Henrique
- Henrique - Escuto me chamarem e olho para o lado, era o seu Filipo, pai da Tayane.
Olhei para o outro lado do carro, e estava a dona Joana, o Davi, a dona Ana e a Marina com a bebê no colo.
- Seu Felipo, como está? - Pergunto
- Estou bem, milagre Guilherme não está aqui pra te sequestrar até o mercado - Ele diz rindo e dou risada
- É um milagre - Digo rindo - Dona Joana, como vai? - Pergunto dando um beijo na bochecha dela
- Vou bem querido, obrigada e você? - Dona Joana pergunta
- Vou bem, obrigada. Dona Ana, a dona dos melhores conselhos, certo? - Pergunto sorrindo pra senhora
- Sim meu filho, você lembrou - Dona Ana diz rindo
- Não esqueceria uma moça tão bonita assim - Digo
- Você é muito gentil, meu tempo de moça já foi há muito tempo - Ela diz dando um sorriso
- A senhora está super jovem. Olá Marina- Digo olhando pra Marina e pra bebê, cada vez que olho pra ela, me assusto mais com a semelhança que ela tem comigo
- Oi - Ela diz me olhando
- Grande jogador Davi - Digo bagunçando o cabelo do Davi
- Grande perdedor Henrique - Davi diz rindo
- Vamos entrar? - Dona Joana diz
- Vamos, dona Ana, eu acompanho a senhora, claro, se a senhora quiser - Digo
- Eu vou adorar - Dona Ana diz segurando no meu braço.
Fui caminhando com a dona Ana, seu Felipo e dona Joana, até a entrada da casa dos meus tios.
Quando entramos cumprimentei o pessoal, e fui ficar com os rapazes na churrasqueira, era uma festa em família, aniversário do meu tio Ricardo, havia poucas pessoas de fora, apenas alguns amigos de meu tio.
As vezes dava uma olhada pra Marina, eu precisava saber, se aquela bebê era minha, pelo tempo que ela tem, tem grandes chances de ser minha, e ela é tão parecida comigo, que até me assusta.
Vi Marina amamentando e depois saindo, mas ela estava com a tia Léa, queria falar com ela a sós, quando ela voltou, sentou onde estava minha mãe, minhas tias, a mãe dela, a avó dela, minha avó e a irmã dela e ficou conversando.
- Tá acontecendo alguma coisa? Você tá muito pensativo hoje - Guilherme diz
- Estou cansado - Digo
- Passou a noite aonde corno? - Ele pergunta rindo
- Trabalhando Guilherme - Digo
- Trabalhando, até parece que não te conheço - Ele diz e vejo a Marina levantar, dessa vez, sozinha
- Vou no banheiro corno, já venho - Digo.
Entrei na casa e fui andando praticamente correndo, pra alcançar ela no corredor.
- Marina? - Chamo, ela demorou um pouco, virou, soltou um suspiro e me olhou
- Oi? - Ela diz me olhando
- Por que você não me diz a verdade? - Pergunto e ela arregala um pouco os olhos
- Que verdade Henrique? Eu estou com um pouco de pressa, preciso ir - Ela pergunta com uma cara de assustada
- PARA DE FUGIR Marina, eu só quero que você me diga a VERDADE - Digo aumentando um pouco o tom da minha voz
- Não grita comigo - Ela diz meio irritada - Que verdade é em Henrique? Não posso dizer algo que não sei - Ela diz
- QUE ELA É MINHA FILHA MARINA - Grito e ela se assusta ainda mais.
Eu não queria gritar, mas também quero saber de toda verdade, acabei agindo sem pensar.
- Que gritaria é essa? Todo mundo está ouvindo - Tayane diz entrando no corredor com o Guilherme, dona Joana, tia Léa, minha avó e a dona Ana.
- Eu acho que a Marina tem uma boa explicação pra isso, não tem Marina? - Dona Ana diz olhando pra Marina - Anda Marina, já passou muito tempo, já está na hora de você contar pra todo mundo, principalmente para o Henrique - Ela diz
- Contar o que Marina? - Dona Ana pergunta pergunta
Marina respirou fundo, olhou pra mãe, pra avó e me olhou, com lágrimas nos olhos.
- A Manuela, ela é filha do Henrique - Ela diz
Então é verdade, eu estava certo, ela é minha.
Claro, ela é tão parecida comigo.
Eu tenho uma filha, uma filha, uma princesinha!- Eu tenho que ir, olhar a Manuela - Marina diz abrindo a porta do quarto
Quando ela ia fechar a porta, segurei e entrei.
- Por que não me disse antes? Eu merecia saber que tenho uma filha Marina - Pergunto olhando pra ela
- Eu não queria te contar na frente de todo mundo, justamente para não acontecer o que acabou de acontecer - Ela diz carregando a bebê, que estava acordada
- Se você tivesse me procurado antes, você sabe que poderia ter sido tudo diferente - Digo
- Te procurar como? Você não me deu um número de telefone, não me deu nada, eu tenho bola de cristal por acaso? - Ela diz
- Você que me deixou naquela manhã, sem nem dizer um tchau - Digo
- Eu precisava comprar pílula, ou você esqueceu o acontecido com a camisinha? - Ela pergunta enquanto ninava a bebê - Está tudo bem meu amor, mamãe está aqui com você - Ela dando um beijo na bochecha da Manu e ninando ela.
- Como você descobriu? - Ela pergunta
- Ela é a minha cara Marina, não sei como ninguém percebeu isso antes - Digo olhando pra bebê - Deixa eu pegar ela - Peço
Ela olhou pra bebê e me entregou ela.
Ela é tão linda, minha filha, eu tenho uma filha.
Eu sempre sonhei em ter filhos, e agora, eu tenho uma filha, ela é tão linda.- Minha filha - Digo abraçando a bebê e beijando a cabeça dela - Como você é linda, minha filha - Digo olhando pra ela - Eu prometo nunca mais me separar de você, nunca mais - Digo
Ela é tão perfeita, nem nos meus maiores sonhos eu imaginaria ela tão perfeita assim.
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Surpresas da vida
RandomMarina nunca acreditou no amor, pra ela, o "felizes para sempre" só existia em livros, e não é que ela estava certa? Após perder seus pais, Marina teve que aprender a conviver com a dor, nunca esteve nos seus planos formar uma família, principalment...