Prólogo

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"Ontem é hoje, e hoje é ontem"

— The 7th Sense by NCT U

Jisung gostava de pensar se o seu "eu" do passado estaria satisfeito e orgulhoso por sua versão mais velha. Perguntava-se coisas como, por exemplo, se o JiSung de três anos atrás gostaria do seu estilo de roupas ou da cor do teu cabelo, se aprovaria as suas atitudes e seus amigos novos. Tecnicamente, JiSung estava a meio passo para conseguir a confiança daquele grupo esquisito e tão divertido. Sua paixão pela lógica da programação estava o adoecendo, e ele só percebeu isso quando tropeçou no próprio cadarço branco do seu Vans azul e deu de cara no chão. O "deu de cara no chão", é realmente literal, pois foi aí que Jisung percebera o quão é doloroso ter pedrinhas contra a sua pele de pêssego.

Amaldiçoou todos os asfaltos do mundo, enquanto se levantava. Era um tanto contraditório da sua parte estufar o peito e dizer que não gosta de receber ordens das outras pessoas e, principalmente, das que são da sua faixa etária; o que era exatamente o que Park Jisung estava fazendo naquele momento. Ele estudou o conteúdo dentro do saco de papel que segurava, cujo tinha uma grande e chamativa logomarca no centro. Estava uma bagunça, uma mistura, mas o garoto agradeceu pelo suco não ter vazado do copo.

Se soubesse que iria ser escravo de hyungs, teria continuado no seu quarto assistindo aquelas aulas tediosas no YouTube. A única linguagem que sabia era HTML e um pouco de PHP. Era complicado aprender de longe, quando, muitas das aulas, eram em inglês e ele absolutamente não o dominava. Mas ele já estava ali e sentia que poderia dar certo; então ajeitou a sua roupa, ergueu o queixo o marchou de volta para o Clube de Informática da escola.

Assim que abriu a porta da sala, sentiu um arrepio; uma onda gelada percorreu o seu corpo e lhe causou arrepios inimagináveis. Talvez fosse aquele ar-condicionado com a sua fama de ser um dos mais potentes/frios de toda a escola. Aquilo era surpreendente, mas ele sentia que havia algo a mais no motivo daquele choque todo. Havia um garoto dentro da sala, de costas para Jisung e conversando seriamente com os seus hyungs que estavam sérios e ao mesmo tempo bravos; um ao lado do outro e praticamente sentados na mesa dos monitores.

— ... Sinto em dizer isso, mas a escola não pode ser mais responsável — aquele timbre de voz deu uma passagem de ida e volta à lua para Jisung.

— Você não pode fazer isso! — Jeno-hyung havia descruzado os braços e dito aquilo com toda a coragem.

— Não sou eu, desculpe — aquele garoto contou, finalmente notando uma pessoa à porta e virando-se para ele. Por mais que Jisung tivesse ficado hipnotizado, Mark apenas o tratou como qualquer um — Você também faz parte do grupo? Entre e feche a porta, por favor.

— S-sim — Jisung, atrapalhado, entrou na sala rapidamente e esqueceu-se de fechar a porta. Depois de um suspiro, coube à Mark fazer o que pedira. — Desculpe.

— Existe um motivo claro para a nossa expulsão? Porque eu definitivamente não consigo encontrá-lo — Jeno estudou Mark com o olhar.

— Acho que vocês já sabem, não é mesmo? — o chamado Mark Lee ergueu apenas uma sobrancelha — Eu sei de tudo o que aprontam aqui.

— Primeiro: nós realmente não sabemos. Segundo: não aprontamos nada. Você pode, por favor, ser mais direto? — Jisung percebeu que JaeNo havia respirado fundo antes de falar aquilo..

— Vocês perderam esse espaço e pronto — determinou o mais velho — Será utilizado para uma coisa mais útil!

— Isso tem alguma relação comigo, Min Hyung? — Haechan se afastara da mesa e cruzou os braços, lançando um olhar penetrante à Mark Lee.

Zero-One Dreamers | NCT DREAMOnde histórias criam vida. Descubra agora