Capítulo 8

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P.O.V. BELLA

Na sexta-feira quando voltei para casa só conseguia pensar em dormir até sentir fome e comer até sentir sono. Sim, é um exagero de minha parte. Peter disse que eu cochilei no trem enquanto voltávamos para casa, Ned aproveitou e tirou diversas fotos comigo dormindo de boca aberta. Meu Deus, que vergonha! Além de eu não ter dormido nada a noite passada eu ainda não me adaptei com o fuso horário. No sábado o dia foi bem melhor. Eu queria fazer alguma coisa a tarde, sair do apartamento e conhecer a grande Nova Iorque, no entanto, mamãe estava com dor de cabeça, papai e eu não queríamos deixá-la sozinha.
"Filha, chame seus novos amigos e saia com eles, certamente, eles saberão lugares interessantes para te levar. Bom para vocês reforçarem a amizade e se conhecerem melhor." Disse mamãe.
Eu não queria deixá-los, eu poderia esperar para irmos juntos, mas mamãe insistiu dizendo que eu era adolescente e devia aproveitar mais a vida com os amigos. Acabei concordando. Peguei meu celular mandei uma mensagem no grupo de conversa que criamos ontem a noite perguntando se eles iriam fazer alguma coisa a tarde, como todos estavam livres resolvemos sair às 13:30. Peter e eu iríamos encontrar Ned na entrada no Zoológico do Central Park.
Hoje papai e eu ficamos com preguiça de fazer almoço e pedimos comida tailandesa, nunca comemos, resolvemos experimentar hoje, mamãe mesmo com dor de cabeça adorou a comida, eu continuo preferindo comida italiana, e papai só gosta da comida de mamãe, alega que a comida dela tem algum tempero especial, mas ele come as outras sem reclamar. Terminamos de almoçar e eu fui me arrumar para o passeio da tarde. Peter mandou mensagem que já estava na porta me esperando e Ned avisou que já estava à caminho do Central Park. Despedi de meus pais e desci correndo, encontrei Petie sentado na mureta do prédio. Nos cumprimentamos e fomos. Não pensei que fosse tão longe, a ida durou aproximadamente uma hora e uns quinze minutos. Já estava entediada de ficar sentada dentro do trem, mas chegamos. Já entrei no zoológico mais conhecido do mundo tirando fotos. Ned estava na porta nos esperando havia pouco tempo. Compramos nossos ingressos e entramos para ver o zoológico. Tiramos uma selfie com a girafa, ficou super legal, pois ela era super fotogênica. Entramos em um lugar que existiam cobras, sapos venenosos, aranhas e outros animais dentro de aquários de vidro. Um funcionário do zoológico especialista em aranhas disse que aquele era o dia em que os visitantes poderiam ter uma melhor experiência com os aracnídeos e poderiam pegá-los nas mãos se desejassem, eu fiquei com medo, mas superei o medo e segurei uma delas, elas não são tão amedrontadoras. O especialista em aracnídeos nos contava algumas curiosidades sobre as aranhas enquanto passava ela de uma mão para outra.
"As aranhas podem ser bem românticas, os machos de algumas espécies dão mosquitos mortos de presente às fêmeas. O veneno de uma viúva-negra é quinze vezes mais potente do que de uma cascavel. Comparadas grama a grama as teias de aranha são cinco vezes mais resistente que o aço. As aranhas conseguem carregar cento e vinte vezes mais que o seu próprio peso, igual nosso amigo Homem-Aranha, provavelmente pode carregar dez toneladas sem grande dificuldade." E o funcionário acabou tocando em um assunto bem interessante para nós três. Peter estava com mais medo que eu, mas ele disse que queria pegar uma aranha, ele fazia umas caretas engraçadas quando ela começava andar em suas mãos, o mais engraçado foi que era uma aranha fêmea e ela não queria sair da mão de Petie, foi hilário, porque ela começava andar em seus braços, o funcionário do zoológico teve que tirá-la a força. Ned não queria nem ver aquele bicho, ele dizia que era aracnofóbico. Como eu ri nessa hora, ele começou a inventar desculpas que nem faziam sentido, por exemplo: "ela vai botar ovinhos na minha mão."
Depois de algum tempo já havíamos visto tudo o que o zoológico podia nos proporcionar. Decidimos ir à Coney Island, o parque é bem atraente, Ned e Peter queriam me levar na Cyclone uma montanha russa bem conhecida de Nova Iorque. Ned como sempre roubou a cena. Ele ficou gritando lá de cima que ia morrer e quando descemos do brinquedo ele ficou pasando mal, eu não conseguia ajudá-lo, só conseguia rir, pois ele colocava a mão na barriga e dizia repetidamente que precisávamos voltar lá porque o fígado dele tinha ficado na primeira descida. Eu amo o Ned, ele é a melhor pessoa para fazer alguém rir. Quando ele melhorou fomos no carrinho bate-bate e em outros brinquedos, comemos algodão-doce e pipoca, havia um tempinho que não comia essas coisinhas.
Em uma barraquinha de tiro ao alvo Peter acertou todos e ganhou um prêmio, um ursinho branco detalhes vermelhos. Ele me deu a pelúcia. Fiquei impressionada, Petie é um amor de pessoa, tão gentil e carinhoso. Agradeci com um beijo em sua bochecha. Ele ficou vermelho, Ned deu um sorriso irônico e eu entendi o motivo do sorriso, senti meu rosto ruborizar na mesma hora. Já estava anoitecendo, resolvemos ir em alguma lanchonete para comer mais besteiras. Pedimos hambúrgueres, refrigerante e batata frita. Com cada hambúrguer vinha uma coroa diferente, uma de princesa para mim e outras de rei para Peter e Ned. Colocamos os adereços na cabeça e tiramos muitas fotos, a melhor é uma de nós três com a boca suja de mostarda e ketchup. Nunca comi tanta porcaria em um único dia. Terminamos nossas refeições e resolvemos ir embora. Fomos caminhando até a estação de metrô e pegamos nosso trem. Estávamos sozinhos lá dentro, aproveitamos a deixa e fizemos muita bagunça, penduramos nas barras de segurar e ficamos de cabeça para baixo. Precíamos três crianças de cinco anos fazendo bagunça. Assim que o trem chegou na estação, Peter e eu nos despedimos de Ned e seguimos nosso caminho para casa. Estava tudo muito silencioso, decidi puxar um assunto, mas normalmente sou péssima nisso.

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