Capítulo 10 O Primeiro Desafio

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POR QUE QUANDO O homem é visto com várias mulheres, é chamado de pegador mas, quando uma mulher é vista com caras diferentes, é chamada de piranha? A sociedade impõe regras machistas para retratar a mulher. Fiquei questionando isso quando fiquei olhando para o cartão de Rowse.

A sua proposta era ousada. Um tanto perigosa, eu diria. Não sabia se poderia dá certo ou seria mais uma burrice em minha vida.

Resolvi deixar o cartão no criado-mudo e dá uma volta pela cidade para pensar.
Entrei em uma loja de cd's e vinil, fui para a prateleira de músicas clássicas. Era as minhas preferidas.

Nina Simone era o ícone das músicas clássicas, na minha opinião. Seu Jazz era ousado, sexy, todas às ocasiões era bem-vindo, principalmente à música Feeling Good.

Ao pegar um disco, deixo caí minha bolsa e uma pessoa me entrega, uma pessoa que eu não achei que iria vê nunca mais. Mas, o destino gosta de pregar peças na vida. Logo eu que sofri e fui iludida por ele na minha adolescência, reaparece ainda mais lindo. Foquei nas tristes lembranças que me veio a mente.

Peguei minha bolsa de sua mão e ele segurou à mesma.

— Achei que nunca ia te encontrar novamente.

— E eu achei que nunca ia voltar a olhar essa sua cara, Andrei!

— O tom da sua voz ainda é de mágoa.

— Por que será?

Me afasto dele e ele me segue, continuando a falar.

— Como eu me arrependo, Barbie...

— Não me chame assim!

— Ok! Só estou sendo simpático.

— Me poupe.

— Valentina... – Ele me vira para que eu lhe encare. — Vamos conversar direito. Tem uma cafeteira aqui do lado...

— Andrei! Faz um favor? Quando me olhar de novo, finja que eu não existo, ou melhor, mude de local. Eu não quero ter o desprazer de te ver novamente.

— Sinto muito não poder realizar seu desejo, Barbie. Vai ter que me aguentar por um bom tempo. Me mudei a pouco tempo para São Paulo e, resolvir ficar porque não vou sair daqui até nós termos uma conversa.

— Conversar sobre o quê, Andrei? Por ter me usado e me feito de idiota? O que está faltando? Um Oscar?

— Pare com suas ironias, Barbie!

— Vai chamar de Barbie a sua namoradinha, aquela quenga.

— Está falando de quem? Dá Laura? Desde aquele dia nós não se víamos.

Pago o cara do balcão e saio da loja deixando Andrei falando sozinho.
Não posso chorar! Não vou chorar!




                    [°°°]


Ao chegar em casa, ligo para Rowse.

On:

— Alô, Rowse?

— Sim!

— Valentina do Sourt Dance.

— Olá, Valentina! Pensou na minha proposta?

— Pensei! Eu aceito. Quero que você me transforme em uma mulher elegante.

— Você já é, só não descobriu ainda. Me encontra há uma hora no shopping.

Gostosa demais para usar 38! Onde histórias criam vida. Descubra agora