Capítulo vinte

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              Sebastian

Ando pelas ruas da capital com os pensamentos longe e principalmente com a culpa a me atormentar.

Como é possível uma pessoa que faz uma merda atrás da outra, e mesmo quando tento ajudar acabo piorando e muito a situação.

Quando procurei pela doutora Helena nunca imaginei o que poderia acontecer e sei que poderia ter evitado toda essa tragédia no entanto não fiz nada, e isso está acabando comigo.

Marian me evita a todo momento e me acusa de ser cúmplice de toda essa loucura, o pior foi que ela tentou me avisar e eu não quis ouvir, agora posso dizer que estou ferrado e não sei em quem confiar.

Vou tentar concertar alguma coisa porém há certas situações que por mais que você queira não tem concerto.

Chego ao hotel e nem me anuncio sempre que nos encontramos é nesse lugar e o quarto também é o mesmo, tomo o elevador e subo ao sétimo andar, durante esse trajeto vou ensaiando tudo o que tenho que falar para que dessa vez as coisas não saiam do meu controle.

Chegando em frente ao quarto dou uma batida e ouço uma voz dizendo para eu entrar, entro e lá está o causador dos meus problemas.

- Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não me procurar Sebastian, não sei o motivo de ter me chamado aqui mas não me chame novamente, você sabe muito bem que se nos verem juntos podem desconfiar, espero que o motivo de ter me chamado aqui seja realmente importante ou então você ficou louco por nos colocar em risco desse jeito.

-Eu fiquei louco? Você seu desgraçado foi quem ficou louco, quando me procurou dizendo que me ajudaria a salvar a ilha não disse que os seus planos era matar alguém, e principalmente que esse alguém era a doutora Helena   -   olho para ele com muita raiva e a cada minuto que passa minha vontade de socar a cara desse miserável só aumenta.

-Há!!! Mas então é isso, só por causa da doutora, você é mesmo patético, não estava nos meus planos fazer nada a ela, o que aconteceu foi apenas um acidente de percurso   -  seu cinismo me enoja cada vez mais  -  na verdade aquela bomba era para matar o Ricardo, mas o miserável não entrou no barco, aquele desgraçado tem tanta sorte que chego a ficar irritado   -   ele fala com uma calma e um sorriso demoníaco, então explodo e parto pra cima dele agarrando seu colarinho e o encostando na parede.

-Seu miserável, você me enganou, falou que os explosivos seriam apenas para causar mais confusão assim como o incêndio naquela casa, falou que com isso a polícia barraria as construções, nunca mencionou matar ninguém   -  aumento a pressão em seu pescoço e o ódio me consome por ver que ele me enganou e eu idiota acreditei em tudo que esse miserável de uma figa me falou. 

-Se eu fosse você pensaria melhor e me acalmaria, não vai querer que seus avós sofram por suas atitudes não é?  -  ele fala quase sem fôlego e assim que ele menciona meus avós paraliso imediatamente e o solto   -   bem melhor   -   ele sorri como se eu não estivesse a poucos segundos atrás o sufocando   -  agora escuta bem o que eu vou lhe falar pois não vou repetir, meu foco é Ricardo Montanari quero destruí-lo e farei qualquer coisa para conseguir o que eu quero, era para ele ter explodido junto com aquele barco mas deu errado só que isso não significa que vou desistir, me preparei a vida inteira para isso e nada vai me impedir, nada, ouviu bem. E para falar a verdade não sei do que está reclamando as obras não aconteceram, está tudo parado como você queria, então não venha dar uma de santo pois você está longe disso.

-Eu não sabia que você ia explodir aquele barco, pensei que explodiria um barco que estivesse sem ninguém, se eu soubesse jamais teria lhe ajudado e comprado aqueles explosivos, não sou um assassino e não quero fazer parte disso, a Helena quase morreu, o Ricardo foi preso e por mais que eu o deteste não vou permitir que ele fique preso injustamente, já decidi e vou dizer que quem planejou tudo foi você.

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