Capítulo 16 Não Pode Ser

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DIEGO PÔS SUA OBSERVAÇÃO sobre o fato de nossa amiga, Duny está apaixonada por ele.

— Valen! Eu... Eu não reparei nenhum minuto que Duny estava afim de mim.

— Fala sério, Diego! Duny expôs o tempo todo o interesse em você. Eu percebi isso e perguntei à ela. Foi quando ela me contou.

— O fato agora é que Duny não vai entender que eu quero só amizade.

— Diego! Tenta. Não custa nada.

— Não, Valentina.

— Por quê, não?

— Porque...

Diego suou.

Ele gosta de alguém, mas não quer falar.

— Porra, Diego. Por quê?

— Porque eu gosto de...

Nessa hora, Duny entra surpresa ao ver Diego. Ela dá meia volta, mas chamo antes que vá embora.

— Fica, Duny! Vocês dois precisão conversar.

Duny, ainda calada, se senta desconfortável e, possivelmente com vergonha de ter se declarado para Diego.

Deixo os dois e vou para meu quarto.

Depois de um tempo, volto para sala e encontro Duny chorando desesperadamente.

— O que houve?

— Eu te odeio, Valentina! Você é uma falsa.

— Que?

Duny vai embora e fico sem entender o motivo de tanta raiva.

— O que você falou pra ela, Diego?

— A verdade!

— Que verdade? Porra, Diego. Duny não merecia sofrer.

— Nem eu.





                           [°°°]




Estou na casa do Sr. Carlos - meu cliente - para falar com seu irmão sobre a decoração do quarto.

Tanto ele como a esposa me tratam bem, me convidando para um cafezinho.

— Estou adorando a decoração, Valentina. – Ele elogia ordenando a empregada a trazer o café.

— Fico feliz. Me empenho o máximo para que tudo saia perfeito.

— Creio que o meu cunhado vai gostar também. Ele é um pouco exigente. Típico de um homem vaidoso. – Comentou Marcela.

— E onde está seu irmão?

— Está pra chegar.

A empregada chega com o café e nos serve.
Não demora muito e o irmão de Carlos chega.

Ele, com seu terno verde musgo, retira o óculos fazendo eu abrir levemente a boca.

— Bom dia!

Puta merda!

É o Karter.

— Eu não acredito.

Ele me olha e abre um largo sorriso dando uma piscadela em seguida.

— Valentina!

— Karter.

— Que prazer te rever.

—  Vocês já se conhecem? – Sr. Carlos pergunta.

— Claro, irmãozinho. Ela é a mulher que me deu um fora.

A Marcela sorrio e o Sr. Carlos ficou surpreso.

Ele conhece muito bem o irmão pegador. Saber que levou um fora, foi uma surpresa para ele.

— Karter! Essa é a arquiteta. Veio saber sobre a decoração.

— Por favor, Sra. Arquiteta. Vamos para meu quarto.

Karter aponta para o quarto que fica logo a esquerda.

— Sr. Carlos, me acompanhe. – Falei e Karter levou seu dedo indicador para a boca soando um "shii...".

— Vamos só nós dois. Quem vai dormir no quarto sou eu não meu irmão.

Segui ele até ficarmos à sós.
Karter fecha aporta e vira lentamente tirando seu terno.

Engulo em seco encarando a parede em branco.

— Como vai querer a decoração?

— Quer mesmo falar sobre isso? – Ele se aproxima mais.

— Claro! É pra isso que vim.

— Bem, eu também vim pra isso, mas, quando vi você...

— Sr. Karter, como vai querer seu escritório?

— Não quero falar da porra da decoração.

— Eu quero falar da porra da decoração.

Ele bufa.

— Está bem. Quero meu quarto com tons cinza e branco. Satisfeita?

— E o escritório?

— Deixo ao seu critério.

Ele tenta me beijar e desvencilho.

— Já falei que não quero ficar com você.

— Por quê? Tem algo de errado comigo?

— Tem! Sua insistência.

— Todas as mulheres querem ficar comigo. Por quê você não quer?

— Porque eu não sou todo mundo. Karter, põem na sua cabeça que eu não sou qualquer mulher. Se eu quiser ficar com você, eu vou lá e fico. Vai ser no meu tempo e do meu jeito.

Ficamos em silêncio.

— Nem um beijinho?

— Não, Karter. Sai!

Vou ao encontro do Sr. Carlos e explico como e o dia da decoração.

— Obrigado, Sr. Carlos. Começarei amanhã mesmo.

— Muito obrigado, Valentina. Peço desculpas pelo meu irmão.

— Tudo bem. Sei lidar com homens desse tipo.

— O tipo gostosão? – Karter entra na conversa.

— Não! Galinha.

Marcela não conseguiu segurar sua risada.

— Quer carona?

— Tenho carro, Sr. Karter.

— Desiste Karter, Valentina não é para seu bico. – Marcela falou.

Lanço uma piscadela para Karter e entro no meu carro.

Gostosa demais para usar 38! Onde histórias criam vida. Descubra agora