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- Eu preciso da sua ajuda, de novo. - Suspirou e foi puxado para dentro, já que estava pálido de tanto frio.

- O que aconteceu? - Perguntou o de cabelos cinzas, o convidando para se acomodar no sofá.

- Não interessa, você tem armas e capangas, certo? - O outro assentiu. - A gente precisa invadir um presídio.

- Você enlouqueceu?! - Se espantou.

- Você pode hackear o sistema e desligar as câmeras em segundos, mandamos alguns homens para dar um jeito em quem comanda aquilo, enquanto isso nós entramos e procuramos Yugyeom. - A cada palavra dita, Namjoon ficava mais confuso. Não sabia o que estava acontecendo e nunca havia feito uma coisa dessas.

- Bem, acho que nós podemos tentar... - Se levantou. - Eu preciso de pelo menos um dia para comunicar uns amigos, eu preciso saber se nós vamos ter tempo.

- O julgamento é hoje, se ele for condenado a morte, teremos pelo menos dois dias. - O outro assentiu passando a mão pelos cabelos. - O que foi?

- Eu nunca fiz isso, e se der errado?

- Não vai dar errado, você é Kim Namjoon, nada sai errado quando se trata de você. - Riu-se, divertido.

- Mas, o que eu ganho em troca? - O ruivo revirou os olhos, estava demorando para isso.

- Você não tem o que me pedir, em pouco tempo terá Seokjin. - Se calou, desde quando havia se tornado tão sádico como os outros?

- Isso é verdade, eu causei isso e agora devo te ajudar. - Caminhou até seu computador logo o ligando. - Está muito sedento por isso, o que aconteceu?

- Nada demais. - Se encolheu.

- Isso significa que algo aconteceu, só não é muito importante. - Encarou o ruivo. - Abra o jogo, Bambam.

O silêncio logo tomou conta da casa gélida. O olhar pesado de Namjoon não deixava que o outro pensasse em paz no que iria dizer. Estava encurralado. Talvez, tentar desviar aquela conversa para outro caminho desse certo.

- Que tal prestar mais atenção no que está fazendo e me encher o saco depois? - Abriu um sorriso, forçado.

- Eu estou prestando atenção. - Olhou para a tela. - Acho que eu já entendi...

- Não, você não entendeu nada, porque nem eu mesmo entendo. - Namjoon encarou o ruivo e cruzou os braços, como aquelas mães prontas para dar uma bronca no filho.

- Você ama ele, não estaria jogando seu orgulho no lixo senão por amor, só não entende isso muito bem porque você também já o odiou e quis que ele morresse. - Kunpimook pareceu assustado, mas compreendia em silêncio. - Muitos só percebem que amam quando perdem, porque sentem falta. Fora isso, elas sempre estão acompanhadas daquela pessoa e acham que é apenas uma merda de companhia.

- Faz sentido. - Mordeu os lábios, pensativo.

- É claro que vai fazer sentido para você, você ama ele, eu não faço ideia de como isso é. - Riu e voltou sua atenção para o computador.

Talvez, BamBam realmente estivesse precisando de uma conversa assim com alguém. Talvez precisasse de um certo empurrão para saber que tinha sentimentos bons crescendo no seu pequeno coração congelado.

— Eu volto para falar com você amanhã. - O ruivo levantou-se e logo se despediu.

Aquele famoso turbilhão de emoções ocupavam a mente confusa de Bambam, era tudo muito novo. "Tanta gente para amar, e esse alguém tem que ser Kim Yugyeom", pensou e riu em seguida. Realmente, as pessoas não escolhem quem amar, é quem a gente menos espera.

Logo, o magrinho já ocupava o sofá macio de sua casa. O frio continuava na mesma intensidade, lembrou dos poucos dias que dividiu uma cama com o moreno, todas as noites eram frias. Agora ele sabia o quanto era bom compartilhar uma coberta com uma pessoa daquelas, e que pessoa.

Abriu um sorriso vendo até onde seus pensamentos o levavam, imaginava algo que nunca aconteceu. Ambos abraçadinhos no sofá espaçoso de Yugyeom, conversando, sorrindo verdadeiramente. Mas logo seu sorriso desfez, pura ilusão, ou não.

Saiu daquele cômodo e foi ao banheiro, e sem enrolação, ligou a banheira, se despiu e entrou na mesma. A água morna relaxava cada músculo cansado de seu corpo, por pouco não dormiu alí mesmo.

Após estar devidamente limpo e vestido, caminhou até seu leito e alí deixou com que as emoções o dominasse. Entre lágrimas e soluços conseguiu dormir, não era fácil passar por algo assim. Odiar algo e implorar para que abra os olhos na manhã e seja apenas um sonho ruim, e depois, desejar nunca ter feito tamanha bobeira ao afastar a pessoa que o fazia rir e ver os dois lados da vida apenas por ódio.

Só precisava dos braços de Yugyeom em volta de seu corpo agora. Mas não teria isso enquanto não completasse seu plano maluco de invadir um presídio.

Oioioi, olha quem voltooou

gente ta foda, duas att no mês tá difícil, mas enfim

eu preciso me organizar um pouco pra que isso não aconteça, mas eu demoro muito pra isso então, então tenham paciência comigo por favor ,_,

eh isso gente

beijos da omma

Deep Web ¡! YugbamOnde histórias criam vida. Descubra agora