Capítulo oito

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Ricardo

A todo instante me pergunto o que estou fazendo da minha vida, nunca fui assim de sentimentalismos bobos e de colocar outra coisa em primeiro lugar que não fosse os negócios, no entanto aqui estou eu numa cidadezinha de merda, num hotel de quinta dando uma de amigo dedicado coisa que nunca fui, dormir com uma mulher sem fazer sexo com ela isso seria impensável para um homem como eu, mas desde o momento que Helena se jogou em meus braços naquela ilha me pedindo ajuda uma vontade incontrolável de cuidar dela tomou-me por completo e isso tem me assustado e tirado meu sono constantemente.

Larguei tudo, os projetos os negócios e até as mulheres e vim me enfiar aqui com Helena e por mais que eu tente não consigo ir embora. Pela primeira vez em minha vida estou confuso e acho que estou metendo os pés pelas mãos, nem quando meu pai faleceu e Elisa me trocou por aquele peãozinho fiquei sem saber o que fazer como agora, tudo que sei é que não consigo deixá-la e vê-la sofrer causa algo estranho em meu peito que não sei explicar bem do que se trata.

Ontem tive que praticamente arrastá-la daquele hospital, já estava vendo a hora em que ela cairia de exaustão, então liguei para Elisa e pedi que ela viesse e aqui estou eu com uma bandeja de café da manhã vendo Helena dormir enquanto os primeiros raios do sol iluminam seus cabelos fazendo-a parecer mais um anjo do que qualquer outra coisa, um anjo lindo que tenho certeza ainda me causará muitos problemas.

Quase não consegui dormir, ter essa mulher linda e extremamente gostosa ao meu lado a noite toda sem poder tocá-la foi a maior tortura que já sofri.

Lógico que fiquei agarrado em seu corpo mas chegou um momento que só isso não me bastava então resolvi me levantar e trabalhar em alguns projetos e entre eles o da ilha Paraíso do sol.

Todos da empresa estão me questionando e querem saber quando começará as obras do novo resort e já não estou mais encontrando desculpas para ainda não termos começado. O Alberto continua precionando os moradores a venderem suas casas coisa que prometi a Helena que não faria, ainda tem Joseph que não consegue lidar muito bem com negativas tenho medo do que ele possa estar fazendo lá na ilha principalmente com aqueles moradores que não querem vender suas casas de jeito nenhum ainda mais que ao que parece o tal de Sebastian tomou chá de sumiço, mas infelizmente isso não se trata apenas de mim e sim de toda a empresa de hoteis de minha família, onde Joseph também tem voz ativa e graças a ele não sei se conseguirei cumprir o que prometi a Helena, se bem que quando prometi eu não tinha intenção nenhuma de cumprir não sei porque agora estou pensando nesse assunto.

Vejo ela se mexendo e abrir seus olhos e feito um bobo abro um sorriso de orelha a orelha, meu Deus tenho que me afastar dessa mulher estou me tornando um completo idiota.

-Bom dia morena   -   falo quase suspirando, onde encontro a cura para isso.

-Bom dia?  -   vejo sua expressão ficar preocupada   -  Já amanheceu o dia? Ai meu Deus, minha mãe, ela deve estar precisando de mim eu tenho que ir vê-la   -   ela se levanta e caminha apressada para o banheiro tropeçando no tapete e quase caindo entra e saí em poucos minutos já arrumada e apavorada pega sua bolsa para ir embora.

-Ei!!! Calma  -  tento chamar sua atenção mas ela continua se movimentando pelo quarto feito uma louca.

-Eu dormi demais, passei a noite aqui, droga, droga a Elisa vai me matar e se aconteceu algo e se minha mãe precisou de mim e eu não estava lá.

-Helena!!!  -  chamo seu nome em voz alta e seguro seus braços fazendo com que ela fique de frente para mim  -  Da para parar de agir feito uma louca e me ouvir  -  ela me olha assustada mas não diz nada então prossigo  -   sua mãe está bem, liguei para Elisa hoje pela manhã e está tudo bem, não há motivos para se apavorar e Elisa também está ótima, ela sabia que você estava precisando descansar e disse para você ficar traquila que está tudo sobre controle, então trate de se acalmar tomar o café da manhã que eu pedi e depois eu mesmo te levarei até o hospital.

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