mas tanto achas que mostrar-lhes a pessoa que és hoje ele te vai merecer se ele nem ele próprio se merece? -Katherina tinha raiva na sua voz e sabia que nem era por mal era por toda a história que tinha com Alex.

-Mas se for mais feliz assim? -Perguntei eu quase sussurrando, era a mesma pergunta que tinha medo de me fazer a mim mesma, porque o não era garantido, eu me magoar era garantido mas parecia que tinha mais medo de ser feliz... porque sabia que isso podia ser a maior ilusão de todas.

-Olivia se ao estar com ele vais ser feliz então fá-lo agora não podes deixar de fazer as coisas porque tens medo que um dia vá tudo acabar porque se nunca começar também nunca pode acabar.

Não disse mais nada, não sabia o que dizer, parecia que a Katherina com poucas palavras tinha me tirado o peso todo e parecia que tinha arranjado uma decisão... ia ser feliz, nem que fosse só nestes momentos porque sabia que se não o fizesse ia começar num caminho de arrependimento sem saída.