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Os sons do trânsito são abafados pela tempestade, que escurece o céu do fim da tarde, criando poças no chão. As lojas da cidade já estão fechadas, as pessoas já abrigadas em suas casas, e a rua se torna vazia e deserta. Mas alguém está parado ali; cabelos pingando, roupas coladas ao corpo, sapatos encharcados.

— Londres consegue ser ainda mais linda quando chove, não acha?

— Não consigo ver essa beleza que você tanto fala, Castiel, são apenas construções feitas por mãos humanas, frágeis e muito estranhas. — comentou com desdém. — O que ainda faz aqui? Sua missão já terminou.

— Preciso encontrar um novo passatempo, minhas missões tem sido muito rápidas ultimamente.

— Observar os humanos já não é um passatempo? E muito chato por sinal.

— Os humanos podem te surpreender as vezes, Ezequiel. — disse com um sorriso no rosto. Sua paixão pela criação era grande.

— É, talvez você tenha razão. Mas eles podem me surpreender outra hora, tenho que voltar para o céu. Onde é sua próxima missão?

— A pergunta não é onde, é quando.

— Então boa sorte, irmão.

Um bater de asas pode ser ouvido, e novamente, naquela rua deserta, somente um homem podia ser visto.

Antes Que Termine o DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora