Deep Web ¡! Yugbam

1.5

- O príncipe mudou de ideia? - Perguntou Bambam ao ver Yugyeom entrar no quarto com uma bandeja em mãos.

- Eu disse que iria pensar. - Parou em frente a cama vendo o outro começar a comer. - Pegue o que quiser, dinheiro, e saia daqui, mas sem me denunciar.

Estava tossindo, engasgou na hora em que ouviu o moreno dizer aquilo. Depois de tanto tossir e ficar vermelho por falta de ar, conseguiu encarar o outro. Confuso e pensando no que dizer.

- Você está doente? - Perguntou sério, mas Kim riu.

- Eu estou bem, boa sorte! - Saiu do quarto deixando um Kunpimook confuso para trás.

Na frente do ruivo teve que manter a mesma postura de sempre, mas logo que se virou retirou aquele sorriso natural do rosto. Só não queria se mostrar fraco para o outro, e como sabia que não conseguiria nada de bom assim, decidiu deixar o garoto ir para sua casa.

- Você não está bem. - Sentiu a mão delicada sobre seu ombro. - O cara que eu conheço não faria isso, ele me deixaria alí por dias, com fome, sem ver a luz do dia, sem respirar outro ar, teria me xingado até o último, ou talvez eu já estivesse todo machucado por ter apanhado.

- Você só conhece o meu lado ruim. - Continuou andando. - Eu mandei ir embora, Kunpimook.

- Você não tem medo? - O outro negou, dizendo mais um vez "você não tem coragem".

- Você acabaria com minha vida se me colocasse na cadeia.

- Você acabou com a minha, nada mais justo.

- Escuta! - Prensou o corpo contra a parede e viu os olhos do ruivo o encarando. - Eu acabei com sua vida, eu traumatizei você, mas eu estou deixando você ir e ter sua vida de volta, aceite como desculpas.

- Me solta, por favor. - Logo se sentiu livre daquilo e voltou para o quarto.

Yugyeom sabia que tinha tido gastos com Kunpimook, mas não ligava, sua vida durante muitos anos havia sido resumida em: Deep Web, torturas, sangue, matar, drogas e hackear a conta de muitos idiotas ricos.

Queria voltar a ser o mesmo de antes, mas ao mesmo tempo, não queria. Nunca fora feliz, de nenhuma forma, mas viver matando e se drogando era bem pior que antes.

No sofá, encarava o nada com uma das mãos no cabelo, enquanto a outra repousava em sua perna. Ouviu passos vindo do corredor e direcionou o olhar para o mesmo. Não sabia o que dizer, então era aqui a despedida de dias estressantes, prazerosos e até mesmo engraçados.

Bambam vestido em uma calça jeans escura, um sobretudo preto acompanhado de um cachecol também preto, os cabelos arrumados, um coturno e atrás de sí uma mala de cor vermelha. Parado no meio do corredor ele encarava o moreno ainda tentando entendê-lo, já estava acostumado com tudo e seria difícil ter sua vida de volta, tinha perdido tudo.

- Pelo menos um abraço? - Abriu os braços com um sorriso fraco e viu o moreno levantar e andar até sí.

Realmente, não era o mesmo que conhecera, tinha um olhar sem brilho e não mostrava ser o "rei da porra toda". Logo os braços longos rodearam seu corpo e Kim se sentiu acolhido pela primeira vez em muito tempo.

- Você é muito filho da puta, Yugyeom. - Riu pegando a mala e encarando as orbes negras a sua frente.

Andou até a porta sem ouvir nada da parte do moreno. Olhou para trás e viu mais uma vez naquele dia o olhar intenso e pesado sobre sí. Tinha um sorriso forçado, impossível de esconder. Acenou e esperou o ruivo passar pela porta, mas ele ficou alí parado.

Ficou confuso, ele havia fechado a porta, mas ainda estava do lado de dentro da casa.

- O que você está fazendo? - Perguntou ainda parado no sofá.

- Eu não te prometo nada após sair por aquela porta, sabe? Eu te odeio e estar com essa carinha de quem está triste ou algo do tipo não vai amolecer meu coração, espero que fique bem no seu novo lar. - O corpo magro do ruivo apoiado na porta fechada, Yugyeom com o maxilar travado, realmente, não merecia o "perdão" do outro.

- Faça o que você quiser, eu não ligo. - O mais velho se assustou um pouco ao ver o moreno se levantar do sofá com certa brutalidade. - Eu já tenho vinte e seis anos, já está mais que na hora de criar maturidade e pelo menos tentar ser alguém normal.

- Você já fodeu com sua vida, mas é como dizem, nunca é tarde demais. - Falava enquanto seguia Kim com os olhos. - Vai quebrar seu computador?

- Sim. - Logo, o monitor foi jogado no chão.

- Bem, adeus. - Abriu a porta novamente e esperou uma resposta.

- Nunca é um adeus. - Após aquilo, se retirou do recinto e começou a andar pelas ruas calmamente. Se sentia livre após tanto tempo, agora ele podia andar por ai sem precisar correr com medo de ser sequestrado de novo.

Na casa de Yugyeom, o único barulho explícito era o daquele maldito computador sendo destroçado, alí o moreno descontava toda sua raiva. Por causa de sua curiosidade e alguns problemas, entrou neste mundo sombrio e decidiu levar essa vida por anos.

Na rua, Kunpimook andava mais pensativo do que nunca. Podia ter mantido sua postura calma na casa, mas já tinha uma coisa muito importante para fazer antes de ir para sua casa. Os poucos dias na casa do moreno, tinham o deixado com uma raiva imensa, e não iria deixar barato.

[...]

- Eu vim fazer uma denúncia. - O maxilar trancado ao dizer aquelas palavras na frente do delegado o deixavam com um ar superior e vingativo.

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Namjoon tentava repetidas vezes ligar para Yugyeom, mas a única coisa que aquela máquina ridícula da operadora dizia era "Este número de telefone não existe".

Faziam exatos três dias que tentava de todas as formas achar Kim nos sites variados da Deep, e não encontrava seu user. Já estava achando tudo isso muito estranho, e foi quando decidiu fazer uma "visita" ao mais novo.

Nada. Encontrou um grande nada naquela casa. Tudo trancado, arrumado, poucas roupas nos armários e sem sinal do ruivinho também. Era como se ele tivesse sido apenas o rascunho de um desenho e depois, simplesmente apagado.

- O que esse filho da puta fez? - Bateu a porta da casa e a trancou, voltando para o carro.

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- Yugyeom?! - A mulher que já atingia uma certa idade se assustou ao ver o filho na porta de sua casa.

- Eu voltei, mamãe. - Soltou a grande mala e logo abraçou a Kim.

oi! tá, me matem kakkskaks

vocês já vão entender tudo, não me questionem e nem julguem, obrigada ::)

é isto

beijos da omma