Em circunstâncias normais, deveríamos questionar como alguém encaixaria um novo personagem numa peça na noite de estreia, com um número considerável de pequenas alterações para memorizar no último minuto, e com a crítica mais rabugenta da região confirmada na plateia; mas nos meus quase seis anos de Grupo Máscaras aprendi a não duvidar de nenhum plano maluco dessa galera. Porque, no fim, dando certo ou errado, de qualquer modo Dona Silvia Rosenthal vai falar mal da gente. E como sempre, a crítica dela será lida e depositada na pilha das opiniões ignoradas.
Assim sendo, estávamos prontos para entrar no palco.
Tínhamos um Drácula gripado, um Frankenstein com nariz machucado, uma Múmia paralítica, uma noiva para dois monstros e uma Cruella improvisada. Vamos na fé, porque na sorte está difícil.
Unimos as mãos.
– MERDA!
***
Agora vamos do princípio...
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Quem Deu o Habeas Corpus Para a Bruxa?
HumorEra tudo muito simples: noite de estreia do espetáculo especial de Halloween no Teatro Máscaras, situado num casarão mal assombrado no ABC Paulista. Mas noites de estreia nunca são coisas simples para este pequeno e desventurado Grupo Teatral. De po...