A crise estava tão alta que o desespero passou a me seduzir.
Consegui um bico para trabalhar apenas por um dia como garçonete num barzinho na Barra da Tijuca. Me arrumei toda, mas fui surpreendida pelo uniforme formal: avental, cabelos presos e maquiagem discreta. À noite corria muito bem com os clientes, alguns bonitos outros nem tanto. Até eu atender à mesa 21 do Guto, que moreno delicioso, corpo atlético, 1,84 de altura, cabelos negros e lisos arrepiados e belos lábios rosas.
O atendi com toda simpatia do mundo e ele um verdadeiro cavaleiro. Servia a todos da mesa, mas cada vez que ia à sua mesa sentia algo quente e doce. Quase no fim do expediente, ele me convidou para dançar. Como era apenas uma diária e não seria contratada efetivamente aceitei o convite e dançamos uma música em inglês. Os nossos corpos acompanhavam a canção e eu não estava me sentindo tão confortável, mas ele tocou a minha cintura de maneira especial que eu acabei me entregando naquele momento. De tensa passei a me tornar plena. Ele ia me ensinando os passos e eu sentia os seus braços malhados, ouvia o sussurrar da sua voz e já estava sentindo vontade de beijá- lo. Nos despedimos, sem troca de nome e telefone. Ele me desejou sorte na vida e eu desejei que o encontrasse em outro momento.
Meses se passaram e com a crise aumentando, acabei aceitando o convite para trabalhar como acompanhante de luxo na Barra, porém estabeleci uma condição: eu só seria companhia para os homens nas noites do prostíbulo e só aceitaria ir à cama se eu quisesse. Ninguém da minha família sabia disso, eu dizia que trabalhava como recepcionista de bar noturno. Claro que eu era a QUE ganhava menos dinheiro e era muito desejada. Existia o Fernando, riquíssimo e dono de um restaurante que me desejava e eu gostava de provocá-lo. Aos poucos fui aprendendo a gostar do ambiente e de ser cobiçada por aqueles homens ricos e cheirosos. Eu ia ao banheiro me masturbar pensando em alguns, principalmente em Fernando que além de rico era um gato. Loiro, olhos verdes, olhar provocante, mãos enormes e veias pulsando no braço. Aquilo me deixa louca.
Era quinta-feira véspera de feriado e eu estava disposta a ir pra cama com Fernando e conseguir dinheiro para juntar e pagar a minha habilitação. Vesti um micro vestido preto, costas nuas, cabelos soltos, batom vermelho, salto alto e desfilei ao encontro de Fernando que estava em um bar bebendo whisky. Ao me ver desfilando ao seu encontro ele me lançou um olhar penetrante que fraquejou as minhas pernas e me impulsionou a andar lentamente mais ainda. Assim que me aproximei dele, Fernando me agarrou pela cintura e me lançou um beijo molhado e gostoso. Profundo, intenso e melado. As suas mãos abraçavam a minha cintura fina e eu já podia sentir o seu mastro duro sob o meu umbigo. Aquilo estava frenético e o prostíbulo estava enchendo, havia cerca de 30 pessoas que talvez nos observassem.
Fernando me sussurrou:
- Vamos para o andar de cima terminar o que aqui começamos.
-calma, vamos beber querido
-Manu, eu posso te levar para um motel se você quiser, mas eu não posso perder a oportunidade de dormir com vc desde seu primeiro dia aqui eu lhe desejo tanto
-nós iremos fuder, mas quando eu quiser
O ar de proibido por estarmos em um local privado provocando um ao outro instigava ainda mais nos dois. Os beijos continuavam, Fernando estava com sede em mim e eu me sentindo desejada de verdade e imaginando ele me fudendo toda naquele pequeno quarto do prostíbulo.
O convidei para a pista de dança e enquanto tocava uma canção, dancei para ele de costas encostando em seu corpo e descendo para cima e para baixo. Eu enroscava em seu pau e o fazia delirar prazerosamente. Ele tocava minha cintura com força enquanto eu dançava de costas para ele, deixando meu vestido de costas nuas à mostra. Fernando me segurou pelos cabelos e virou meu rosto. Me beijou mais uma vez intensamente segurando meu cabelo com uma mão e a outra nos meus seios apertando.
Eu já não me importava mais se estavam nos olhando, aquilo estava gostoso demais. Após o beijo de Fernando, me virei novamente de costas para ele encostado em seu membro duro como pedra e deixei que ele encostasse a boca em meu pescoço e eu de costas dançando lentamente sobre seu corpo. Que delicia aquele beijo suave no meu pescoço, me melando. Pude ver os olhares dos homens sobre nós e me senti uma devassa. Que sensação forte. Ao passear meus olhos sobre cada homem, notei um olhar fixo naquela cena. Eu conhecia de algum lugar, só não lembrava onde. Eu estava de costas ainda enquanto Fernando beijava meu pescoço atrás de mim e encarei aquele olhar fixo. Até reconhecer: Guto, o rapaz que nunca mais esqueci desde o dia que eu atendi no bar, estava me encarando com um olhar de surpresa, desejo e também desprezo.
