|Capítulo 10|

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  — EU O QUE?! - Isa estava assustada. Além do mais, ela tinha passado de humana a uma coisa... não tão humana em tão pouco tempo...

  — É isso aí. Então você pode escolher: beber sangue humano e passar o resto da sua vida como uma vampira demônia ou não se alimentar e morrer. - Pedro repetiu.

  — OH, MEU DEUS! - ela gritava desesperada.

  — Eu escolheria a segunda opção se fosse você. - disse Tae que acabara de acordar, com as feridas cicatrizando. — Você não vai querer viver como uma de nós. Acredite, é pior do que a morte.

  — PARA, TAE!! - disse Pedro. — ESTÁ ASSUSTANDO ELA!

  — Não, eu tô bem. - ela disse. — Eu só preciso de um tempo para... pensar...

  — Eu não queria te apressar, mas... você precisa pensar nisso antes que seu corpo enlouqueça. - Pedro disse.

  — Como assim?

  — Você tá bem agora... Mas não vai demorar muito até você sentir fome. Muita fome. E não uma fome qualquer de comida. Fome de sangue mesmo. E você vai ter que se controlar para não começar uma matança.

  — Entendi... - mas a mente dela ainda estava uma bagunça.

  — E, se você concordar em virar uma de nós, todos os seus sentimentos vão dobrar. A raiva que você sentia? Vai se transformar em ódio. A tristeza que você sentia? Vai se transformar em depressão. Entendeu? Eu tô avisando logo pra você não ficar muito assustada... Quer dizer, mais do que você já tá.

  — Tá... Tá tudo bem... Eu acho...

  — Vamos tomar sorvete? - perguntou Pedro. — Pra quebrar um pouco esse clima. - os outros dois assentiram com a cabeça e eles saíram para as ruas, onde eles começaram a andar calmamente em direção à sorveteria. Foi quando eles viram uma mulher de cabelos e olhos castanhos olhando para eles atentamente.

 Foi quando eles viram uma mulher de cabelos e olhos castanhos olhando para eles atentamente

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  — O que foi?! - Tae falou alto. — 3 crianças não podem mais passear em paz?

  — Não se forem vampiras!!! - a mulher falou e eles congelaram onde estavam.

  — Ela é uma caçadora. - Pedro sussurrou. — Conhece vampiros de longe. Se escondam! - eles correram até um beco escuro, se escondendo nele.

  — PODEM SAIR! - a mulher gritava. — EU SEI QUE ESTÃO POR AQUI! - ela tirou uma bolsa de sangue do bolso, a deixando no chão. Eles sentiram o cheiro do sangue e as veias e presas de Pedro logo apareceram, mas Tae o segurou.

  — Pedro, não. Ela tá armada.

  — Mas armas não matam vocês, matam? - Isa perguntou.

  — Matam se as balas forem de madeira. - Tae respondeu e não conseguiu segurar o seu irmão, que já estava indo em direção à bolsa. — PEDRO, NÃO - a caçadora ia atirar nele, quando Tae se jogou na frente, fazendo a bala perfurar seu peito.

  — TAE!! - Isa gritou e foi em direção à caçadora. Suas veias e presas apareceram e ela pulou na mesma, sugando todo o seu sangue e arrancando sua cabeça por fim. Isa agora era oficialmente uma vampira. Depois ela foi em direção ao Tae, onde Pedro, ajoelhado ao seu lado, já chorava.

  — Ele morreu? - este perguntou.

  — Ainda não. - ela respondeu. — A bala ainda não chegou no coração. - então ela rapidamente enfiou a mão no peito de Tae, este já secando, e tirou a bala lá de dentro. Demorou alguns segundos para Tae acordar, respirando fundo.

  — TAE! - Pedro gritou e abraçou o irmão. Este retribuiu o abraço e olhou para Isa.

  — Por que fez isso?

— Isso o que? Queria que eu te deixasse morrer? - Isa disse.

  — Mas por que me salvou depois de tudo o que eu te fiz?

  — Porquê eu não sou igual à você. - ela disse, levantando-se e pegando na mão dele para ajudá-lo a levantar.

  — Desculpa... - Tae sussurrou enquanto levantava.

  — O que? Desculpa, eu não ouvi. - Isa disse.

  — Desculpa. - ele disse mais alto.

  — Agora sim. - ela sorriu e abraçou ele. — Vamos voltar pra casa. 

  — É, vamos logo antes que ela reviva. - Pedro falou.

  — Mas eu arranquei a cabeça dela! - Isa falou, limpando sua boca que ainda estava suja de sangue.

  — Os caçadores tem uma maldição. - Tae explicou. - Eles não morrem tão facilmente. Claro, vai demorar um pouco para ela reviver, mas eu não quero estar aqui quando isso acontecer.

  — Nem eu. - Isa e Pedro falaram em uníssono e os 3 foram andando para casa.

  — Sangue é bom. - Isa disse e eles riram.

     Chegaram em casa e logo se jogaram no sofá. 

  — Agora você vai ter que aprender a se controlar. - Pedro disse para Isa.

  — Claro... Eu vou tentar... - foi quando eles ouviram batidas na porta.

  — ISA??! - uma voz de uma mulher parecendo desesperada ecoava do lado de fora da porta. Isa tinha certeza que conhecia aquela voz. Então ela abriu a porta e se surpreendeu com a imagem da mulher negra de cabelos castanhos:

 Então ela abriu a porta e se surpreendeu com a imagem da mulher negra de cabelos castanhos:

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  — Mamãe?

            Notas da autora                       

       1 - Secando: Ficando cinza e paralisado, morrendo.

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